sábado, 29 de setembro de 2012

A imortalização de um mito (Jesus)


Por: Marcio Alves


No calor das emoções, inebriado e mistificado desaparecimento do Galileu, surgi na historia e no chão da palestina, 12 homens chamados de apóstolos com uma multidão que os seguiam, de sem rostos e identidades, com uma noticia alvissareira em seus lábios rachados pelo tenso e abafado calor do deserto, que o seu rei e salvador, tinha ressuscitado e que em muito em breve ele mesmo, do mesmo modo como foi elevado aos céus, haveria também de descer, para vir e buscar aqueles que acreditassem nele, e na sua eventual e poderosa mensagem deixada como legado para os seus servos e seguidores, para que eles dessem continuidade em sua obra de implantação e divulgação do reino.

Pois antes mesmo de partir deste mundo, de um modo tão terrível e cruel, tinha deixado a sua promessa aos que assim cressem, de que em muito em breve, em um curto espaço de tempo, ele mesmo e, não outro, retornaria, pois foi ao céu, preparar uma mansão celestial, um verdadeiro paraíso, com uma vida eterna em todos os sentidos, onde não haveria mais morte ou dor, nem pobreza e nem discriminação, onde todos seriam ricos, respeitados e imortais filhos amados do seu Pai.

Por isso, uma imensa multidão, muito mais após a sua morte, do que em vida, acreditava na mitologização do mito de sua ressurreição e aparecimento, ainda que este evento, tenha se dado aos poucos escolhidos e de modo muito imperceptível, mas para a multidão, não importava as provas racionais e tão pouco factuais, pois o que eles queriam mesmo era acreditar e ter uma esperança viva de que mesmo que viessem a sofrer muito e também a ser esquecidos, ou até mesmo oprimidos pelo império romano, que muito em breve aquele humilde e frágil carpinteiro que morreu em uma cruz, e que segundo os seus discípulos mais fieis, havia ressuscitado, voltaria uma vez mais para buscar eles, para onde ele estivesse também estivessem eles.

Passa-se então, a ser propagada uma mensagem triunfal, onde não havia poder, nem o império, nem mesmo a perseguição, até mesmo a morte, conseguia parar o processo e progresso de evangelização e difusão da mensagem do Cristo, pois estava embasada em três pilares fundamentais e atemporais: morte na cruz como espetáculo ao mundo, ressurreição como evento invisível e místico, e a promessa de seu retorno como grande rei, envolvido por sua gloria e majestade, num encontro triunfante com aqueles que acreditassem com uma fé para além da razão em sua mensagem e vida.

Hoje, mais do que nunca, Jesus se tornou uma das maiores figuras humanas de todos os tempos, e, sinceramente suspeito, que graças muito mais a construção e propagação mitologizada e divinizada de seus discípulos-apóstolos, do que por ele mesmo!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sorriso falso



Sorriso falso

Vá mentindo pra todo mundo
É fácil enganar os que te rodeiam
Abra um sorriso quando a dor massacrá-lo
Ou quando a saudade atormentar tua alma
Naqueles dias de um vazio sem fim


Gargalhe quando tudo findar
Quando do pouco que tinhas, nada mais restar
E Teus sonhos e objetivos evaporarem
Ria quando o teu sol perder a luz
E sentires uma cruz ferir teus ombros cansados

Abrace aquele que carrega um punhal
Beije no rosto dos que te desprezam
Sente-se á mesa do seu inimigo e com ele beba
Mantenha a farsa até que ele se afeiçoe a você
Sorria quando a vontade for de chorar


Sorria, vá mentindo que não sente dor
E ao notarem que você está sorrindo
Todos que não são atentos irão supor
Que você é a pessoa mais feliz do mundo
E você sorrirá, e o sorriso, este talvez, seja verdadeiro.

Edson Moura

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Negro Drama (Sociologia das Ruas)


Negro drama, entre o sucesso e a lama, dinheiro, problemas, inveja, luxo, fama. Negro drama, cabelo crespo e a pele escura, a ferida, a chaga, a procura da cura. Negro drama, tenta ver e não vê nada, a não ser uma estrela, longe meio ofuscada.  Sente o drama, o preço, a cobrança, no amor, no ódio, a insana vingança. Negro drama, eu sei quem trama e quem tá comigo, o trauma que eu carrego pra não ser mais um preto fodido. O drama da cadeia e favela, túmulo, sangue, sirene, choros e velas.

