Por Edson Moura
Continuação...
Análise das palavras erradamente traduzidas por inferno:
Sheol: Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento. Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos. Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplício para os mortos.
Sendo difícil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.
Experimente traduzir Sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 ( Ele porém disse: Não descerá meu filho convosco; porquanto o seu irmão é morto, e só ele ficou. Se lhe suceder algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura.) e Jonas 2:1-2.( E OROU Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.)
Hades: É usada apenas 10 vezes no Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Sobre o emprego desta palavra em I Cor. 15:55, Edílson Valiante numa Monografia sobre a palavra Hades, pág. 27 (1978), declarou:
“A passagem de Paulo de I Cor. 15:55 apresenta um problema de crítica textual. Na leitura feita na Septuaginta, encontramos também neste verso a palavra Hades, no vocativo. As traduções mais antigas da Bíblia, antes das descobertas do século XIX para cá, traziam a palavra “inferno” como sendo tradução de hades.Com estudos feitos na área da crítica textual, valendo-se das importantíssimas descobertas de Tishendorf, verificou-se que a palavra usada não era Hades, mas a palavra yanatov (morte). Este estudo foi baseado nos mais fidedignos manuscritos descobertos até hoje”.
“Com tudo isto ficou claro que Paulo não usou nenhuma vez termo hades em seus escritos, provavelmente para não confundir com os conceitos deturpados do hades que existiam em sua época. Outra razão é dada por Edwards, dizendo que Paulo, escrevendo em grego, procurava fugir do mau agouro que acompanhava a palavra e causava terror ao povo; “O povo em geral usava a palavra Pluto como eufemismo do hades, com seus temores de levá-los para as partes errôneas do invisível”. É certo, também que Paulo não usou nenhuma vez a expressão Pluto, mas subentendendo o conceitualismo Bíblico, em Romanos 10:7 usa o termo abismo”.
Nas melhores traduções da Bíblia, inclusive na versão de Almeida Revista e atualizada, o termo inferno já foi substituído por morte.
A palavra “Hades” no Novo Testamento corresponde exatamente á palavra “Sheol” do Velho Testamento. No Salmo 16:10 Davi disse: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol...”.
Pedro usando esta passagem profética do Velho Testamento afirmou em Atos 2:27: “Porque não deixará a minha alma no hades...”.
Outra prova da sua exata correspondência se encontra na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades.
Origem da palavra Hades.
Provém do prefixo a – alfa grego com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.
Os gregos dividiam o Hades em duas partes, (posteriormente falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos ímpios.
Esta idéia de divisões e subdivisões do Hades é totalmente pagã sem nenhum apoio Bíblico.
Geena: A palavra hebraica transliterada para o grego Geena, que se encontra em 12 passagens: Mateus 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:2; Tiago 3:6.
Geena vem do vocábulo hebraico Ge Hinom ou Gé Ben Hinom – Vale de Hinom ou Vale do filho de Hinom. Nesse vale havia uma elevação denominada Tofete, onde ímpios queimavam seus próprios filhos.
Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao deus Moloque.
Terminados os sacrifícios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere no Capítulo 66 verso 24.
Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas características. Ser atirado á Geena ao morrer, era sinônimo e desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.
O vale de Hinom era um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém.
O fogo ardia constantemente neste sítio e com o objetivo de avivar as chamas e tornar mais eficaz a sua força lançavam ali enxofre.. Devido a estas circunstâncias, Jesus com muita propriedade usou este vale para ilustrar o que seria no fim do mundo a destruição dos ímpios, sendo queimados na Geena universal.
Tártaro: A palavra grega “Tártaro” ocorre somente uma vez no Novo Testamento. Encontra-se em II Pedro 2:4 e diz o seguinte: “Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes precipitando-os no inferno (Tártaro no original) os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o Juízo”.
A palavra tártaro, usada por Pedro se assemelha muito á palavra “Tartarus”, usada na etimologia grega, com nome de um escuro abismo ou prisão; porém, a palavra tártaro, parece referi-se melhor a um ato do que a um julgar. A queda dos anjos que pecaram foi do posto de honra e dignidade á desonra e condenação; portanto, a idéia parece ser: Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os rebaixou e os entregou a cadeias de trevas. Não existe nenhuma idéia de fogo ou tormento nesta palavra, ela simplesmente declara que estes anjos estão reservados para julgamento futuro.
