Marcio Alves
Quero compartilhar
alguns rabiscos meus freudianos, baseado nas concepções teóricas fundamentais
psicanalíticas de Sigmund Freud, visando trazer um resumo bem objetivo, pratico
e esclarecedor de suas principais teorias.
Freud vê todos os
indivíduos como uma natureza humana inata que o determina, vivendo sempre na
tensão constante entre as exigências dos impulsos instintivos versus a
realidade social que cobra comportamentos adequados na relação e interação
social. Desenvolveu sua mais importante teoria sobre o inconsciente que é o que
marca, distinguindo a psicanálise das demais teorias psicológicas. Dando ênfase
também no desenvolvimento psicossexual infantil, sendo estes dois conceitos os
principais na teoria psicanalítica freudiana.
Segundo a visão
Freudiana, o ser humano é possuidor de uma natureza inata que é determinada e
regida pelas pulsões de morte e vida, que seriam os impulsos sexuais, presente
como energia vital desde o nascimento, e os impulsos agressivos, mais a
experiência de vida de cada sujeito, desenvolvida ao longo da infância, onde se
dá o complexo de Édipo – onde a criança desenvolve um vivo sentimento de
afeição pelo genitor do sexo oposto e grande inimizade pelo do próprio sexo, a
quem deseja eliminar como a um rival, isto tudo inconscientemente.
Para Freud o mundo é
civilizado através de leis que governam os relacionamentos humanos, contrapondo
a natureza instintiva animal do homem, que por viver em sociedade aprende
internalizando estas leis e proibições, de como se deve comportar, gerando assim
um mal estar e conflito no homem, já que há um abismo existente entre as
demandas dos próprios impulsos, agressivos e sexuais, advindos de sua natureza
com as do meio social.
O aparelho psíquico do
homem foi divido por Freud em duas tópicas, chamadas de topográfica e
estrutural. Na primeira, a topográfica, o consciente, pré-consciente e
inconsciente. Já na segunda, a estrutural, o id, ego e superego.
A diferença básica
entre consciente, pré-consciente e inconsciente é que consciente é a parte
psíquica de nosso aparelho que recebe os dados, organizando-os, do mundo
externo e interno do sujeito, constituindo uma pequena parcela da mente. Já o
pré-consciente situa-se no meio, entre o consciente e o inconsciente, e,
refere-se aos nossos pensamentos e lembranças que não são conscientes em um
primeiro momento, numa dada circunstancia, mas que podem ser evocados ou
chegarem de maneira espontânea e livre a consciência. E por ultimo, o sistema
inconsciente, que foi a grande e revolucionaria descoberta de Freud, o conceito
mais fundamental da psicanálise, que consiste na maior parte da vida psíquica,
onde se localiza as principais idéias, que são as representações de impulsos,
que foram reprimidas, que o sujeito não tem acesso consciente, porém, vale
lembra que não foram esquecidas, e tão pouco ainda perdidas, e que tem enorme
influencia na vida consciente.
Já o aparelho psíquico
estrutural é formado pelo id, que é totalmente inconsciente, instintivo e
regido pelo principio do prazer buscando a satisfação a qualquer custo, sua
relação geralmente é muito conflituosa com o ego que sempre regido pelo
superego, busca uma forma mediadora na realidade de, às vezes, satisfazer de
maneira permitida, outras vezes de inibir ou reprimir, os anseios do id sem
desobedecer às leis impostas pela sociedade que são justamente internalizadas
pelo superego.
A psicanálise freudiana
é uma das mais importantes teorias sobre o funcionamento do aparelho psíquico,
como também compreensão do mundo e da natureza humana, contribuindo de maneira
enriquecedora para a psicologia, no trabalho de compreender e ajudar o ser
humano em seus conflitos internos e externos.
REFERENCIA
BIBLIOGRAFICAS
Freud, S. – O
mal-estar na civilização, Vol. XXI, Rio de Janeiro: Imago, Ed.
Standard Brasileira das Obras Completas, 1974, p. 81-171.
Freud, S. (1923) O ego e o id. Trad. sob direção de
Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.19, p.13-80. Edição Standard
Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.
Freud, S. (1915) O inconsciente. In___ Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de
Sigmund Freud. Trad. sob direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980,
v.14, p.183-202.
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