Passageiro do Brasil, São Paulo agonias, que sobrevive em meio às zorras e covardias, periferias, vielas e cortiços, você deve tá pensando o que você tem a ver com isso. Desde o início, por ouro e prata, olha quem morre, então veja você quem mata.  Recebe o mérito, a farda, quem pratica o mal, me ver, pobre, preso ou morto, já é cultural.

Histórias, registros, escritos, não é conto nem fábula, lenda ou mito. Não foi sempre dito que preto não tem vez, então olha o castelo e não, foi você quem fez cuzão, eu sou irmão dos meus trutas de batalha, eu era a carne agora sou a própria navalha. Tim..tim, um brinde pra mim, sou exemplo, de vitórias, trajetos e glórias. O dinheiro tira um homem da miséria, Mas não pode arrancar de dentro dele a favela.

São poucos que entram em campo pra vencer, a alma guarda o que a mente tenta esquecer, olho pra trás e vejo a estrada que eu trilhei, “mó cota” , quem esteve lado a lado e quem só fico na bota, entre as frases, fases e várias etapas, do quem é quem, dos mano e das minas fracas. Um Negro drama de estilo, pra ser e se for tem que ser, se temer é milho. Entre o gatilho e a tempestade, sempre a provar que sou homem e não covarde.

Que Deus me guarde, pois eu sei que ele não é neutro, vigia os ricos , mas ama os que vem do gueto, eu visto preto, por dentro e por fora, guerreiro, poeta entre o tempo e a memória. Ora, nessa história vejo o dólar, e vários quilates, falo pro mano que não morra e também não mate, o tic tac  não espera veja o ponteiro, essa estrada é venenosa e cheia de morteiro, pesadelo é  um elogio, pra quem vive na guerra a paz nunca existiu, num clima quente a minha gente sua frio, vi um pretinho e seu caderno era um fuzil.

Daria um filme!  Uma negra e uma criança nos braços, solitária na floresta de concreto e aço, veja, Olhe outra vez o rosto na multidão, a multidão é um monstro sem rosto e coração. Em São Paulo, terra de arranha-céu a garoa rasga a carne é a “torre de babel”, família brasileira, dois contra o mundo, mãe solteira de um promissor vagabundo. Luz, câmera e ação, gravando a cena vai, um bastardo, mais um filho pardo e sem pai. Ei, Senhor de engenho eu sei, bem quem você é, sozinho, “cê” num “guenta”,sozinho, “cê” num entra a pé.

Você disse que era bom e a favela ouviu, lá também tem Whiski e Red Bull, Tênis Nike e Fuzil, admito, seu carro é bonito, é, eu não sei fazer, Internet, videocassete, os “carro loco”, atrasado eu tô um pouco sim  tô, eu acho, só que, seu jogo é sujo e eu não me encaixo, eu sou problema de montão, de carnaval a carnaval, eu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal. Problema com escola eu tenho mil, “Mil fita”, inacreditável, mas seu filho me imita, no meio de vocês ele é o mais esperto, ginga e fala gíria, gíria não, dialeto. Esse não é mais seu, Hó, subiu, entrei pelo seu rádio, tomei, “cê” nem viu, “nóis é isso ou aquilo”, O quê? “Cê” não dizia, seu filho quer ser preto, há, que ironia.

Cola o pôster do 2Pac ai, que tal, que “cê” diz, sente o Negro drama  vai, tenta ser feliz, ei bacana quem te fez tão bom assim, o que “cê” deu, O que “cê” faz,  o que “cê” fez por mim? Eu recebi seu ticket, quer dizer kit de esgoto a céu aberto e parede Madeirit, de vergonha eu não morri, tô firmão, eis-me aqui, você não, você não passa quando o mar vermelho abrir, eu sou o mano homem duro do gueto, o Brow, obá, aquele louco que não pode errar, aquele que você odeia amar nesse instante, pele parda e ouço funk, e de onde vem os diamantes?... Da lama, valeu mãe... Negro drama... Drama... drama.
 
