O que é ou quem é o Ser humano? Qual seu valor para o mundo? Qual o seu significado para o universo?
Tirem a alma eterna do homem e ele será apenas um bicho como qualquer outro animal, sendo muito mais trágica sua existência devido a sua racionalização consciente de sua finitude e morte.
Olhem para o cachorro ou qualquer outro animal, e veja que eles são muito mais felizes do que qualquer um de nós, justamente por nada saberem e não saberem que nada sabem.
(A criança também é um grande exemplo disto, elas são os seres mais felizes do mundo, até o sete ou oito anos, que é a fase da descoberta, onde ela começa a se sentir sozinha, desamparada no universo e a se perguntar: Da onde eu vim? Quem sou eu? Por que estou aqui? E para onde vou?)
O homem descobriu com o passar do tempo que ele não é mais a medida de todas as coisas, sofrendo três duros golpes ao longo da historia humana.....o primeiro foi com Copérnico com sua descoberto de que a terra não é o centro do universo, sendo que ela é quem gira em torno do sol, depois Darwin com sua teoria da evolução desferiria o segundo e grande duro golpe na onipotência humana, e finalmente, Freud no século passado, com sua recém descoberto do inconsciente humano, tirando o homem de sua própria centralidade, mostrando que nós não conhecemos nem a nós mesmos, sendo cada Ser um Ser constituído de universos caóticos particulares e desconhecido.
A verdade também é que nossa falta como nossa não existência não faria como realmente não faz falta ao mundo, mesmo quando nós tentamos nos alto enganar dizendo que nossa vida faz sim, falta para nossos familiares e amigos, mas pense comigo: A vida também de seus familiares e amigos não fazem falta para o mundo, e, portanto, conseqüentemente, sua vida também continua não fazendo falta da mesma maneira ao mundo.
Outro drama de nossa existência é que nós inevitavelmente iremos todos morrer um dia, e junto de nossa morte, se perderá com ela as lembranças de que um dia existimos, pois mesmo que digamos que seremos lembrados pelas pessoas que nos amam, elas também irão morrer e com elas as lembranças de nós.
O que falar então dos nossos desejos, que se consumidos nos leva ao tédio, mas se não satisfeitos, nos levam a frustração?
Diante de todo esse cenário trágico da existência humana, a maior de todas as virtudes, sem duvida alguma é a coragem!
Coragem de Ser e continuar sendo, mesmo sabendo dos riscos, da insignificância e falta de sentido que tem em se viver, pois isso, a falta de sentido é que dará paradoxalmente, sentido mágico, belo e misterioso para nosso existir.
A coragem é que separa os heróis do resto da humanidade....aquele que consegue se levantar, erguendo se além do banal da existência, que olha no olho da tragédia do existir, e consegue mesmo assim, sorrir, dançar e cantar enquanto esta ao mesmo tempo caindo olhando para dentro do abismo, este é o herói que emerge mesmo na tragédia.
Portanto, se podemos dizer que existe uma chave para se viver a existência, ela é o equilíbrio entre a alegria não tão fantasiosa, e a tristeza não tão desesperadora, pois quanto menos ilusões tivermos na existência, mais digerível será as contingências da vida.
Gosto muito da idéia grega das Moiras que tecem o destino tanto dos homens quanto dos deuses, acho até que esse mito sintetiza perfeitamente a idéia do trágico da existência, pois justamente quem tece o destino de todos é cega.....e isto é a vida não é mesmo? Nua, crua e sem sentido algum.
Às vezes privilegia os fracos em detrimentos dos fortes, os maus em detrimento dos bons, e assim por diante, por isso que a idéia do trágico corrói aniquilando toda e qualquer utopia, pois no final das contas, não importa como você viva, o que você faça, pois tudo acabará no nada da existência....portanto, a vida pela própria vida e não uma idéia abstrata perfeita de como viver a vida que nós devemos viver, pois a vida.....ah, a vida é a vida tal como ela é!
Por: Marcio Alves
Tirem a alma eterna do homem e ele será apenas um bicho como qualquer outro animal, sendo muito mais trágica sua existência devido a sua racionalização consciente de sua finitude e morte.
