O que é a Vida? Seria ela um sonho?
Acredite! A vida não é um sonho.
Não este sonho tenebroso que os intelectuais dizem.
Corriqueiramente um amanhecer chuvoso, abre caminho para um pôr de Sol belíssimo
Outras vezes são nuvens sombrias que circundam o céu.
Mas logo se dissipam e dão lugar a um azul inconfundível.
Mesmo sendo feias, as nuvens negras trazem as chuvas...
Que alimentam as rosas e fazem o jardim sorrir
Não se pode lamentar este acontecimento.
Rapidamente, e sem pausa em momentos de dor,
As horas escassas da vida vão passando sem nos dar tempo para arquitetarmos um plano
Então sorrio, enquanto aproveito os primeiros momentos do resto da minha vida.
E quando subitamente a morte bate à minha porta
Quando a sensação de felicidade escapa por entre os dedos como areia fina
Quando a dor invade o meu ser, e reconheço a fragilidade de uma efêmera existência
A esperança se vê engolida...derrotada e dominada pelo medo.
Mesmo nesses momentos de angustia, a esperança há de ressurgir
Pois ela se vê indestrutível, imortal, amiga dos fracos,
Olha bem no fundo dos meus olhos e me mostra sua beleza
Que é suficientemente forte para me trazer de volta à realidade.
Ela se mostra corajosa, ousada, pois luta contra todas as evidências de uma vida trágica
Sem medo de nada...
Enfrenta as dúvidas que minha cabeça animal insiste em levantar
E me pergunta:
O que é a Vida? Seria ela um sonho?
Acredite! A vida não é um sonho.
Não este sonho tenebroso que os intelectuais dizem.
Porque o desespero, a angústia e a náusea, sempre serão vencidos pela esperança de viver mais alguns instantes esta vida tão maravilhosa.
Edson Moura
Edson,
ResponderExcluirQue lindo este poema!! Parabéns!!
Confesso que sem perceber, os meus olhos se encheram de lágrimas ao ler os teus versos..
A vida é um sonho, se analisada pelo curto tempo em que temos para vivê-la. O fato de termos apenas um intervalo de anos indeterminados para viver, é o fato de tornar a vida um sonho (metaforicamente). Pois um dia abrimos os olhos, e nos deparamos com a vida...aqui encontramos o amor, as pessoas que amamos...que nos quiseram bem....e chegará o dia, em que fecharemos o olhos, e então, será o fim deste sonho, um sonho que vivemos...e que nunca mais poderemos viver.
Mas se analisada em seu percurso, realmente a vida não é este SONHO...um sonho lindooo...pois estamos limitados entre VIDA e MORTE. Chegada e partida.
Vivemos de anseios, vivemos de medo, vivemos de dúvidas....e em meio à tantos segredos que nos invadem, percebemos que vivemos, mas nem sempre encontramos a essência da vida..os sabores nela existente... percebemos que vivemos no sentido de apenas existir, pois vivemos o futuro e nos esquecemos do presente, vivemos a esperança de sair do palco das experiências e então irmos para o palco da convicção.
Não sabemos quem somos, não sabemos de onde viemos...não sabemos para onde vamos...nunca conheceremos nossa verdadeira personalidades.......o que nos torna um ser abandonado, num universo obscuro....pertencente à uma vida sem VIDA!
Beijos.
EDSON
ResponderExcluirMano, sua poesia existencialista esta realmente muito boa, mas deixa eu lhe fazer uma perguntinha:
Não seria esta esperança tão exaltada em sua postagem um tipo de ilusão fantasiosa, tal como a dos crentes???
Exemplo:
Um jovem que ficou paraplégico, sem possibilidade nenhuma de voltar a andar, mas todos os dias sonha, se alimentando de esperança, de que algum dia ele volte a andar, não seria uma ilusão tão prejudicial como a dos crentes???
Pois ele estaria assim fadado a sofrer duas vezes:
Na primeira por causa da doença, e na segunda, por causa da sua esperança em andar, prolongará seu sofrimento, pois a realidade cruel é que nunca mais ele voltará a andar, ou seja, o quanto antes ele perder sua esperança, mais rápido ele poderá digerir sua realidade paraplégica e superar a dor da mesma.
É só está perguntinha mamão com açúcar para você responder. Rsrsrsrsrsrs
Valeu e abraços mano!
Marcio,
ResponderExcluirDeixe o Edson viver sua esperança, a alegria da vida está em saber vivê-la, veja estes versos:
DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 -05/05/1994).
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
Beijos.
Edson,
ResponderExcluirBelíssimo poema, cheio de sol, de pássaros, de lua, de firmamento azul anil, plenamente cheio de vida...
A esperança é o fertilizante da nossa vida.
Beijo.
Marcio, só você mesmo para me fazer pular um dos comentários para responder diretamente o seu né?
ResponderExcluirPois bem:
Como deixo claro no meu poema, a vida não é uma ilusão...ou um sonho, mas sim uma esperança, ou seja, uma expectativa.
