Por: Edson Moura
Antes de me chamarem de louco ou herege, gostaria que vocês meus Caros leitores, se despissem do manto da religiosidade e do pré-conceito de querer rejeitar tudo aquilo que vai de encontro ao que lhe ensinaram em sua caminhada cristã. Não é meu intuito lhes oferecer uma “nova verdade”, mas sim convocá-los à reflexão sobre a lógica da vida, pois este é o principal motivo pelo qual gasto horas e muitas vezes até dias estudando e meditando na palavra do Senhor, em busca de uma mensagem que venha a ser edificante tanto pra vocês, quanto pra mim mesmo.
Quero deixar claro que creio nas Escrituras Sagradas, e também acredito que toda ela foi inspirada por Deus. Entretanto, creio também que os homens que as escreveram tinham as suas limitações, mas, além disso, os homens que as traduziram do hebraico e grego tinham mais limitações ainda. Outro ponto que quero salientar é que não sou um admirador dessas novas traduções que encontramos hoje como: NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje); NVI (Nova Versão Internacional) Bíblia do Adolescente e tantas outras que se esforçam para facilitar a leitura e o entendimento do texto bíblico, mas o que fazem na verdade é impedir (por omissão) que o leitor procure o verdadeiro significado de algumas palavras e como conseqüência têm uma interpretação errada do que quer dizer o texto.
Etimologia da palavra “Inferno”
A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos
bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31).
É óbvio que tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água na língua não alivia a dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento que passava, precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna.
Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado no terceiro dia conforme relata os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos vêem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo “pecado original” de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.
Mudanças no Sentido da Palavra Inferno
O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades. . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.
A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.
O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).
A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.
O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia de um inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.
Cristianismo
No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.
Catolicismo
Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados “novíssimos”: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só das mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em um “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).
Protestantismo
Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituído da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre.
A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais.
Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado sem consciência (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.
A doutrina da existência de um ‘inferno de fogo’ tem despertado e atenção dos homens de todos os séculos. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saído das fileiras do cristianismo por causa deste assunto.
Isto poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo sincero, honesto e fiel ás regras de interpretação do verso Bíblico e ao contexto das Escrituras.
Esta mensagem ou estudo, irá analisar o que é o inferno de acordo com o ensino Bíblico; qual o correto significado de alguns dos textos Bíblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?
Antes disso, é importante salientar o que a Bíblia ensina sobre o estado do homem na morte:
Depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que Jesus disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. A Bíblia compara a morte a um sono em aproximadamente 53 versos diferentes.
O Antigo Testamento, que também teve sua inspiração do Espírito Santo (II Timóteo 3:16), também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6- leia também Salmo 6:5;Salmo115:17;Salmo 146:3,4;Isaías 38: 18,19).
O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.
Primeiramente temos de entender que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo. (II Pedro 1:20, 21).
Sendo que o Espírito Santo é perfeito, Ele não vai se contradizer; não irá dizer em uma parte da Bíblia que na morte a pessoa está em total inconsciência e em outra afirmar que os ímpios sofrerão eternamente na segunda morte.
Portanto, se há uma aparente contradição não é culpa de Deus, mas sim nossa, pois somos limitados por causa do pecado. Outro fator que leva-nos a encontrar “contradições” na Bíblia é o fato de não a estudarmos profundamente. É o que pretendo fazer agora, analisando estes versos em seu contexto e verdadeiro significado.
Continua....
Que Deus continue nos abençoando
Antes de me chamarem de louco ou herege, gostaria que vocês meus Caros leitores, se despissem do manto da religiosidade e do pré-conceito de querer rejeitar tudo aquilo que vai de encontro ao que lhe ensinaram em sua caminhada cristã. Não é meu intuito lhes oferecer uma “nova verdade”, mas sim convocá-los à reflexão sobre a lógica da vida, pois este é o principal motivo pelo qual gasto horas e muitas vezes até dias estudando e meditando na palavra do Senhor, em busca de uma mensagem que venha a ser edificante tanto pra vocês, quanto pra mim mesmo.