Olhem para o cachorro ou qualquer outro animal, e veja que eles são muito mais felizes do que qualquer um de nós, justamente por nada saberem e não saberem que nada sabem.
(A criança também é um grande exemplo disto, elas são os seres mais felizes do mundo, até o sete ou oito anos, que é a fase da descoberta, onde ela começa a se sentir sozinha, desamparada no universo e a se perguntar: Da onde eu vim? Quem sou eu? Por que estou aqui? E para onde vou?)
O homem descobriu com o passar do tempo que ele não é mais a medida de todas as coisas, sofrendo três duros golpes ao longo da historia humana.....o primeiro foi com Copérnico com sua descoberto de que a terra não é o centro do universo, sendo que ela é quem gira em torno do sol, depois Darwin com sua teoria da evolução desferiria o segundo e grande duro golpe na onipotência humana, e finalmente, Freud no século passado, com sua recém descoberto do inconsciente humano, tirando o homem de sua própria centralidade, mostrando que nós não conhecemos nem a nós mesmos, sendo cada Ser um Ser constituído de universos caóticos particulares e desconhecido.
A verdade também é que nossa falta como nossa não existência não faria como realmente não faz falta ao mundo, mesmo quando nós tentamos nos alto enganar dizendo que nossa vida faz sim, falta para nossos familiares e amigos, mas pense comigo: A vida também de seus familiares e amigos não fazem falta para o mundo, e, portanto, conseqüentemente, sua vida também continua não fazendo falta da mesma maneira ao mundo.
Outro drama de nossa existência é que nós inevitavelmente iremos todos morrer um dia, e junto de nossa morte, se perderá com ela as lembranças de que um dia existimos, pois mesmo que digamos que seremos lembrados pelas pessoas que nos amam, elas também irão morrer e com elas as lembranças de nós.
O que falar então dos nossos desejos, que se consumidos nos leva ao tédio, mas se não satisfeitos, nos levam a frustração?
Diante de todo esse cenário trágico da existência humana, a maior de todas as virtudes, sem duvida alguma é a coragem!
Coragem de Ser e continuar sendo, mesmo sabendo dos riscos, da insignificância e falta de sentido que tem em se viver, pois isso, a falta de sentido é que dará paradoxalmente, sentido mágico, belo e misterioso para nosso existir.
A coragem é que separa os heróis do resto da humanidade....aquele que consegue se levantar, erguendo se além do banal da existência, que olha no olho da tragédia do existir, e consegue mesmo assim, sorrir, dançar e cantar enquanto esta ao mesmo tempo caindo olhando para dentro do abismo, este é o herói que emerge mesmo na tragédia.
Portanto, se podemos dizer que existe uma chave para se viver a existência, ela é o equilíbrio entre a alegria não tão fantasiosa, e a tristeza não tão desesperadora, pois quanto menos ilusões tivermos na existência, mais digerível será as contingências da vida.
Gosto muito da idéia grega das Moiras que tecem o destino tanto dos homens quanto dos deuses, acho até que esse mito sintetiza perfeitamente a idéia do trágico da existência, pois justamente quem tece o destino de todos é cega.....e isto é a vida não é mesmo? Nua, crua e sem sentido algum.
Às vezes privilegia os fracos em detrimentos dos fortes, os maus em detrimento dos bons, e assim por diante, por isso que a idéia do trágico corrói aniquilando toda e qualquer utopia, pois no final das contas, não importa como você viva, o que você faça, pois tudo acabará no nada da existência....portanto, a vida pela própria vida e não uma idéia abstrata perfeita de como viver a vida que nós devemos viver, pois a vida.....ah, a vida é a vida tal como ela é!
Por: Marcio Alves
Esta minha postagem, eu a escrevi domingo à tarde, sob os sentimentos profundos da melancolia e tristeza de perceber que a vida é como areia do deserto que se esvai dentre os dedos quando tentamos agarrar, e não há nada do que possamos fazer para parar o tempo ou retroceder.
ResponderExcluirEu que muito embora tenha descrito a vida como uma tragédia, banhada pelo pessimismo, ela, contudo se apresenta a nós também, de modo belo, alegre e mágico, justamente pelo trágico da morte que acaba dando o maior sentido para a vida que é a própria vida!
