sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Deus (não?) é soberano?




Por: Marcio Alves


A História da humanidade está repleta de dor e sofrimento, acidentes e tragédias, catástrofes naturais, guerras, mortes e misérias.
Quando contemplamos Auschwitz, o genocídio de Ruanda, o tsunami na Ásia, terremotos e maremotos que mataram milhares de pessoas, a fome e a miséria na África, o tráfico de drogas, o abuso sexual infantil, nós nos perguntamos onde afinal de contas, está Deus?

Inclusive o suicídio que segundo Camus é o nó górdio da filosofia e teologia, no momento em que o sujeito pega em uma arma para tirar a sua própria vida, onde estaria Deus neste exato momento?
Sendo mais especifico, estariam as mãos de Deus em cima das mãos deste homem, o levando a puxar o gatilho para acabar com sua própria vida?

Em relação ao uma indefesa criança que foi estuprada e que depois foi barbaramente morta, sendo o seu corpo esquartejado, teria Deus em tempos imemoriáveis na eternidade, decidido e escrito, dês do nascimento e até a morte de sua vida, para cumprir um desígnio divino, para trazer gloria para o seu nome?

Mesmo as bondades humanas, seriam realizadas não pelo homem, mas sim por Deus, que está por trás nos manipulado como um boneco de fantoche, ora para fazer o bem e, ora para fazer o mal?

Deus estaria por trás de todo evento humano, seja no micro como no macro, controlando, determinando e guiando a História humana?
Deus seria um diretor de um filme, com o roteiro pronto em suas mãos, dirigindo as cenas em que Ele determinou todos os detalhes?
Somos atores em um palco já montando e pré-determinado, atuando como se fossemos nós, mas na verdade não somos nós quem escolheu e viveu, mas sim Deus?
Até que ponto vai à soberania de Deus, e começa a liberdade do homem?

São muitas as perguntas quando nos deparamos com o mal no mundo e o conceito de bondade de Deus, de soberania divina e livre arbítrio humano, mas longe de dar respostas prontas, quero propor uma discussão no campo das idéias, sugerindo algumas percepções de possíveis respostas nesta longa trajetória do saber teológico.

Três concepções, onde aponto em minhas percepções, o ponto mais forte e o mai frágil, sendo ironicamente e mostrando propositadamente a fragilidade dos argumentos de cada percepção, no mesmo ponto:


A- Deus é soberano controlando e decidindo todos os eventos de sua criação.
Dentro desta concepção, Deus é o grande Rei e déspota, todo poderoso, Senhor da Historia, que conduz como quer a Historia da raça humana, Ele faz o bem, como o mal, decidiu soberanamente desde tempos imemoriáveis e eternos, cada situação, lugar e pessoas, como deveriam viver e morrer.

Ponto forte= Reafirma e solidifica a visão grega de soberania divina.
Ponto fraco= Diminui quase exterminando o amor e a bondade de Deus, nos mostrando uma divindade apática, ao mesmo tempo em que castra a liberdade humana.

B-Deus é parcialmente soberano.
Dentro desta concepção, Deus parcialmente controlaria o mundo e as pessoas, decidindo muitas coisas, mas outras deixando para a escolha parcialmente livre humana.
E mais ainda, Deus seria a causa de tudo que é bom, tendo criado o diabo, ou já sendo diabo – isto cancelaria a “queda de Lúcifer” – e, ou, como um anjo realmente de luz, mas já de antemão sabendo quem ele se tornaria para um propósito eterno, o de ser o juízo de Deus na e sobre a terra.
Dentro desta concepção todo o mal seria causado pelo diabo.
(Parece-me, ser esta o senso comum da grande maioria dos evangélicos atuais)

Ponto forte= O equilíbrio, tentando “salvar” a imagem de um Deus reverenciado e temido por séculos, de sua soberania e onipotência, não tirando a liberdade ainda que parcial do seres humanos, e nem excluindo o amor e bondade de Deus.
Ponto fraco= Contraditoriamente parece ser o mais contraditório, pois ao mesmo tempo, tenta “chupar cana e assobiar”, pois como dizer e saber quais eventos Deus esta controlando e não, e mais ainda, quais seriam os critérios para Deus, por exemplo, impedir uma tragédia, ao mesmo tempo em que permiti outras? Ter o poder de controlar e impedir quando quiser, e mesmo assim, deixar as coisas ruins acontecerem, não faria de Deus culpado?