Quero deixar claro que creio nas Escrituras Sagradas, e também acredito que toda ela foi inspirada por Deus. Entretanto, creio também que os homens que as escreveram tinham as suas limitações, mas, além disso, os homens que as traduziram do hebraico e grego tinham mais limitações ainda. Outro ponto que quero salientar é que não sou um admirador dessas novas traduções que encontramos hoje como: NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje); NVI (Nova Versão Internacional) Bíblia do Adolescente e tantas outras que se esforçam para facilitar a leitura e o entendimento do texto bíblico, mas o que fazem na verdade é impedir (por omissão) que o leitor procure o verdadeiro significado de algumas palavras e como conseqüência têm uma interpretação errada do que quer dizer o texto.
Etimologia da palavra “Inferno”
A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos
bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31).
É óbvio que tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água na língua não alivia a dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento que passava, precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna.
Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado no terceiro dia conforme relata os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos vêem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo “pecado original” de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.
Mudanças no Sentido da Palavra Inferno
O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades. . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.
A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.
O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).
A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.
O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia de um inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.
Cristianismo
No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.
Catolicismo
Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados “novíssimos”: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só das mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em um “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).
Protestantismo
Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituído da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre.
A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais.
Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado sem consciência (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.
A doutrina da existência de um ‘inferno de fogo’ tem despertado e atenção dos homens de todos os séculos. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saído das fileiras do cristianismo por causa deste assunto.
Isto poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo sincero, honesto e fiel ás regras de interpretação do verso Bíblico e ao contexto das Escrituras.
Esta mensagem ou estudo, irá analisar o que é o inferno de acordo com o ensino Bíblico; qual o correto significado de alguns dos textos Bíblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?
Antes disso, é importante salientar o que a Bíblia ensina sobre o estado do homem na morte:
Depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que Jesus disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. A Bíblia compara a morte a um sono em aproximadamente 53 versos diferentes.
O Antigo Testamento, que também teve sua inspiração do Espírito Santo (II Timóteo 3:16), também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6- leia também Salmo 6:5;Salmo115:17;Salmo 146:3,4;Isaías 38: 18,19).
O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.
Primeiramente temos de entender que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo. (II Pedro 1:20, 21).
Sendo que o Espírito Santo é perfeito, Ele não vai se contradizer; não irá dizer em uma parte da Bíblia que na morte a pessoa está em total inconsciência e em outra afirmar que os ímpios sofrerão eternamente na segunda morte.
Portanto, se há uma aparente contradição não é culpa de Deus, mas sim nossa, pois somos limitados por causa do pecado. Outro fator que leva-nos a encontrar “contradições” na Bíblia é o fato de não a estudarmos profundamente. É o que pretendo fazer agora, analisando estes versos em seu contexto e verdadeiro significado.
Continua....
Que Deus continue nos abençoando
Graça e paz amado. Estou curioso para saber qual a sua conclusão em relação a esse assunto.
ResponderExcluirFique na Paz!
Pr Silas
Ps: Comentarei após a conclusão.
A paz do Senhor pastor Silas, obrigado por ter lido a mensagem que escrevi fico contente com a sua curiosidade mas ela é desnecessária pois a segunda parte da mensagem foi escrita simuntaneamente. Eu só a dividi para não ficar um texto muito cansativo de se ler. Deus seja conosco.
ResponderExcluirEdson Moura
Olá ! Bom dia na graça e na paz do Senhor Jesus.
ResponderExcluirVim aqui especialmente para agradecer por seguir meu humilde blog e avisar que tem um Selo comemorativo pelos 200 seguidores. É simples, mas é de todo coração que lhe ofereço.
Muito obrigado!!
http://blogdonatalino.blogspot.com/2009/10/200-seguidores-no-ame-missoes.html
Olá Tudo bem?
ResponderExcluirEstive visitando novamente o seu blog, e achei mais legal ainda.
Parabéns irmão.
Um abraço!
Alberto M de Oliveira
http://ecclesiareformanda.blogspot.com/
Olá amado Marcio e Edson receba minha indicação pelo seu blog!
ResponderExcluirO que é?:
Este é o "Prêmio Dardos" que dá a cada blogueiro o reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento, todos os dias.
