Por Edson Moura
Um piloto de caça, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi capturado pelo inimigo após seu avião ser abatido e milagrosamente sair sem um aranhão. Foi lançado numa cela de prisão. Todos os carcereiros o olhavam com desdém e era tratado de forma rude pelos mesmos. Sua execução estava marcada para o dia seguinte à sua captura e pretendo contar á vocês leitores o incrível desfecho desta tragédia.
Um piloto de caça, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi capturado pelo inimigo após seu avião ser abatido e milagrosamente sair sem um aranhão. Foi lançado numa cela de prisão. Todos os carcereiros o olhavam com desdém e era tratado de forma rude pelos mesmos. Sua execução estava marcada para o dia seguinte à sua captura e pretendo contar á vocês leitores o incrível desfecho desta tragédia.
Ele tinha certeza que seria morto. Ficou terrivelmente perturbado e nervoso. Remexeu nos bolsos em busca de um cigarro que, “Deus quisera”, tivesse escapado à revista. Encontrou apenas um, mas como as mãos estavam trêmulas de medo, mal podia levá-lo aos lábios. O pânico se abateu quando ele percebeu que não tinha fósforos, estes foram levados na revista.
Olhou através das grades para o carcereiro. Ele não correspondeu ao olhar do rapaz condenado, afinal, não se estabelece contato com uma “coisa”, um cadáver. Ele então gritou para o homem: “Tem fogo, por favor?!”. O carcereiro olhou para ele, deu de ombros e caminhou até a direção do rapaz. Ao se aproximar e sacar uma caixinha de fósforos, os olhares dos dois inadvertidamente se cruzaram. Naquele momento o rapaz sorriu.
Nem ele mesmo sabe por que fez aquilo. Talvez por nervosismo, talvez porque, quando se está realmente perto de alguém, é muito difícil não sorrir. Em todo caso, ele sorriu. Naquele instante, foi como se uma faísca saltasse no espaço entre os corações dos dois homens, entre suas almas. Não foi proposital, mas o sorriso do rapaz “saltou” por entre as grades e gerou um sorriso nos lábios do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro do rapaz, mas permaneceu por perto, olhando-o diretamente nos olhos e continuando a sorrir.
O Jovem rapaz continuou a sorrir, agora consciente da pessoa e não apenas do carcereiro que o mantinha preso. O olhar do carcereiro parecia também ter uma nova dimensão. Você tem filhos? Perguntou o carcereiro.
Sim, aqui, aqui! Disse o rapaz tirando a carteira e procurando nervosamente a fotografia de seus filhos e sua esposa. O Homem também puxou a fotos de seus garotos e começou a falar sobre seus planos para eles. Os olhos do rapaz encheram-se de lágrimas. Confidenciou ao carcereiro que temia nunca mais vê-los novamente, nunca ter a chance de vê-los crescer. Algo parecido com Lágrimas também aflorou nos olhos do carcereiro.
De repente, sem qualquer palavra, o homem destrancou a cela do rapaz e silenciosamente o conduziu para fora. Passou por corredores escuros e deu de cara com um pátio. O Jovem pensou: Minha vida foi salva por um sorriso, apenas um sorriso. Seu coração batia acelerado ao passo em que caminhava em direção à sua liberdade.
Deu mais alguns passos e olhou para trás, o carcereiro havia parado. Podia ouvir os passos dos soldados marchando em sua direção. Uma venda lhe foi oferecida, e, ao colocá-la, ouviu a voz do carcereiro:
Perdeu playboy, sua execução foi antecipada!
esse carcereiro é muito gente boa. pelo menos deu o último cigarro ao condenado...
ResponderExcluirRss. Na verdae Edu, ele não deu o cigarro, apenas acendeu, mas tá valendo.
ResponderExcluirAbraços calorosos