O MITO perde sua riqueza de significado e elegância, todas às vezes, em que deixa de ser mito passando a ser entendido no “formato” literal – de “forma”, de “limites”, de definição, daí a pobreza do mito ser “reduzido” a uma forma de literalidade.
Ou seja: a crença no mito enquanto logos (razão, literalidade) perde toda sua riqueza interpretativa e representativa, no sentido de ser um espelho que reflete a natureza humana mergulhada em conflitos, que padece em agonias.
O mito como expressão – para além do mero e falível racionalismo – da experiência humana, que nunca pode ser totalmente enquadrada em nenhuma forma (de “fôrma”) teórica, pois sempre “desliza”, escorrega, é uma força avassaladora de sentidos e significados – a experiência humana está para a racionalização, como o oceano está para uma caixa d’água, daí o mito ser, a meu ver, a “linguagem” que melhor “fala” a linguagem da experiência humana.
Por isso que hoje, depois de ter mergulhado fundo na racionalização, pude perceber o quanto a razão não dá conta – mesmo que tente (em vão) sistematizar, definindo (a ideia de definir algo pressupõe em si, colocar “limites”) o ser humano – e que o mito, como também as metáforas, são as que melhores expressam a experiência humana.
Marcio Alves #MinhasDivagaçõesReflexivas
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