Autor: Mano Brow do grupo Racionais Mc's

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Raiva, domine-a ou seja dominado



Muito já foi dito sobre as emoções ao longo das eras e, com certeza, algumas definições têm sido nominadas como melhores e outras como piores. A palavra emoção deriva do latim movere (pôr em movimento). Isso nos fala da sua natureza de colocar em movimento, de dentro para fora, comunicando ao mundo nossos estados de necessidades internas. Todas, então, seriam úteis e por isso foram mantidas no processo evolucionário humano. Lógico que algumas perderam sua função original e se adaptaram, como puderam, à nova realidade da civilização moderna. Afinal, não precisamos mais correr de leões ou matar animais para nossa alimentação. Mas o sistema de luta e fuga continua ativo.

O homem modernizou a sua estrutura social. No entanto, internamente, em seus processos somáticos, ainda é praticamente o mesmo do tempo das cavernas. Basicamente, estamos preparados para caçar e reproduzir; o resto foi se acumulando ao longo de milhares de anos e reflete-se no que somos hoje: criaturas com respostas emocionais às diversas situações nas quais, às vezes, certas manifestações não seriam necessárias, ou que surgem em dimensões desproporcionais à situação vivida. Caso duvide disso, pergunte a quem tem síndrome do pânico ou algum tipo de fobia. Um exemplo é a pessoa que pode ser considerada corajosa, mas, diante de uma minúscula aranha ou uma inofensiva lagartixa ou barata, literalmente “perde a linha” e surta.

Sempre buscamos diferenciar as emoções umas das outras e tentamos associá-las, relacionando as sensações orgânicas com a situação em que estamos envolvidos, fazendo uma ligação direta entre o fato, nossa interpretação dele e o que sentimos. Além das diversas interpretações diferentes que cada um de nós pode dar às situações semelhantes, ainda existe a intensidade da emoção, às vezes forte demais e, outras vezes, não percebidas adequadamente.

Nos animais, a manifestação de raiva foi observada em dois tipos de comportamentos: o ataque a outros animais, para obtenção de alimento, e a agressão afetiva, que serve para corte às fêmeas ou para demarcação de território. É fato que não sabemos nominar nossas emoções: estamos sempre confundindo o que sentimos. As emoções, na visão dos poetas, fazem de nós humanos, mas a realidade é que elas podem atrapalhar, e muito, aqueles que não conseguem detectar seus próprios estados emocionais.

No ano de 1924, Maranon, neurocientista francês (citado por Richard Restak em O Cérebro Humano, p.141), injetou adrenalina em 210 indivíduos, o que fez surgir sensações fisiológicas em todos eles. Quando o experimentador, de maneira indutiva, contava uma história qualquer com fundo emocional, fazia brotar no sujeito a emoção sugerida no texto. Graças ao efeito da adrenalina, a emoção surgia forte. Dessa maneira ele fez "aparecer" todas as nuances das emoções humanas apenas contando diferentes histórias. Essa experiência foi repetida na década de 1960, com algumas alterações de modelo operacional, mas com resultado similar, por Stanley Scharter e Jerome Singer.

Com a mesma base química, mas com interpretações pessoais diferentes das histórias contadas, o significado individual fez surgir emoções que mais se alinhavam com a perspectiva do indivíduo. Podemos inferir, então, que tecnicamente seriam as mesmas reações somáticas que originam as emoções; apenas os nomes dados pelos sujeitos que as vivenciavam eram diferentes, por conta de suas expectativas ou interpretações do contexto.

Nos dias atuais, a complexidade da origem das emoções é debatida ao extremo e nada está totalmente descartado. Alguns defendem a ideia de quatro emoções básicas, outros de seis estados emocionais naturais. Esse exemplo é puramente ilustrativo para que não percamos de vista a possibilidade de estar dando nomes diversos aos mesmos bois.

Podemos então acreditar que muitas das emoções que sentimos, ou nominamos, têm sua origem na mesma fórmula química endócrina? Seremos então escravos de hormônios e neurotransmissores? Isso nos dá bons argumentos para pensar com cuidado sobre como devemos reagir da próxima fez que estivermos sob forte emoção. Afinal, se a emoção tem a sua forma dada pela interpretação da história contada, se ressignificarmos o conteúdo, mesmo sem alterar a base química, podemos alcançar um novo estado emocional.

