sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Como tornar sua leitura significativa?


Busco ser extremamente criterioso nas minha leituras. Não leio de qualquer jeito, qualquer coisa. Sou bastante seletivo, pois sei que não disponho de todo o tempo que gostaria que tivesse, por isso, meu rigor na hora de escolher um livro para ler.
Leio seguindo alguns princípios que pra mim são "sagrados" e fazem toda diferença, "pesando" no momento da escolha, pois para cada livro escolhido, milhares de outras leituras são descartadas.
Primeiro, minha regra de "ouro": somente leio o que me toca, o que me interessa, o que aguça minha curiosidade, o que me desperta o tesão de ler.
Segundo, e não menos importante: leio buscando prazer na própria leitura e/ou conhecimento, seja por me proporcionar prazer e alegria direta e imediatamente, como uma leitura com fim em si mesmo, e/ou por gerar conhecimento.
Abro um "parênteses" aqui: toda leitura de um livro, pra que eu disponha-me a ler, tem que, ou me gerar grande alegria por sua leitura com ou sem conhecimento, ou me gerar conhecimento com ou sem "prazer".
Terceiro, uso um simples, mas fundamental critério: tento ler - já faz um bom tempo - ao menos um grande clássico de cada autor.
Se caso gostar muito da escrita e do conteúdo de um determinado autor, procuro ler outros diversos livros do mesmo autor - foi assim que acabei lendo cinco livros na sequência de Shakespeare, sete livros do meu filosofo favorito Nietzsche.
Quarto, para não correr o risco de cansar-me, alterno entre uma leitura de literatura com uma mais reflexiva, no sentido de filosófica e/ou psicológica - atualmente, tenho lido dois livros paralelamente, sendo, sempre, um de literatura (romance) e outro, mais reflexivo, acadêmico, mais teórico por assim dizer.
Assim, tenho maior possibilidade de desfrutar e absolver dois livros ao mesmo tempo, pois ambos são de diferentes estilos, objetivos, formas, gêneros, linguagem e saberes.
Talvez, se optasse por ler dois livros com a mesma "essência", poderia causar algum tipo de confusão, canseira ou pouco conhecimento, pois imagine ler, Kant e Lacan juntos: ambos "osso" duro de roer.
Enfim, como gasto em média, de três à quatro horas por dia, em leituras - "pouco" tempo, diria, pra alguém (eu) que tem uma fila incalculável de livros para ler - não me dou o luxo (não mesmo) de desperdiçar meu tempo - que só "vale" minha vida, só isso, porque a vida é feita de tempo - lendo qualquer coisa que vejo pela frente.

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