C-Deus não é soberano.
Dentro desta concepção, Deus não estaria por trás de todos os eventos, sendo justamente o oposto, a exceção seria Ele interferir, e a regra, nós sermos os grandes responsáveis por tudo que acontece de mal ou de bom na terra.
Deus teria aberto mão voluntariamente de sua soberania, e delegado o controle do mundo ao homem, já no ato da criação.

Ponto forte= A liberdade e responsabilidade total humana.
Ponto fraco= Deus não é soberano, diminuição dos “atributos” divinos, exaltação da criatura em detrimento do criador.

A temática está exposta, Deus é, ou não é soberano? Quais serão os pensadores e leitores que se arriscarão corajosamente e dar a sua opinião e tentar desatar um dos nó mais difíceis da teologia e filosofia?

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

“Sem Bíblia, sem filósofos...apenas com a vida!”

Por: Edson moura

Hoje acordei com um desejo profundo de desaparecer do mundo! Deparei-me com minha total impotência diante das agruras que atingem a humanidade. Perguntei-me o que é que eu estava fazendo para mudar o quadro que se agrava a cada momento enquanto eu me mantenho em estado letárgico.

Não consegui conter as lágrimas...ainda dentro do ônibus que me conduzia para meu trabalho. Provavelmente as pessoas que me olhavam com ar de espanto, ou curiosidade, se perguntavam: Olha aí! Mais um que perdeu alguém querido! E de certo modo elas estavam certas em suas conjecturas, pois era justamente este o meu pesar. Enquanto eu estou indo para o trabalho, outros tantos nem dormiram ainda por que passaram a noite velando o corpo de um filho, ou de um pai.

Crianças morrem às centenas, todos os dias na África...na Ásia...no Brasil! De fome..de AIDS...de câncer!

Ligo o rádio para tentar acalmar os nervos que estão em frangalhos, mas para meu azar...estava sintonizado na rádio “Musical FM”, e lá estava o “após-tolo” Ezequiel Pires, juntamente com seu quarteto de “labaredas de fogo”, anunciando sua nova vigília...a “vigília dos determinados” . “Deus quer que você determine sua vitória!...sua benção!..dizia ele. Só lamentei.

Que horror é esse que virou o Evangelho de Cristo? Um País de miseráveis e gente doente, sendo ainda por cima afligido por homens sem a menor decência, fazendo uma ginástica terrível para poder encher os bolsos de dinheiro. E eu...eu só escrevo numa página de internet...passível diante de tudo que denigre aquilo que Jesus veio nos ensinar.

Não uso Bíblia, embora seja ainda evangélico... mas nego-me a buscar sustentação nas Escrituras, para aquilo que está diante de meus olhos. Isso é para os covardes...que não têm coragem de encarar a vida, e respaldam-se em promessas que foram feitas à outras gentes, em outros tempos.

Não uso filósofos famosos, embora admire e conheça muitos, mas não posso aplicar pensamentos engessados à mais de meio século...à minha vida cotidiana. Aprendo mais sobre filosofia, caminhando pelos becos de uma favela...ou nas ruas do centro de são Paulo, do que lendo tratados filosóficos e teológicos que muitas vezes foram desenvolvidos em “torres de Marfim”...almejando somente a glória do próprio autor.

Uso apenas a vida! Desse jeito que ela é! Nua...Crua! Teologia se faz na rua, e não dentro de um auditório com ar condicionado!