Isso pode soar apenas como teoria para alguns, pois a prática não deve ser tão fácil. A maioria das pessoas não consegue perceber quando está entrando em um estado emocional alterado. "Sob forte emoção estamos sempre certos!" Todos pensam assim?

Dessa pequena abertura podemos passar a qualificar as emoções básicas, que segundo os estudos do psicólogo estadunidense Paul Ekman, são seis. Tratamos de emoções naturais, aquelas percebidas em todos os humanos com o mesmo código facial de expressão muscular, porém guardando diferenças quanto aos motivos culturais para suas manifestações: o que faz rir um oriental pode fazer chorar um ocidental, por assim dizer.

Personalidades que souberam usar sua raiva...para o bem ou para o mal

ADOLFO HITLER. O que pode tê-lo tornado uma pessoa destruidora? Talvez a morte do pai em 1903, quando ele tinha apenas 14 anos, ou ainda o falecimento da mãe, em 1908, de câncer, quando o então jovem Adolf não tinha completado 20 anos de vida. Sabemos que ele foi péssimo aluno, rejeitado pela escola de belas-artes de Viena e pela escola de arquitetura. Não foi correspondido no amor declarado em centenas de poemas a Stefanie - isso pode ter sido consequência da enorme diferença de classe social. Em Viena aos 20 anos, Hitler fazia molduras para se sustentar, lavava pratos, limpava carruagens, estava sempre malvestido, vivia em albergues e remexia latas de lixo com seus amigos Neumann e Hanisch em busca de qualquer coisa de valor. Foi expulso de um albergue por não pagar uma prostituta camada Hannah, que era judia, da qual contraiu sífilis. Em 1913 o exército o recusou, por causa de seu estado de saúde, mas o aceitou como voluntário em 1914, durante a Primeira Guerra. Foi condecorado por um ataque que o deixou cego por três dias, mas sua cegueira era de fundo psicológico, pois o gás era inofensivo.

WALT DISNEY. Maus tratos na infância podem ter despertado um gênio criativo? Disney viveu em uma fazenda no interior do Missouri, com um pai extremamente severo, que lhe impunha castigos terríveis quase todos os dias. Foi uma infância de sofrimento contínuo e de muito trabalho pesado. Um dia Walt descobriu que não possuía certidão de nascimento e isso fez com que alimentasse a ideia de que era filho adotivo. Podemos perceber a provável influência desses fatos na estrutura familiar de seus personagens. Aos 16 anos, dirigiu ambulâncias para a Cruz Vermelha na Europa, durante a Primeira Guerra Mundial, e viu de perto os horrores do conflito. Anos depois teve seus primeiros personagens, Alice e Oswald, roubados pelo ex-patrão. O interessante foi a resposta que deu quando soube que, por não ter documentado direito sua criação, não havia como reclamar: escreveu um telegrama a seu sócio e irmão dizendo que tudo estava certo, que ele não se preocupasse, pois já havia em sua mente um personagem espetacular: Mickey Mouse.
 
CHARLIE CHAPLIN. Tragédia familiar pode transformar uma pessoa positivamente? Os pais, ambos artistas famosos na época, separaram-se quando Chaplin nem tinha completado três anos de idade. O pai, alcoólatra, não queria contato com o filho, pois já tinha uma amante. Charlie ficou sob os cuidados da mãe, emocionalmente instável. Um dia, quando ele tinha apenas cinco anos, viu a mãe sofrer um problema na laringe enquanto se apresentava em um teatro lotado de soldados; foi vaiada e a plateia atirou coisas sobre ela. Machucada gravemente, ela foi para os bastidores. O pequeno Charlie subiu, sozinho, ao palco e cantou uma música, controlando a massa enfurecida. O pai morreu de cirrose quando ele tinha 12 anos, a mãe foi internada em um asilo, mentalmente perturbada, pois não tinha como cuidar dos filhos. Foi necessário muito esforço durante a infância e a adolescência para que Charlie e seu irmão conseguissem terminar os estudos em uma escola para pobres no sul de Londres. Sofrimento foi sua marca registrada.
 
