sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O que de pior pode acontecer quando expressamos algo importante para nós?


Penso que uma das PIORES COISAS em se compartilhar um acontecimento, seja ele uma coisa boa ou ruim, além de não ser ouvido, é quando a outra pessoa pra quem compartilhamos, conta a experiência dela, que julga similar a nossa, como sendo "melhor" - mesmo que seja o "melhor" do "pior" -, menosprezando assim, indiretamente, nossa dor ou alegria.
Quando isso acontece, nos sentimos não acolhido, não ouvido, não compreendido, não legitimado e não valorizado em nossas histórias narradas.
É como se a outra pessoa entrasse numa disputa desnecessária, por quem têm ou viveu algo pior ou melhor.
Desnecessária e inútil, pois mesmo que algo, coisa ou acontecimento do outro, tenha sido maior do que o nosso - objetivamente falando - o que conta mesmo, é como (subjetivamente) vivemos e não o que apenas vivemos.
É como se você ralasse o ano todo pra comprar uma bis (moto) que era um sonho teu, e outro, comprasse com a ajuda do pai, um carro que não era ainda o que ele queria, ou seja, tudo que nos acontece, acontece singularmente, de tal forma, que não se pode comparar experiências.
No fim, podemos compartilhar experiências, acontecimentos, mas não devemos cair no erro de entrarmos numa disputa infantil de ficarmos comparando, nem muito menos ainda de dizer, que a nossa experiência é muito maior, melhor ou pior que a do outro.
Portanto, é preferível que evitemos compartilhar nossas "pérolas" com "porcos" - para usar uma expressão bíblica - guardando para às pessoas que nos são mais intimas e compreensíveis.

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