Os problemas relacionados com a palavra inferno se desfazem como neblina, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos pela nossa palavra inferno por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.
A palavra inferno foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.
De acordo com a Bíblia todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus descem à sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição quando então receberão a recompensa. (Apocalipse 22:14).
Muitas das traduções modernas da Bíblia, mais fiéis aos originais hebraico e grego, preferem manter estas palavras transliteradas, por expressarem melhor o que elas significam.
As palavras Sheol em hebraico e Hades em grego eram usadas para sepultura, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.
Geena apenas figurativamente foi usada por Jesus como um símbolo das chamas destruidoras dos últimos dias por causa do envolvimento da palavra nos acontecimentos anteriormente descritos.
Para entendermos melhor sobre o assunto, temos de analisar alguns pontos:
Quais as palavras hebraicas e gregas que foram impropriamente traduzidas por inferno;
O que significam estas palavras na língua original;
Analisar as dificuldades em bem traduzi-las.
“A doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas”.
Correndo o risco de ser simplista, proponho uma ilustração para você meu leitor:
Digamos que uma pessoa cometeu muitos crimes: matou muitas pessoas, roubou, estuprou, etc. Ao chegar o dia de seu julgamento, o juiz resolve “absolver” o culpado. Logicamente isto iria provocar uma revolta enorme na população e iria incentivar ao crime e certamente acusariam o juiz de um tremendo sem vergonha.
Agora vejamos por outro ponto de vista. Suponhamos que o criminoso não seja absolvido e que o juiz o sentenciou à “tortura eterna”, através do fogo, queimando o assassino e o codenando a sofrer a dor por toda a sua existência. O que as pessoas e os meios de informação iriam dizer deste juiz? Que ele é um “tirano” e homicida, pior ainda do que o criminoso.
O mesmo se dá no trato de Deus com o ímpio. Se Deus não puní-los, os seres de outros mundos e os anjos não terão motivos para respeitar a Deus. Eles (outros seres) poderiam dizer:
“se eles pecam á vontade e não são punidos, então eu também posso pecar”!
Se o Senhor punir pessoas a uma “eternidade de sofrimento”, os anjos poderiam argumentar:
“Seria justo uma pessoa que pecou 70 anos (ou mais, depende do tempo de vida) ser condenado a uma eternidade de sofrimento?”
Os anjos e outros seres, inclusive nós, iríamos servir a Deus “por medo do tormento eterno” e não por amor.
Entendeu o problema? O caráter de Deus, que “é amor” (I João 4:8) e “justiça” (Salmo 71:19) jamais se harmonizaria com uma coisa dessas. Deus não tem prazer nem na morte do perverso, quanto mais em vê-lo sofrer pela eternidade! (Leia Ezequiel 18:23 e 32). Deus é bom até para com os ingratos e maus (Lucas 6:35).
Seríamos felizes no céu, se soubéssemos que algum parente ou filho nosso está queimando no “fogo do inferno”. Não. O céu seria triste se pudéssemos ouvir ou mesmo saber que algum querido nosso está ardendo em chamas. Como iríamos olhar para Deus? Com amor ou medo?
Graças a Deus por a Bíblia não pregar isto!
Se você que está lendo este texto ficou abalado ou confuso, saiba que esta não é minha intenção. Fico disponível para responder a todas as perguntas que me forem feitas. Aceito também as críticas, pois elas me fazem crescer e muitas vezes rever meus conceitos. Portanto, fique à vontade para questionar.
“Creia no Senhor sem medo...há mais nobreza nisso”
Que Deus continue nos abençoando.
Continuação...
Análise das palavras erradamente traduzidas por inferno:
Sheol: Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento. Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos. Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplício para os mortos.
Sendo difícil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.
Experimente traduzir Sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 ( Ele porém disse: Não descerá meu filho convosco; porquanto o seu irmão é morto, e só ele ficou. Se lhe suceder algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura.) e Jonas 2:1-2.( E OROU Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.)