Pois se assim não fosse, todos nós já teríamos nos matado, portanto, como disse Schopenhauer que a vida é uma vontade cega de sempre querer viver.
Portanto, se alguém quiser comentar dando continuidade ao meu pessimismo, ótimo, mas se não...se ao invés, quiserem contrapor comentando a alegria de viver, também será ótimo, pois isto é a vida.....rosas e espinhos....dois lados de uma mesma moeda que paradoxalmente, se fundem, completando-se.
Amigo MARCINHO,
ResponderExcluirVejo o ser humano como um ser em evolução. Este nunca estará por completo saciado...e tudo isto, pelo simples fato de não se contentar com o óbvio e ter o grande impulso pelo desejo.
O homem quando desconhece um fato da realidade, automaticamente desperta em si o ato da reflexão...o desejo incontrolável de questionar, para problematizar e sistematizar o que lhe causa estranheza, mostra o quanto desejamos sem mesmo querermos desejar.
Além do desejo, o que nos estabelece como seres pensantes e racionais, nada mais é que a própria razão de ser o ser em si.
E neste racionalismo todo, o que era UNICIDADE e INDIVIDUALIDADE, acaba-se por tornar em EGOCENTRISMO.
A realidade é que todo indivíduo vive como se o mundo girasse em torno de si, e quando ele busca respostas, ele busca no anseio de satisfazer o seu próprio EGO.
A razão é a base do ser, o que deixa ele com o pé no chão...mas sou mais de acordo com o filósofo Leonardo Boff, que dizia:
"A estrutura central do ser humano não é a razão e sim o afeto"...
Penso que somos repletos de valores intrínsecos, e estes valores somente são expostos quando oferecemos-os para o "exterior"..
Quando somos afetivos, é que nos permitimos sair do egocentrismo...
Temos também como tendência natural, vivermos em sociedade...pois apesar de sermos individuais, necessitamos do socialismo...necessitamos criar famílias, pois em nós, está inserido o desejo "maternal"...somos sempre dependentes, por sermos simplesmente dotados mais de afeto que razão...
O existencialismo se torna trágico, porque mesmo possuindo a CORAGEM...nada irá nos deter ao caminhar para o destino que nos aguarda de prontidão.
Somos o que conseguirmos ser. Amaremos o que conseguirmos amar. E viveremos apenas o que a vida nos permitir..(PAULINHA).
Beijos.
Alguns textos são a síntese e o fechamento de uma temporada pensante, este é o seu melhor nos últimos meses. Agora pode descansar e tirar férias da escrivaninha como eu, o teu mundo já foi “explicando” você já escreveu tua Genesis, agora é o sétimo dia do descanso sagrado rsrs
ResponderExcluirAntes de fazer uma analise pessoal sobre seus texto ai vai um pequeno comentario inspirado no teu post rsrs
O Ser e o Nada:
O ser humano é um contra-senso assim com toda vida é um acidente arbitrário, nada na verdade deveria existir, toda e qualquer noção de origem e propósito é ilógica, só o Nada e o não-ser é lógico, a existência é um absurdo mesmo.´
A vida é uma tragédia simplesmente porque ela não deveria existir, não tem lógica a sua existência, país todo raciocínio que busca explicar o motivo e primeiro motor da vida é patético, mas simplesmente por uma tragédia inalcançável viemos á vida, e cá estamos aonde nada deveria existir.
A busca pela lógica da vida acentua o nosso estado trágico de existência, aonde um ser racional busca na razão o seu sentido seguro e absoluto de razão de ser e existir, não encontrando a não ser sombras e irracionalidades na existência.
Só a morte é racional só ela e coerente, pois bota todos no lugar de onde viemos e qual ninguém sabe. Portanto só ela da sentido a existência pondo a no seu caminho de volta do lugar de aonde nunca deveríamos ter saído.
Do pó (nada) viemos e para o pó voltaremos. O que exacerba o sentido patético e trágico da existência que deseja viver contra o seu sentido “lógico” de busca pela sua origem, portanto todos os desejos e vontades humanas são paradoxalmente contraditórias unicamente porque não deveriam ser.