THOMAS ALVA EDISON. Frequentou a escola, ensino formal, por menos de seis meses. Aprendeu sozinho, e com a ajuda da mãe, lendo apenas o que lhe interessava. Começou a vida vendendo jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. Ficou surdo e sobre isso, quando questionado sobre se a deficiência auditiva o prejudicava, disse uma vez: "Ao contrário, a surdez foi de grande valia para mim. Poupou-me o trabalho de ficar ouvindo grande quantidade de conversas inúteis e me ensinou a ouvir a voz interior. Além do mais, um homem que precisa gritar quando fala nunca diz mentiras".

Uma situação que pode provocar a raiva em bebês nos diz muito da natureza dessa emoção. Uma interferência física: segurar os membros da criança, impedindo seus movimentos, não permitindo que ela se liberte, irá disparar uma rápida reação. Isso demonstra que essa emoção nasce quando algo interfere na nossa intenção de fazer algo. Ela pode ser ampliada se percebermos ser a ação bloqueadora intencional, ou seja, a pessoa que nos impede os movimentos decidiu fazer isso conscientemente.

O aproveitamento de energia provocado pela raiva pode ocorrer naturalmente em algumas pessoas que foram humilhadas, perseguidas ou que tiveram uma interpretação da realidade que ressaltou tal emoção. Poderia ter sido diferente se, em vez de a raiva ser controlada e direcionada para a ação, ela tivesse sido transformada em rancor e ódio. Esses sentimentos poderiam destruir a possibilidade de um pensamento estratégico que oferecesse um rumo ao sujeito que os vivencia.

Raiva que alimenta

Muitos líderes, gerentes, homens ou mulheres de sucesso tentam provar algo para alguém que no passado os humilhou ou impediu seu desenvolvimento. Desse modo, seu êxito é uma resposta à provação que podem ter passado em outra época. Sua alta autoestima resulta de uma retroalimentação da emoção.
Algumas pessoas relatam que seus sonhos trazem a memória de tempos difíceis e isso proporciona uma energia incrível para levantar pela manhã e lutar no mundo, para nunca mais ter de passar por aqueles momentos terríveis.

A emoção, em si, e o sentimento que ela desperta não é determinante para o comportamento. Como interpretamos as situações e direcionamos nossos recursos é o que determina sucesso, vitória ou doença e morte. Ouvimos sempre dizer que outros fatores, como sorte ou azar, devem ter peso de influência no resultado final. Isso pode ser até possível, mas a decisão de buscar uma situação ou outra nasce no livre arbítrio e esse surge da capacidade de percepção de nossas próprias emoções.

Não se pode tomar uma decisão sem ao menos saber que tipo de emoção esta manifesta em nosso organismo. A pura sensação fisiológica pode não ser suficiente e clara a ponto de permitir uma avaliação definitiva do progresso comportamental.

Não existe emoção ruim. Todas foram mantidas durante a evolução por um bom motivo: são úteis para a manutenção da espécie, ajudam-nos a permanecer vivos. Sem elas poderíamos cometer erros de avaliação e nos colocar em risco de morte, por exemplo. Uma pena que, com a evolução social e cultural, o homem tenha deixado de prestar atenção à linguagem interna, às matrizes biológicas, acabando, muitas vezes, por precipitar ações que podem causar enorme prejuízo a si mesmo.

"Não é a intensidade dos sentimentos elevados que faz os homens superiores, mas a sua duração." (Friedrich Nietzsche).

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

10 de Setembro


10 de Setembro também será lembrado como o penúltimo dia de vida de muitos homens e mulheres
10 de setembro na História da Ciência

Em 10 de setembro de 2008 começou a funcionar o LHC (Large Hadron Collider, sigla em Inglês). O Grande Colisor de Hádrons do CERN, é o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo. Seu principal objetivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV (1,12 microjoules) por partícula, ou núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo. O laboratório localiza-se em um túnel de 27 km de circunferência, bem como a 175 metros abaixo do nível do solo na fronteira franco-suíça, próximo a Genebra, Suíça.

A primeira colisão entre prótons ocorreu 30 de Março de 2010. Em 19 de setembro de 2008, ocorreu um incidente no setor 3-4 do LHC que resultou em grande vazamento de hélio no túnel. Segundo uma nota de imprensa publicada pelo CERN no dia seguinte, foram feitas investigações preliminares que apontaram como provável causa do problema um defeito na ligação elétrica entre dois ímãs, o que causou a falha mecânica. A Organização informou na nota que o setor teria de ser objeto de reparos, o que interromperia o funcionamento do LHC por, no mínimo, dois meses. Os reparos demorariam apenas alguns dias, mas o setor onde ocorreu o incidente deve ser esfriado para tornar possível a manutenção, consequentemente levando mais tempo.