Já se passaram 18 horas desde minha crise existencial repentina...talvez tenha sido causada pelo texto do meu irmão Marcio...ou pelo recente conhecimento (2 anos) de que Deus não olha mais pra mim pelo fato de eu ser crente Nele, preterindo assim os demais seres humanos.

O Evangelho no início, tinha uma proposta: “Nos tornar mais humanos”, Ensinar-nos a viver “com ou sem riquezas”, mostrar-nos como é “sentir a dor de um semelhante”, aprendermos como é “integrar-se à vida” e saber lidar com a dor e a frustração.

Por isso não posso escrever bobagens! Por isso não posso perder meu tempo em debates argumentativos, tornando-me aquilo que eu mesmo repudio...um “sofista”. Conheci a verdade, (a minha verdade) e ela não me dá escolhas. Se posso ajudar o próximo...então eu DEVO ajudá-lo. Sou responsável pelos meus atos, pois não sou mais um garoto...que sonhava em escrever um livro que ficasse nos anais da história. Devemos saber assumir responsabilidades... e nossas responsabilidades estão patentes aos nossos olhos, é só agir!

Envergonho-me de ser esse cara inútil, que tanto leu e nada aprendeu, ou se aprendeu não praticou....e se praticou não surtiu efeito na pessoa que está ao lado..caído ao chão...drogado, faminto e nu.

A proposta original deste blog era combater o mal que se apossou da sociedade, e, sobretudo dos Cristãos Brasileiros. Espero que o foco ainda esteja centrado no alvo, a saber: “A insensibilidade com o drama do outro”.

“O meu céu não tem mais estrelas porque sou cristão, mas sou cristão por ainda ver estrelas no céu”...quem lê entenda!

Abraços á todos os confraternos!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Crise existencial



Por: Marcio Alves


A crise do homem começa no homem a propósito de o próprio homem ser quem ele é em meio a sua essência do existir em seu ser.
Quem sou eu? Nos auto questionamos.
Será que sou o que penso que sou? Será que sou o que sou?
Duvidas e mais duvidas perpassam do ser no que é o seu ser. Questionamentos que nos leva para mais questionamentos. Sendo o próprio questionar um cavar de poço muito fundo e escuro, quanto mais cavamos, mais fundo fica, e a medida que se vai mais fundo, mais escuro se torna o poço.

Olhamos-nos no espelho esperando encontrar repostas, mas o que vemos nos faz duvidar ainda mais de nós mesmos.
Será que sou o que vejo ser eu?
Ou seria eu além do que vejo ser eu?
A profundidade do nosso autoconhecimento, não abranda a crise do ser, pelo contrário, nos afunda mais ainda no ser que é ser, mas não sabe o que é ser o ser no ser.
É como se os deuses dissessem: “O premio do saber será uma grande maldição, quanto mais os homens buscarem respostas, mais ainda encontrarão duvidas sobre si mesmos”.

De onde viemos?
As religiões nos dizem ser o nosso ser vindo do Ser que é o Ser supremo dos seres.
Energia, natureza, pessoa, força e cosmo, ou ainda Javé, Alá, Brahma e Zambi, não importa quais os nomes ou distinções que cada uma das muitas religiões dá ao Ser supremo da suas crenças, mas o que todas concordam é que o homem emana de Deus.
Mas a ciência com a teoria da evolução, para nos colocar mais duvidas, vai nos dizer que tudo não passou de uma explosão cósmica que resultou na evolução da natureza, inclusive o ser humano.
Mas agora em que ou em quem eu devo acreditar?

Para onde iremos após a nossa morte?
As religiões nos garantem que continuaremos vivos depois que morrermos, mas o que esqueceram foi de combinar entre elas uma mesma resposta, pois cada uma tem uma resposta, sendo a resposta o calcanhar de Aquiles da crença da vida após a morte.
Ou será que nisto reside a sua força?
A força da crença na continuação da existência após morte se encontra na crença de todas as crenças, embora de maneiras díspares e até mesmo divergentes?
Mas como acreditar que depois que morrermos ainda iremos continuar vivos, se nunca ninguém morreu, e depois ressuscitou para nos contar essa história?