Marcio eu elogio sim, nem sempre, mas quando o texto me satisfaz e conclui algo magistralmente, mas também tem textos que saio sem muito sabor, e outros muito atrativos da mesma pessoa, eu sempre gostei dos seus textos só não gosto de você ficar fazendo mil perguntas e prolongando muito o assunto.
ResponderExcluirComo eu prometi voltar para falar sobre seus textos quero falar sobre este teu parágrafo:
“Olhem para o cachorro ou qualquer outro animal” poxa aqui você foi Schopenhauer puro, usou ate mesmo o exemplo que ele usava, ele deseja que o que faz do home um animal infeliz e o pensamento e perspectiva do futuro e a lembrança e memória do passado, coisas que os animais devem ter em um gral muito menos do que os homens, vivendo um dia de cada vez não temendo o futuro e nem se remoendo pelas experiências ruins do passado.
Quanto o desejo humano de ser lembrado não passa mesmo do seu desejo de imortalidade que quer se perpetuar na memória dos outros, mas poucos serão lembrados, e menos ainda serão entendidos como gostariam, vide o texto do Levi que fala sobre um morto que vai e um que fica, o que vai que é a sua consciência de você mesmo e o que fica que é opinião de dos outros sobe você.
Ou seja, você morre sozinho e quase nada de você, como você se auto-entende fica.
Isso sim é trágico, viver para ser bem lembrado e ser lembrado não exatamente como você realmente queria.
O que nós resta? Viver da melhor forma possível sem esperar nada em troca!
Marcinho,
ResponderExcluirNão achei o link para comentar o texto anterior, eu acabei de ler "A República", muito interessante sua reflexão sobre nossa opinião.
Certa vez eu escrevi sobre isto, e perguntei a uma pessoa se os argumentos que me apresentava em diálogo refletiam seus próprios argumentos ou apenas recebera de outrem.
Abraços,
Evaldo Wolkers.
Marcio sei que estou meio ausente, mais nunca deixei um texto dos confraternos sem comentar. Gostei do seu texto mesmo achando que vai contra ao seu pensamento pois não existe um cara maior que tu nesta blogosfera que valoriza no máximo foque você.
ResponderExcluirAbraços
Marcitto, voltei e vou fazer um comentário bem breve, pois o Dudu comentou titi por titi e concordo com o Dudu.
ResponderExcluirBem, o homem só assume o seu verdadeiro eu "perfil" diante do existir, é no que não se é que se abre a possibilidade do vir-a-ser. A rigor, em relação ao humano, nem se poderá falar em essência: como diz Heráclito,“a morada do homem é o extraordinário”. O homem é o ente ao modo da experiência. No jogo trágico e tensional entre vida e morte é que se conjuga o existir. E na postura que assuma face à finitude da existência, a qual se encontra em permanente trânsito metamórfico, é que o homem vai poeticamente se plasmando. O poético não é, assim, mera forma literária, mas a essência do agir nas nossas ações e no que fazemos ou não fazemos é que se decide o que somos e não somos.
Entendeu agora Marcitto, então não lamente você já sabe o seu destino final e eu sei o meu que será em um lugar reservado para os salvos.
Abraços e bjs fraternos, ahh manda um abração para o Edson Moura, amo ele de "paixão" e olhe que é um amor platônico.
Hubner Braz
Hubner traduz seu comentario pra mim, nao entendi nada!
ResponderExcluirE quando de repente da tragedia vc descobre a magia da vida "antiga" e todo esse lance de que fez um tempestade em um copo d'agua?
ResponderExcluirgostei sim, muito do post.
ResponderExcluirna verdade, eu adorei. tentei escrever algo mais ou menos nessa linha, lá no bule voador, mas acho que não consegui captar E expressar direito essa mensagem, entende?
mas, enfim. gostei. :D
Bom, legal o post. Mas Darwin não afirmou que "o ser humano vem do macaco", e sim que nós e eles temos um ancestral em comum. Aquele animal primitivo deu origem a um que veio originar os macacos - grosso modo - e outro que deu no que deu...
ResponderExcluirOutro ponto é a tua afirmação sobre a coragem ser a maior das virtudes. Discordo. É o equilíbrio a maior das virtudes. Porém, por ele não possuir essa aura mística, "bravia" da coragem ele é não é valorizado como deveria.
