No livro 'O Ser e o Nada' (1943), a busca do ser resultava em fracasso pela própria estrutura do desejo. Mas Sartre (1905-1980) logo percebe que tal fracasso poderia ser assumido e transcendido numa existência autenticamente humana, que, por meio de um livre engajamento, lutasse por objetivos concretos.
Partindo de novos conceitos-o de autenticidade e o de engajamento-Sartre fundamenta sua moral existencialista. Logo após a libertação de Paris, depois de passar por campo de concentração nazista, participar da resistência francesa à ocupação alemã, Sartre se desperta para a política, corrigindo seus erros anteriores, elaborando, no confronto com o marxismo, -a síntese monumental de 'Crítica da razão dialética'-(1960), que assimilou a teoria crítica da sociedade numa nova filosofia da liberdade em plena História.
Ao lado de Simone de Beauvoir, também filósofa existencialista e sua companheira de toda a vida, Sartre participou da vida política não só da França, mas mundial.
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