E Deus, será que existe mesmo? Ou será mera produção da fértil imaginação da mente humana? Quem é Deus se de fato ele existe?
Eu me vejo como Jesus que exclamou “Deus meu, Deus meu porque me desamparastes?”.

Mas é em meio a tantas dúvidas, nenhuma certeza, atormentado pelo pensar, mergulhado na mais visceral angustia da alma, na mais absoluta crise existencial, que o homem renasce das cinzas com coragem existencial, e apesar da não evidencia, da não certeza, das perguntas sem respostas que, o ser corajoso desafia os desafios da desafiante existência é como um soldado ferido, já quase morto e sem esperanças em uma sangrenta guerra que mesmo assim, resolve continuar batalhando, teimosa e maravilhosamente resolve continuar vivendo sem respostas prontas e seguras, apostando que a vida é maravilhosa em si mesma, vive e sobrevive tentando dar a vida sentidos além dos meros sentidos percebidos pelos sentidos.

Coragem existencial é olhar para dentro de si, encontrar motivações além da razão para continuar existindo, vivendo a vida sem medo da vida.
É somente depois de uma grande crise, que o homem está pronto para recomeçar a viver, mesmo sem Deus, sem crenças, e sem eternidade, valorizando o existir, vivendo a vida a partir da vida, enfrentando, mesmo ferido, a angustiante, aventureira e emocionante vida!

E se Deus existe, Ele deve ficar orgulhoso com o homem que faz a vida ter sentido e significado, mesmo que tal homem não creia nele, pois sabe que não pode culpar os mesmos, pois Ele decidiu sem pedir nossa opinião que, a melhor maneira para se viver é viver sem vê-lo, pois com a sua presença aqui de maneira a impor para nós uma autoridade, seria castradora da nossa liberdade de ser e não ser o que quiser ser, de modo a vir se tornar ser o que é para ser, sendo nós mesmos os construtores de nossa historia de viver.

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Não quero ser salvo por Deus de mim mesmo!



Por: Marcio Alves


Reconheço as minhas limitações, sou mesmo imperfeito, carrego mazelas na minha trajetória de vida, sou incapaz ao mesmo tempo em que tento aprender a lidar com minhas seqüelas da adolescência, erros da minha natureza contraditória da existência ambígua humana.

O senso comum dos evangélicos é que todos estão irremediavelmente perdidos, são podres, horríveis, malignos e por isso estão amaldiçoados por Deus.
Por isso que durante muito tempo – antes da falaciosa doutrina da prosperidade entrar em ação no cenário Brasileiro – as pregações giravam entorno do arrependimento, que devíamos mudar de vida, sermos transformados em uma nova criatura, que éramos por natureza inimigos de Deus, condenados à ira futura divina.

E pior, me ensinaram (ainda ensinam) que eu era o meu pior inimigo, que deveria lutar contra mim mesmo, contra os meus ímpios e impuros desejos, que eu era malvado, não havia bem nenhum em mim, e por isso passei a me odiar, até senti nojo de mim mesmo.

Então a lógica religiosa se repetia e se perpetuava a cada culto, a cada pregação:
“Você precisa se arrepender de seus pecados, para que possa ser salvo por Deus de você mesmo”.

Então me vi, cada vez em pior situação e me odiando cada dia mais, porque por mais que eu lutasse, não conseguia vencer a mim mesmo, pois os desejos eram avassaladores, e minhas imperfeições não mudaram, não acabaram quando eu levantei a mão e aceitei a Jesus como salvador, não me transformei em um santo, pelo contrario, me tornei hipócrita, projetava em mim, uma imagem que não era minha, mas tinha que ser assim, pois é assim que os evangélicos se mostram e querem ser vistos.

A verdade era que eu não conseguia, por mais que tentasse alcançar o padrão moral de uma divindade perfeita e exigente, me sentia sempre devedor, culpado por não conseguir ser o que o deus evangélico queria que eu fosse.