Tanto é verdade, que o teu texto inconscientemente elege o equilíbrio como mais importante, mas tu conscientemente colocasses a coragem neste lugar.
Todavia, como meus comentários aqui geralmente não são levados a sério eu não vou me estender muito, pois seria perda de tempo.
EDUARDO
ResponderExcluirInteressante, é que o hino 15 da Harpa Cristã, que você trouxe á baila está muito de acordo com o ensaio de Marcio. Esse saudoso hino tem na sua primeira linha essa pérola existencialista:
“Oh! Quão cego andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador(porto seguro)”
O trágico da existência, é que somos mesmos como “cegos”, perdidos, andando e vagando e divagando, pelo mundo das palavras pensantes, longe da esfera da autoridade paterna, representada pelo SUPEREGO.
Às vezes, em nossa imaginação, a CORAGEM DE SER nos insufla tanto, que pensamos que somos donos de nosso destino, sem saber que estamos vivendo uma “liberdade vigiada”, perseguido por esse “panóptico” que apesar de nos ver, está escondido de nós.
Esse olho do superego, que não conseguimos arrancar de nós, desde os tempos da antiga caverna, continua olhando para nós diuturnamente.
A única maneira que encontramos para viver como “sadios” e não como neuróticos, foi a de fazer um acordo com esse SUPEREGO, para que assim, ele possa permitir que a nossa caminhada existencial não se transforme numa espécie de prisão psicológica.
P.S.: Com esse texto do Márcio, já são três, que estão nos levando a uma AUTO-CRÍTICA.
Glorificadas sejam as hostes celestiais de nosso inconsciente!
Amém.
Relembrei minha avó com este cunho cristão.
ResponderExcluirMarcio Alves,mesmo o homem ansiando viver, ele ainda não sabe a que veio, de onde veio e muitos não sabem que já vieram. Não existe magia em viver, até os parasitas receberaqm este dom. Resta-nos fazê-lo digno.
Bem pessoal, como cheguei faz pouco tempo do meu serviço, e tenho que levantar amanhã bem cedo para trabalhar, vou comentar alguns comentários bem rapidinho, e depois eu continuou, seguindo a ordem em que foram escritos os mesmos.
ResponderExcluirEntão vejamos...meu primeiro comentário vai para o END FERNANDES....confesso que não entendi bem sua pergunta....daria para formula ela outra vez?
Abraços
EDUARDO
ResponderExcluirPois é....o comentário psicanalítico do LEVI, realmente ficou muito bom mesmo.......
Mas já que aqui o assunto é outro, quero ver qual ou como vão ser seus comentários da minha postagem....pois de você, sempre espero uma avalanche de analises, ponto por ponto do meu texto.
RAYSSA
ResponderExcluirDe minha parte sempre é bom vê-lha por aqui.....não precisa passar vontade menina, já que você quer colocar um texto como este lá no “café voador” (rsrsrsrs), pode pegar o meu e postar lá......eu juro que não vou achar ruim não. (rsrsrsrssrs)
Beijos (como é bom terminar um comentário dizendo “beijos” ao invés de “abraços”) kkkkkkkkkkkk
ISA
ResponderExcluirComo você foi à primeira comentar de verdade o meu texto, vou ser um pouco mais longo no meu comentário também.
(Ponto para você!) ué.....será que o pessoal não tem nada para comentar sobre o teor da minha postagem???
Embora você tenha acertado na questão de que Darwin nunca tenha afirmado que o homem veio do macaco, mas mesmo assim ele com sua teoria evolucionista, tirou o homem do centro da criação.
Já em relação ao equilíbrio ser maior virtude do que a coragem, no meu entender, você não compreendeu muito bem a temática da minha postagem...
Deixa-me tentar lhe explicar melhor:
Concordo contigo que o equilíbrio é a virtude das virtudes, pois toda virtude para ser virtude precisa antes ser acompanhada de outra virtude.
Um exemplo claro disto é a sinceridade, que se não for acompanhada de sabedoria, ou bondade, pode destruir magoando muitas pessoas, porque nem sempre covarde é o que fala por trás, às vezes maior covardia é justamente dizer tudo que pensa na cara.
Porém quando digo que a coragem é a maior e mais significativa virtude, eu afirmo dentro da concepção do trágico.