Hades: É usada apenas 10 vezes no Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Sobre o emprego desta palavra em I Cor. 15:55, Edílson Valiante numa Monografia sobre a palavra Hades, pág. 27 (1978), declarou:
“A passagem de Paulo de I Cor. 15:55 apresenta um problema de crítica textual. Na leitura feita na Septuaginta, encontramos também neste verso a palavra Hades, no vocativo. As traduções mais antigas da Bíblia, antes das descobertas do século XIX para cá, traziam a palavra “inferno” como sendo tradução de hades.Com estudos feitos na área da crítica textual, valendo-se das importantíssimas descobertas de Tishendorf, verificou-se que a palavra usada não era Hades, mas a palavra yanatov (morte). Este estudo foi baseado nos mais fidedignos manuscritos descobertos até hoje”.
“Com tudo isto ficou claro que Paulo não usou nenhuma vez termo hades em seus escritos, provavelmente para não confundir com os conceitos deturpados do hades que existiam em sua época. Outra razão é dada por Edwards, dizendo que Paulo, escrevendo em grego, procurava fugir do mau agouro que acompanhava a palavra e causava terror ao povo; “O povo em geral usava a palavra Pluto como eufemismo do hades, com seus temores de levá-los para as partes errôneas do invisível”. É certo, também que Paulo não usou nenhuma vez a expressão Pluto, mas subentendendo o conceitualismo Bíblico, em Romanos 10:7 usa o termo abismo”.
Nas melhores traduções da Bíblia, inclusive na versão de Almeida Revista e atualizada, o termo inferno já foi substituído por morte.
A palavra “Hades” no Novo Testamento corresponde exatamente á palavra “Sheol” do Velho Testamento. No Salmo 16:10 Davi disse: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol...”.
Pedro usando esta passagem profética do Velho Testamento afirmou em Atos 2:27: “Porque não deixará a minha alma no hades...”.
Outra prova da sua exata correspondência se encontra na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades.
Origem da palavra Hades.
Provém do prefixo a – alfa grego com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.
Os gregos dividiam o Hades em duas partes, (posteriormente falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos ímpios.
Esta idéia de divisões e subdivisões do Hades é totalmente pagã sem nenhum apoio Bíblico.
Geena: A palavra hebraica transliterada para o grego Geena, que se encontra em 12 passagens: Mateus 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:2; Tiago 3:6.
Geena vem do vocábulo hebraico Ge Hinom ou Gé Ben Hinom – Vale de Hinom ou Vale do filho de Hinom. Nesse vale havia uma elevação denominada Tofete, onde ímpios queimavam seus próprios filhos.
Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao deus Moloque.
Terminados os sacrifícios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere no Capítulo 66 verso 24.
Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas características. Ser atirado á Geena ao morrer, era sinônimo e desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.
O vale de Hinom era um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém.
O fogo ardia constantemente neste sítio e com o objetivo de avivar as chamas e tornar mais eficaz a sua força lançavam ali enxofre.. Devido a estas circunstâncias, Jesus com muita propriedade usou este vale para ilustrar o que seria no fim do mundo a destruição dos ímpios, sendo queimados na Geena universal.
Tártaro: A palavra grega “Tártaro” ocorre somente uma vez no Novo Testamento. Encontra-se em II Pedro 2:4 e diz o seguinte: “Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes precipitando-os no inferno (Tártaro no original) os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o Juízo”.
A palavra tártaro, usada por Pedro se assemelha muito á palavra “Tartarus”, usada na etimologia grega, com nome de um escuro abismo ou prisão; porém, a palavra tártaro, parece referi-se melhor a um ato do que a um julgar. A queda dos anjos que pecaram foi do posto de honra e dignidade á desonra e condenação; portanto, a idéia parece ser: Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os rebaixou e os entregou a cadeias de trevas. Não existe nenhuma idéia de fogo ou tormento nesta palavra, ela simplesmente declara que estes anjos estão reservados para julgamento futuro.
Os problemas relacionados com a palavra inferno se desfazem como neblina, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos pela nossa palavra inferno por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.
A palavra inferno foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.
De acordo com a Bíblia todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus descem à sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição quando então receberão a recompensa. (Apocalipse 22:14).
Muitas das traduções modernas da Bíblia, mais fiéis aos originais hebraico e grego, preferem manter estas palavras transliteradas, por expressarem melhor o que elas significam.