O retorno ao funcionamento: Depois de ficar desligado por quatorze meses, o LHC foi religado na sexta-feira, dia 20 de Novembro de 2009. Os primeiros testes duram apenas uma fração de segundo, onde as partículas somente podem dar meia-volta ou uma volta em torno do anel do acelerador. A circulação de partículas no gigantesco equipamento começará em um primeiro momento em baixa energia, com 450 GeV, e quando os cientistas injetarem feixes em direções opostas se produzirá, a essa velocidade, as primeiras colisões.

A partir de então, o experimento consistirá em ir aumentando progressivamente a potência da circulação dos prótons, até chegar ao momento mais esperado e temido por alguns: as primeiras colisões de partículas a velocidade próxima à da luz. Nesse momento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações chaves sobre a formação do universo e confirmará, ou não, a teoria da física baseada no Bóson de Higgs.

10 de Setembro na História do Brasil

Em 10 de setembro de 1836 aconteceu A batalha do Seival,  um conflito militar que ensejou a proclamação da República Rio-Grandense por Antônio de Sousa Neto. O embate deu-se nos campos dos Meneses, cruzando o arroio Seival.

Com o objetivo original de derrubar o presidente da província, apenas, os revoltosos gaúchos enfrentaram as tropas imperiais. Destacado por Bento Gonçalves, o coronel Neto deslocou-se, no início de setembro de 1836, à região de Bagé, onde encontrava-se o comandante imperial João da Silva Tavares, vindo do Uruguai. A primeira brigada de Neto, com 400 homens, atravessou o arroio Seival e encontrou as tropas de Silva Tavares sobre uma coxilha, com 560 homens. Durante a tarde de 10 de setembro de 1836, Silva Tavares avançou sobre a coxilha, e os revoltosos defenderam-se usando lanças e espadas.

Inicialmente houve pequena vantagem das forças imperiais, mas o cavalo de Silva Tavares, com o freio rebentado na peleia, disparou em velocidade, causando a impressão de fuga, mesmo entre seus comandados. A confusão entre eles foi aproveitada pelos cavaleiros de Neto, que atacaram com força redobrada. O resultado deste mal-entendido foi ficarem os revoltosos quase intactos, enquanto houve 180 mortos, 63 feridos e 100 prisioneiros do lado dos imperiais. Entre os prisioneiros estava João Frederico Caldwell, que em 1821 assinou o manifesto de 9 de janeiro, que solicitava que D. Pedro I ficasse no Brasil.

10 de setembro na minha história

Em 10 de setembro de 2009 eu, em processo de dês-religiosamento, escrevia as seguintes linhas do artigo “Quem vai explicar”.

O mundo, como nós o conhecemos está em progressiva decomposição. Em um nível físico, nós vemos a natureza sendo literalmente atropelada por esta máquina chamada progresso. Vemos nossos rios poluídos, vemos também a camada de ozônio sendo afetada por gases que as destroem, florestas desmatadas, doenças sem cura, enchentes no sul, secas no norte e nordeste, terremotos e maremotos, enfim esta é a realidade física de nosso planeta.

No  nível moral, nós já nem precisamos mais apontar falhas. Pois elas já estão bem explícitas. É só ligar a TV ou o rádio e se preparar para os absurdos tais como:

Políticos que fazem de sua vida pública uma extensão de sua vida privada, roubam, mentem, subornam, e são subornados. Programas de televisão como “No limite”, “Big Brother”, “Jogo Duro”, e “A Fazenda”, onde pessoas se submetem aos mais extremos níveis de humilhação e exposição, por dinheiro. Só que não percebem que não passam de espetáculo para um outro tanto de pessoas que, ao invés de se indignarem, dariam tudo para estar no lugar deles.

Outros programas, que uma “meia dúzia" de mulheres, que se acham detentoras da verdade, aparecem em rede nacional para expor problemas familiares como: Adultérios, homossexualismo, sexualidade na adolescência, e uma infinidade de outros assuntos. E o pior é que muitos cristãos não perdem um dia sequer esses espetáculos.