Hoje já deixei de acreditar que precise ser salvo por Deus de mim mesmo, que tenha que me arrepender dos meus erros para escapar do inferno.
Não! Não preciso arrepender-me, pois os meus erros faziam e fazem parte do processo de viver, como posso aprender, se eu nunca errar? Como posso arrepender-me desses erros, que me ensinaram a viver?
Os erros cometidos por mim, não são crimes bárbaros, não sou nenhum criminoso, sou apenas um humano com imperfeições.

Hoje salvação para mim é justamente quando eu reconheço-me, consigo me ver no espelho como eu sou realmente, e aprendo a viver com o meu interior.
Ter um encontro com Deus é ter um encontro consigo mesmo.

Olho para dentro de mim e vejo forças poderosas da maldade e da bondade que habitam em mim, não sou totalmente bom, como não sou totalmente malvado.
Sou um humano que a cada dia tenta viver a vida, caminhando entre esses dois pólos.

Até os meus pecados – como dizem os religiosos – foram importantes e decisivos na construção da minha historia.
Hoje aprendi a não mais me odiar, me abominar, nem mesmo quando erro, sei das minhas imperfeições, tenho que andar em cima da corda bamba da vida, e errar faz parte do processo de viver. Inclusive, mesmo até os piores erros, nos dão forças de continuar a viver, pois nos empurra para frente, nos dando coragem para nos encarar, levando nos a nos conhecer melhor, fazendo com que, aprendamos a administrar os nossos defeitos, procurando ser mais virtuosos.

Inclusive, não há virtude em se fazer o bem, esperando receber recompensas.
Até mesmo a recompensa dos céus e seus respectivos galardões.

Como não há dignidade em não fazer o mal, por causa da sua conseqüência, como medo de ir para o inferno, ou, medo da punição e constrangimento de ser pego em flagrante, que poderá nos causar tais atitudes.

Façamos o bem e deixemos de praticar o mal, por que há virtude intrínseca na bondade, e maldade intrínseca no mal, e não porque o grande olho divino esta nos vigiando, para pesar a sua potente mão, nos perseguindo com maldições.

Alias, o maior beneficio em se praticar o bem é que esse bem nos coloca mais perto de outro bem, e, a maior tragédia de se fazer o mal é que nos coloca mais perto de outro mal.

Exemplificando essa minha tese:
A atitude de você trair uma pessoa te colocará mais perto de outra maldade, o da mentira, que por conseqüência te colocará perto da falsidade.

A atitude de você praticar um ato bondoso te colocará mais perto, deixando a porta aberta para outra atitude bondosa.
É como efeito dominó, ou as ondulações no rio quando jogamos pedras.
Toda atitude tem desdobramentos para nós e para os outros.

Dentro de cada ser humano, há luzes e trevas, verdades e mentiras, ninguém é totalmente herói, como ninguém é totalmente vilão.
Há bondade no mais vil dos homens, como maldade no mais santo dos homens.
Ninguém é totalmente demônio, como não é totalmente anjo.

Essa idéia miserável e desgraçada que por causa da mordidinha de Adão na “maça”, a raça esta totalmente em trevas, corrompida e degenerada, que não há bondade no ser humano, que todos são filhos do diabo, que estão debaixo de maldição e ira de Deus, é retrógada, injusta e narcotizante do ser.

Todo ser humano possui a imago dei, e deve ser visto de modo digno e respeitável.

O que resta nós fazermos então?

Admitirmos nossas virtudes e defeitos, sabermos conviver com nossas limitações e capacidades, e, principalmente, trabalharmos e potencializarmos o nosso lado de luz, para que o das trevas não venha sobrepor e prevalecer.

Mas jamais isto tem haver com Deus, não é da responsabilidade de Deus salvar o homem de si mesmo, transformando-o em um outro ser totalmente diferente do que era. Mas antes, é nossa a responsabilidade de a cada dia vivermos com maior dignidade, consciência e acima de tudo, valorizando a vida, pois pecado é tudo que é contra a vida!

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.