As palavras Sheol em hebraico e Hades em grego eram usadas para sepultura, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.
Geena apenas figurativamente foi usada por Jesus como um símbolo das chamas destruidoras dos últimos dias por causa do envolvimento da palavra nos acontecimentos anteriormente descritos.
Para entendermos melhor sobre o assunto, temos de analisar alguns pontos:
Quais as palavras hebraicas e gregas que foram impropriamente traduzidas por inferno;
O que significam estas palavras na língua original;
Analisar as dificuldades em bem traduzi-las.
“A doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas”.
Correndo o risco de ser simplista, proponho uma ilustração para você meu leitor:
Digamos que uma pessoa cometeu muitos crimes: matou muitas pessoas, roubou, estuprou, etc. Ao chegar o dia de seu julgamento, o juiz resolve “absolver” o culpado. Logicamente isto iria provocar uma revolta enorme na população e iria incentivar ao crime e certamente acusariam o juiz de um tremendo sem vergonha.
Agora vejamos por outro ponto de vista. Suponhamos que o criminoso não seja absolvido e que o juiz o sentenciou à “tortura eterna”, através do fogo, queimando o assassino e o codenando a sofrer a dor por toda a sua existência. O que as pessoas e os meios de informação iriam dizer deste juiz? Que ele é um “tirano” e homicida, pior ainda do que o criminoso.
O mesmo se dá no trato de Deus com o ímpio. Se Deus não puní-los, os seres de outros mundos e os anjos não terão motivos para respeitar a Deus. Eles (outros seres) poderiam dizer:
“se eles pecam á vontade e não são punidos, então eu também posso pecar”!
Se o Senhor punir pessoas a uma “eternidade de sofrimento”, os anjos poderiam argumentar:
“Seria justo uma pessoa que pecou 70 anos (ou mais, depende do tempo de vida) ser condenado a uma eternidade de sofrimento?”
Os anjos e outros seres, inclusive nós, iríamos servir a Deus “por medo do tormento eterno” e não por amor.
Entendeu o problema? O caráter de Deus, que “é amor” (I João 4:8) e “justiça” (Salmo 71:19) jamais se harmonizaria com uma coisa dessas. Deus não tem prazer nem na morte do perverso, quanto mais em vê-lo sofrer pela eternidade! (Leia Ezequiel 18:23 e 32). Deus é bom até para com os ingratos e maus (Lucas 6:35).
Seríamos felizes no céu, se soubéssemos que algum parente ou filho nosso está queimando no “fogo do inferno”. Não. O céu seria triste se pudéssemos ouvir ou mesmo saber que algum querido nosso está ardendo em chamas. Como iríamos olhar para Deus? Com amor ou medo?
Graças a Deus por a Bíblia não pregar isto!
Se você que está lendo este texto ficou abalado ou confuso, saiba que esta não é minha intenção. Fico disponível para responder a todas as perguntas que me forem feitas. Aceito também as críticas, pois elas me fazem crescer e muitas vezes rever meus conceitos. Portanto, fique à vontade para questionar.
“Creia no Senhor sem medo...há mais nobreza nisso”
Que Deus continue nos abençoando.
Graça e paz Edson. Corrija-me se eu estiver errado, mas pelo que entendi você acredita que quem não for para o céu simplesmente deixará de existir? E como fica a situação de Satanás e seus demônios? Também deixarão de existir? Essa teoria é dos TJs e dos Adventistas. Você é TJ ou Adventista? Ou você é de outra denominação? Como explicar Ap 20.10-15, 21.8 em relação a Mt 25.41?
ResponderExcluirPerdoe-me mais eu discordo totalmente de você. Deus nunca será injusto, mesmo permitindo a existência do inferno e do sofrimento eterno, isso é um pensamento humano, limitado e longe de entender o pensamento de Deus.
O inferno não é uma invenção pagã, mas real e, infelizmente, muitos irão para lá.
Fique na Paz!
Pr Silas
Olá irmão Silas, obrigado pelo comentário, o senhor tem todo o direito de discordar desses meus pensamentos, pois reconheço que são um pouco difíceis de digerir. Estas são as "vacas sagradas" de nossa herança cristã.
