A esquizofrenia provoca um
alteração na percepção e no processamento de informações cerebrais que impedem
que a pessoa perceba a diferença entre a realidade e as alucinações visuais ou
auditivas, muito presentes em quem sofre da esquizofrenia.
Existem tipos diferentes de
esquizofrenia, como a esquizofrenia paranoide, esquizofrenia hebefrênica,
esquizofrenia catatônica, entre outras.
Alguns sintomas da esquizofrenia
podem ser notados nos indivíduos que iniciam o desenvolvimento desta doença e
que pode ajudar familiares e amigos a identificarem o início precoce
facilitando a busca de ajuda e de avaliação médica e psicológica.
A freqüência dos sintomas
característicos de Esquizofrenia envolve uma faixa de disfunções cognitivas e
emocionais que acometem a percepção, o pensamento inferencial, a linguagem e a
comunicação, o monitoramento comportamental, o afeto, a fluência e
produtividade do pensamento e do discurso, o impulso e a atenção, a capacidade
de prazer com a própria vida e de realização de suas vontades.
De acordo com o DSM IV (2000), as
causas da doença ainda não foram claramente definidas porém, graças ao avanço
da ciência, foi possível observar várias alterações somáticas e cerebrais na
esquizofrenia. A doença era vista como um fator hereditário e o maior índice de
pessoas acometidas pela doença eram membros da mesma família. Posteriormente a
doença foi vista como algo genético.
No DSM IV (2000), o conceito de
esquizofrenia refere-se a “uma perturbação que dura pelo menos 6 meses e inclui
pelo menos 1 mês de sintomas da fase ativa (isto é, dois [ou mais] dos
seguintes sintomas: delírios, alucinações, discurso desorganizado,
comportamento amplamente desorganizado ou catatônico e sintomas negativos)”
(p275). Pode-se citar como exemplo o indivíduo que apresenta um discurso
desorganizado no qual a sua fala apresenta freqüente descarrilamento ou
incoerência, associado a delírios ou alucinações.
A partir de dados do DSM-IV sobre
estudo de famílias, sabe –se que existe um maior índice de ocorrência em
parentes de pacientes esquizofrênicos, variando de acordo com o grau de
parentesco, sendo que a maior chance de se desenvolver a doença será se ambos
os genitores forem esquizofrênicos ou ainda se forem gêmeos monozigotos por
possuírem todos os genes em comum. Portanto, a esquizofrenia não é uma doença
que se pega, ela está diretamente relacionada a fatores genéticos. O
diagnóstico envolve o reconhecimento de uma constelação de sinais e sintomas
associados com prejuízo no funcionamento ocupacional ou social. A comparação
entre o indivíduo e seus irmãos não-afetados pode ser útil para esta
determinação e o progresso educacional freqüentemente está perturbado, podendo
o indivíduo ser incapaz de terminar a escolarização.
A maior parte dos sujeitos
doentes são incapazes de manter um trabalho por períodos prolongados de tempo e
estão empregados em um nível inferior ao de seus pais. A maioria (60-70%) dos
indivíduos com Esquizofrenia não se casam e mantém contatos sociais
relativamente limitados. A disfunção persiste por um período substancial
durante o curso do transtorno e não parece ser o resultado direto de qualquer
aspecto isolado.