Você, eu, ou qualquer outra pessoa tem total direito de dizer que a pessoa que tem esses tipos de pensamento, está sendo vítima de uma ilusão, mas tudo é uma questão de ponto de vista.
Para você meu amigo e irmão a quem amo tanto, deixo este replay...pense nele e me diga onde está a ilusão exaltada:
"Rapidamente, e sem pausa em momentos de dor,
As horas escassas da vida vão passando sem nos dar tempo para arquitetarmos um plano
Então sorrio, enquanto aproveito os primeiros momentos do resto da minha vida."
Viu? Se analisarmos por um outro ângulo, a poema tornar-se-a até meu mórbido...melancólico...fatídico e deveras existencialista.
E o que dizer deste outro trecho:
"Ela se mostra corajosa, ousada, pois luta contra todas as evidências de uma vida trágica
Sem medo de nada...
Enfrenta as dúvidas que minha cabeça animal insiste em levantar"
Golpe número 2. Como você bem pode observar, o autor do poema..ou seja, eu, reconhece que a vida é trágica, e que as dúvidas insistem em perseguí-lo. Mas a grande magia, se é que posso chamar assim, está em não sofrer com o que a vida fez de você e sim, dar significado ao que inexoravelmente a vida fará de você.
"O que é a esperança? Seria a esperança uma ilusão? acredite a esperança é uma ilusão sim, mas não essa ilusão que meu sócio intelectual Marcio diz."
Abraços meu mano!
Paulinha querida, prometo que amanhã respondo ao seu comentário, que diga-se de passagem, está belo.
ResponderExcluirGuiomar, liga não minha santa, o Marcio é um insensível que não sabe saborear uma poesia, nem mesmo quando ela é 100% existencialista. rsss
ResponderExcluirGuiomar, obrigado pelo elogio e também pelo magnífico poema que postastes aqui pra nós lermos. Já imaginava que você também fosse uma apreciadora de belas linhas.
ResponderExcluirBoa noite!
Concordo com você, a vida é um sonho...E diante das nuvens escuras que nos traz um lindo brilhar ao amanhecer, é a pura existência de uma esperança, que mesmo diante das dificuldades acreditamosque a vida é maravilhosa para se viver, mas é aprendendo com cada fato ocorrido e assim formamos a nossa história.
ResponderExcluirEdson
ResponderExcluirO que mais prescrevo como médico, é analgésico. É claro que eles não curam, mas são necessários...
Concordas com Fernando Pessoa, que disse:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente".
Abçs não fingidos
Levi B. Santos
MARCINHO,
ResponderExcluirNão li a réplica do EDSON para você, mas quero dar meu palpite em relação à tua perguntinha.
Eu penso, que a ESPERANÇA é algo inserido no SER. Esperança esta, que nos impulsiona a viver por ALGO.
Não vivemos simplesmente por viver, acredite! TODOS nós vivemos em função de alguma coisa...vivemos caminhando para conquistar alguma coisa.
A ESPERANÇA é parecidíssima com o DESEJO. Se ela nos torna alguém doente, se ela nos oferece uma ilusão fantasiosa..então o DESEJO exerce o mesmo papel!
Mas viver sem desejar, viver sem buscar, viver sem caminhar, viver sem querer...simplesmente não é viver, é apenas existir.
Não vivemos sem desejar, não vivemos sem ter esperança....
A esperança nos impulsionaa..e nos mostra o caminho lá na frente..
Quando uma criança carente e pobre, olha por uma vitrine de uma padaria, e vê aquele boloo maravilhoso trufado de chocolate, que "custa o olho da cara" ela olha com um OLHAR de ESPERANÇA.
Ela vai morrer por ter esperança de um dia comer alquele bolo? Não. Ela está se tornando doentia por desejar? Não. Ela vai em busca de comê-lo...ela vai traçar objetivos...ela vai desejar...talvez não vai obter...mas ela não se tornará estática! Acredite.
Beijos.
(quando citei do bolo, pensei em mim namorando uma vitrine no shopping...ohh pobreza!)rss..em breve quero aquele bolo inteirinho pra mim..kkkk...meu desejo fala mais alto! hahaa...
Edsinho,
ResponderExcluirEu gosto do céu carregado de chumbo. Ele tem sua beleza.
Beijos. Guiomar
Guiomar, só se for o céu do Rio de Janeiro, esse sim tá carregado de "chumbo" nos últimos dias. kkkkk
ResponderExcluirPs. O Edu vai me encher o saco depois dessa piadinha sem graça.
Abraços Gui.
Levi, concordo plenamente com o Fernando, e digo mais:
ResponderExcluirChegará o dia em que se comprará a felicidade em uma prateleira de farmácia. (se é que já não se compra)
Abraços mestre!
E aí Marcio, o que dizer do comentário da Paulinha?
ResponderExcluirPaula, você mandou bem ao dizer que o desejo é o "primo rico" da esperança, e de fato ele nos impulsiona a seguir adiante buscando o objeto de nossa esperança.
Abraços Paulinha!