ResponderExcluirNão sou T.J.nem aDVENTISTA congrego na igreja Betesda de São Paulo e não acho que esse meu pensamento seja um consenso em minha igreja.
Também não sou Aniquilista nem Universalista, só não gosto e nem quero viver pensando que Deus tem a humanidade pendurada por um fio à beira de um "inferno".
Amo a Deus porque Ele me ama e não porque quero escapar de um suposto "inferno".
Veja:
A expressão “fogo eterno” na linguagem Bíblica não quer dizer um período sem fim.
O fogo será eterno nas conseqüências, nos resultados (a pessoa nunca mais será ressuscitada) e não na duração.
“O Castigo é eterno quanto foi a destruição de Sodoma, mas o ato de punir não continua, perpetuando assim o pecado e o sofrimento”[12].
Se o estado de punição continuasse, passagens como a de Apocalipse 21:4 e outras que mencionam que não mais haverá o pecado e o sofrimento não poderiam estar na Bíblia, pois os maus continuariam blasfemando contra Deus no inferno (blasfemar a Deus é pecado) e sofreriam as dores do fogo para sempre (o sofrimento não teria um fim). Haveria uma grande incoerência nas Escrituras.
Graças a Deus que não é assim!
Alguns teólogos querem confundir a mente das pessoas; a Bíblia tem textos claríssimos de que aion pode se referir a um curto período de tempo (lembra do exemplo de Davi? A Bíblia diz que Davi seria rei de Israel eternamente (para sempre). A mesma escritura Sagrada diz que Davi morreu e que reinou sobre Israel 40 anos. (I Reis 2:10 e 11; I Crônicas 29:27 e 28). Paulo também disse que Davi “adormeceu” (Atos 13:36). O termo “eternamente” ou “para sempre” neste verso simplesmente refere-se a um período de 40 anos, tempo em que Davi reinou). Vemos portanto que a expressão ‘eterno’ nem sempre expressa um período sem fim.
Os comentaristas que crêem no tormento eterno deveriam avaliar estes versos Bíblicos que mostram a curta duração de tempo (em alguns casos) no significado de aoin. Devemos usar toda a Escritura para depois chegarmos a um consenso. Infelizmente, tal não é feito por estes irmãos. Creio que Deus irá dar a eles toda a instrução para que não permaneçam neste equívoco; caberá a eles aceitar.
A vida eterna dos justos não exige um sofrimento eterno para os ímpios, “assim como pastos verdes não exigem vacas verdes”.
O fogo será eterno nas conseqüências (a pessoa nunca mais será ressuscitada) e não na duração.
Que Deus nos ilumine e esses pequenos debates não nos afaste um dos outros pastor.
Edson Moura
Silas. Estes textos são bem explicativos e você teve o cuidado de colocar todos os pontos de vista em relação ao assunto. Eu não quero concordar ou discordar de absolutamente nada. Para mim, o inferno é algo bem simples: é a nossa consciência. Grande abraço e fique com Deus.
ResponderExcluirOlá Maria José, obrigado pelo comentário. Só gostaria de explicar que não sou o Silas, sou o Edson Moura.
ResponderExcluirVale frase: "Não concordo nem discordo, muito pelo contrário"
Deus lhe abençoe!
Edson Moura. Perdão pela confusão que fiz com o seu nome. Isto não ocorrerá novamente. Quanto ao fato de me colocar neutra em relação à existência do inferno, é para não ferir sentimentos. Mas o meu conceito de inferno está colocado, de forma clara, no comentário.
ResponderExcluirGrande abraço.
Graça e paz Edson. Em primeiro lugar concordo com o Pr.Silas(Mistério Batista Beréia). Em segundo lugar. Se não há castigo para os desobedientes, o que me adianta falar do céu. Bem, se eu pregar que ó existe (3) luagres habitáveis, estaria pregando errado...Céu, terra e inferno?(Corrija-me se eu estiver errado, mas pelo que entendi você acredita que quem não for para o céu simplesmente deixará de existir? E como fica a situação de Satanás e seus demônios? Também deixarão de existir? Essa teoria é dos TJs e dos Adventistas. Você é TJ ou Adventista? Ou você é de outra denominação? Como explicar Ap 20.10-15, 21.8 em relação a Mt 25.41?