Escândalos envolvendo “pastores”, “apóstolos” e "bispos", já são comuns. Mas o que me “incomoda” é o fato de as pessoas não se “incomodarem" mais. Vejamos o caso do “apóstolo Estevam” e “bispa Sônia” que foram presos em flagrante delito, com dólares não declarados. Foram presos, e os fiéis da igreja renascer, têm o despautério de dizer que seus líderes estão sendo perseguidos. Chegam a comparar o Estevam com José do Egito (absurdo). Quando é que eles (Sônia e Estevam) vão aparecer em publico e pedir perdão aos seus membros e aos simpatizantes desta igreja, pois enquanto eles não fizerem isso, vão continuar sendo uma das maiores vergonhas no meio evangélico.

Sobre o Edir Macedo não precisa dizer nada, pois meu irmão Marcio Alves já escreveu o suficiente, e se, mesmo assim, com todos esses escândalos, os membros da igreja Universal do reino de “deus”, preferem viver dentro deste paradigma, então vale a frase: “A ovelha merece o pastor que tem”. Existe um outro “bando” de líderes evangélicos sem moral, vou citar alguns e quem quiser verificar seus perfis e as doutrinas que eles ensinam é só visitar suas igrejas (suas mesmos, porque do Senhor é que não são!) ou devo dizer “empresas”. Lá vai!

Apóstolo Sergio Lopes e bispa Vera Lopes; apóstolo Agenor Duque (Igreja Apostolica Plenitude do Trono de Deus); missionário Ezequiel Pires (um dos piores); missionário R.R. Soares, pastor Silas Malafaia; Renê Terra Nova;Valnice Milhomens;(pasmem!) Samuel Ferreira, bom, acho melhor parar por aqui, não por falta de elementos e sim por falta de coragem pra escrever tanto, e para não deixar a mensagem muito extensa. Esta é a realidade moral do nosso mundo.

Em nível espiritual, acho que o texto acima, dá uma idéia do que vem acontecendo espiritualmente com a população do mundo (planeta).

Os que estão no mundo (Jardim do maligno), já não se preocupam mais com suas almas e caminham para um abismo do qual poucos conseguem escapar e voltar-se da rebelião contra Deus. Mas cabe a nós Cristãos, pregarmos o evangelho de Cristo e resgatar essas vidas. Mas o que me deixa perplexo, não são os que estão no mundo, e sim os que estão na igreja.

Porque boa parte (pra não dizer a maioria) das igrejas que se dizem evangélicas, não passam de, como disse o apóstolo: “Sinagoga de satanás” (Apocalipse 2.9). Lugar onde pessoas vão buscar suas “bênçãos”, suas curas, seus óleos de unção, suas rosas de Sarom, ou vão participar de suas inúmeras campanhas de oração para receber algo do Altíssimo, esquecendo-se que a maior dádiva que nós poderíamos receber, Deus já nos deu, a saber, seu filho Jesus, morto numa cruz, para nos salvar do pecado, e nos proporcionar comunhão com Deus e consequentemente a salvação. Aí então viveremos eternamente com Deus. Qual será o alvo dessas pessoas? O céu....a benção...ou Deus? Reflita!

Então? Quem vai explicar para meus netos e bisnetos, como foi que eu...ou nós, permitimos que a sociedade (civilização) tenha marchado para esta destruição em que se encontra? Sem fazermos o possível e o impossível para revertermos este quadro.

Mas uma coisa ainda me alegra, ainda tenho uma esperança, que é saber que não estou sozinho nesta aflição. Existe ainda “7 mil” homens e mulheres que não se curvaram às seduções deste mundo. Hoje posso até ser considerado um herege, mas lá na frente, nós que “queimarmos na fogueira”, seremos contemplados com a presença eterna de nosso pai celestial.

Faço um convite a você que leu esta mensagem: Visite uma das igrejas Betesda de São Paulo, e veja que ainda existem homens preocupados com a pregação da palavra de Deus e comprometidos com os ensinamentos de Jesus. Perdoem-me aqueles que se sentirem ofendidos com minhas palavras, mas deixo claro que não me calarei diante de tanta irresponsabilidade com o futuro de nossos filhos.

Que Deus continue nos abençoando, se assim Ele quiser.