Regras:
1. Você terá que aceitar o award e colocar em seu blog, juntamente com o nome da pessoa que lhe deu o prêmio e o link do seu blog
Graça e paz!
ResponderExcluirAndando pelos Blogs cristãos vim conhecer o seu e quero te parabenizar pela bênção que pude ver aqui.
Já estou te seguindo e aos poucos venho conhecer mais os seus textos.
Será uma honra te receber no pastoragente.blogspot.com, que é um blog que conta da forma mais realista e divertida possível as realidades, dúvidas e experiências de uma simples pastora: eu - rsrs.
Fique na paz. Um abraço.
Olá Alberto, fico grato pela sa disposição de ler meus textos, espero que não tenha ficado escandalizado como alguns leitores.
ResponderExcluirSó tentei expôr algumas verdades sobre o porquê de amarmos à Deus de forma incondicional.
Que Deus nos abençoe!
Edson Moura
A Paz
ResponderExcluirNão vou (ainda) emitir a minha opinião final, mas você, por este artigo, não me parece outra coisa senão um liberal. Veja:
"Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina [do inferno]; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saído das fileiras do cristianismo por causa deste assunto".
LOGO, abolimos a doutrina do inferno! Simples assim! Se o queridinho do ser humano não acha Deus "bonzinho" devido ao castigo àqueles que optarem por servir ao Mal, então "é Deus quem é mal", e não o ser humano que o escolheu, muito menos o próprio diabo. Você, querendo ou não, faz uma cortina de fumaça, ocultando a responsabilidade que é do diabo pelo mal do mundo. É uma fala pouco responsável da sua parte, e que só coaduna com o próprio pensamento que você não faz nem questão de esconder - pois cita-o no texto - de que "Deus não pode ser Deus se castiga alguém", grosso modo. A quem você quer agradar com isso? Onde você quer chegar tirando a responsabilidade do diabo e transferindo-a para Deus? Não estaria você fazendo uma apologética humanista, antropocêntrica, onde é Deus quem tem de se ajustar ao homem, e não o homem a Deus? Todavia, como disse, esta ainda não é a minha opinião final. Se você puder desfazer esta impressão, tanto melhor.
Antes que me questione, eu li o artigo inteiro, as duas partes. E, honestamente, se a sua respota for algo do tipo: "eu só estou estudando o significado do termo 'inferno'", eu já lhe digo de antemão que, neste caso, você deveria ser mais cuidadoso, pois está dizendo muito mais do que isso, está tratando de uma doutrina fundamental do Cristianismo, e você, no mínimo, deveria ter o máximo cuidado possível ao abordar estes temas.
A doutrina do "inferno" é um ensino fundamental do cistianismo! Qual cristianismo? Não pode ser o de Jesus Cristo. Dorme com essa!
ResponderExcluirOlá meu amigo(posso chamá-lo assim ?).
ResponderExcluirJá que você é uma rapaz que gosta de pensar e estudar,pense spbre este verso que você mesmo usou em seu texto :
"também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6
O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.
Primeiramente temos de entender que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo. (II Pedro 1:20, 21)."
Preste atenção na expressão "debaixo do sol".
Onde que é esse lugar "debaixo do sol".
Este texto cabe no meu entendimento da segunte forma.
As pessoas que morrem não tem consciência do que acontece aqui na terra,debaixo do sol.Essas mesmas pessoas continuam consciêntes em outro lugar.
A ressureição de que Jesus fala é a ressureição do corpo físico,que está morto.A bíblia diz que este corpo quando ressuscitado será unido novamente a alma,que é eterna e não morre.Lembra o que Jesus disse...“não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma"
A alma não morre e carrega a consciência e lembranças.
Seja bem vindo Bonillo,você é uma pessoa muito inteligente e gosto de pessoas assim.
ResponderExcluirMas me responda uma pergunta:
Se a alma não morre e carrega a consciência e lembranças, o que faremos com a saudade e as lembranças de nossos entes queridos,que por ventura não estiverem conosco no "plano espiritaual"?
Não vale dizer que a Glória de Deus ofuscará todo pensamento nostálgico viu!? rsss
Abraços mano!