ResponderExcluirPerdoe-me mais eu discordo totalmente de você. Deus nunca será injusto, mesmo permitindo a existência do inferno e do sofrimento eterno, isso é um pensamento humano, limitado e longe de entender o pensamento de Deus.
O inferno não é uma invenção pagã, mas real e, infelizmente, muitos irão para lá.
Fique na Paz!
Pr Silas)
pelo que eu entendi achei bem clara sua explicaçao e orientaçao sobre a palavra inferno,que temos varias fontes e traduçoes,ficou mais claro para mim,portanto irei me aprofundar neste assunto meu irmao,porem eu sei que a palavra foi inspirada pelo Espirito Santo tambem sabemos que homens traduziram,mas eu nao posso deixar de olhar para a obra de Jesus que exposta para todos os povos e linguas na cruz,para nos salvar de que entao,se todos vamos morrer eu sei,mas a salvaçao nao e porque eu sou bom ou mal,e porque cremos em Jesus para o seguirmos e perservera ate o fim,onde os que estao com seus nomes escritos no livro da vida,os que lavaram suas veste no sangue do cordeiro serao salvo do lago de fogo no juizo final
ResponderExcluirum abraço vitor
Vitor e Renata, a Paz do Senhor que bom que vocês leram toda a mensagem e não fizeram como alguns que somente dão uma olhada por cima e "colam" qualquer comentário pré-montado, simplesmente para tentar divulgar seus respectivos blogs.
ResponderExcluirBom, como vocês devem ter visto eu em momento algum disse que não haverá um dia castigo para os ímpios, eu só tento colocar que não acredito que haja neste exato momento um "inferno" com fogo e com o Diabo preparado para torturar toda e qualquer alma que venha a ter a desagradabilíssima experiência de ser mandada para lá.
Creio sim, que haverá um dia do juízo.
fiquem com Deus.
Edson Moura
Edson meu irmão,antes eu tinha feito outro comentàrio e não soube enviar,desde ja admiro o trabalho de vocês pela ousadia e por sacrificarem seu tempo em nos mostrar o sentido de algumas visões doutrinárias,como antes pouco posso argumentar,gostei das explicações sobre a palavra inferno,não posso deixar de pregar o Cristo crucificado pois foi consumada a obra na cruz,sei também que todos morrerão enquanto Jesus não voltar,na cruz Jesus estava ao lado de dois malfeitores um se arrependeu naquele momento foi salvo porque creu no Senhor,a diferença não está em ser uma pessoa boa ou má,mas sim em crê em Jesus e ser salvo da condenação final,as igrejas pouco se fala em inferno pois as pessoas não estão mais se importando com o futuro ou até mesmo com o dia dia,mas nós que cremos na volta do Senhor temos a obrigação de continuar de alerta sobre o juizo final.
ResponderExcluirabraço de seu irmão vitor.
Obrigado Vítor e Renata pelos comentários, mas antes de tudo, obrigado por lerem as mensagens pois elas são escritas com muita responsabilidade e respeito por todos os pensamentos diferentes dos nossos.
ResponderExcluirAlguns comentários eu prefiro não responder, pois temo que minhas palavras, muitas vezes mal colocadas, podem ofender aos irmãos, e essa é a ultima coisa que eu quero.
Amo a todos independente das diferenças. Até porque sei que nosso Deus ama à todos sem distinção.
Fiquem na Paz do Senhor.
pAZ DO SENHOR.
ResponderExcluirAMADO LI SEU ARTIGO E QUERO LHE DIZER QUE VC TEM UM BOM CONHECIMENTO, POREM EM TERMOS DE SABEDORIA?
FIQUE COM DEUS.
AMÉM
A paz do Senhor meu irmão amado, que o Espírito Santo guie vosso caminho pelas veredas da justiça.
ResponderExcluirMas me responda uma pergunta:
De que conhecimento você está falando? E de que sabedoria?
Aguardo resposta 24/10/2010 02:23 da matina
Graça e paz abençoado! Eu concordo inteiramente com a Bíblia se ela diz que não há inferno eu creio. http://clubedoradio.blogspot.com.br
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