Diante do trágico da vida, a atitude mais significativa é a coragem de continuar vivendo de peito aberto, mesmo quando se é esmagado pelas contingências do destino.
Para você entender melhor, vou lhe dizer algo que faz parte da concepção trágica da coragem....a um ano atrás mais ou menos, eu li um artigo onde uma jornalista, não me lembro seu nome, tinha escrito sobre um acidente aéreo, onde tinha morrido, acho que 200 pessoas, dentre elas, tinha uma criança que viajava sozinha.
Segundo a pericia o avião levou alguns segundos ainda antes de cair, e ela foi feliz ao dizer que desejava, e muito, que bem naquela hora, alguém abraçasse aquele menino que estava sozinho.....na visão do trágico, se alguém fez ou faz isto, que bem na hora da morte, em que olha diretamente no abismo, e tem coragem de nos últimos segundos de sua vida, pensar na criança e abraçar a mesma é um verdadeiro herói, porque naquela hora os adultos deveriam talvez estarem mais apavorados do que a própria criança que talvez não soubesse o que estava acontecendo.
Entendeu???
Marcinho, a coisa aqui em casa tá "bonita": banheiro sendo quebrado, muros sendo embolçados, telhado sendo feito, poeirada geral...tá difícil parar e analisar esse teu texto que é de fato, é um dos melhores que você já escreveu e nos dá muito pano para reflexão.
ResponderExcluirEstou escrevendo agora mais daqui a pouco chegam os pedreiros e acabou minha paz...kkkkkkkkkakakak
Por hora que dizer:
Isa, não entendi mesmo o fecho do seu comentário...
Paulinha, seu comentário foi bom demais!! VOLTA A ESCREVER NA CONFRARIA PAULINHA!!!!!!!!!
Você sabe que uma vez confraterno, sempre confraterno. Somos Calvinistas...
Volto mais tarde(à moda hubiniana) para comentar o comentário do Levi que diferentemente do que você disse, tem sim muito a ver com este texto e também para concordar em muitos pontos e discordar de alguns outros...
"O que é ou quem é o Ser humano? Qual seu valor para o mundo? Qual o seu significado para o universo?"
ResponderExcluirLembra de um texto que eu escrevi há tempo sobre essa pergunta? Eu ponderava sobre a volta do homem à sua missão original que era de cuidar da terra como seu "jardim".
É claro que eu usava a bela metáfora de nós sermos apenas um pouco menor que Deus para chamar a atenção para a responsabilidade que nós temos com a terra.
Mas filosoficamente falando, essa pergunta têm várias respostas e nenhuma delas é totalizante, é definitiva, é absoluta. Como poderia ser? É a mesma coisa de perguntar: "Quem é o que é Deus"?
Como somos apenas "um pouco menor que Deus", a mesma indefinição em conceituá-lo é a mesma indefinição em conceituar-nos. Pois não há nenhum ser além de nós mesmos capaz de dizer quem somos, somos nós mesmos que temos que dizer quem somos.
Não é engraçado como nós somos bons em nomear tudo na natureza e temos uma enorme dificuldade em definir o ser que a tudo define?
Lá eu seguia a reflexão pela pergunta do salmista: "Que é o homem para que dele se lembre...no entanto, o fizeste um pouco menor do que Deus..."
"Tirem a alma eterna do homem e ele será apenas um bicho como qualquer outro animal, sendo muito mais trágica sua existência devido a sua racionalização consciente de sua finitude e morte."
ResponderExcluirMarcinho, eu entendi o que você quis dizer com "tirem a alma"; mas pense: se tirar-mos a alma do homem o que sobra não é um homem, logo, o homem e sua alma são indissociáveis.
Nós somos o que somos e só podemos ser o que somos. Estamos condenados a ter "alma", razão e consciência.
Nessa questão, o mito bíblico é perfeito. Bem que Deus "nos disse" que ter conhecimento do bem e do mal não era a melhor coisa a fazer. Ele nos proibiu o fruto da árvore do conhecimento também para poupar-nos do assombro que seria ponderar sobre o mal, sobre a morte, sobre a vida, sobre o além.
Mas escolhemos o caminho mais difícil: conhecer, e cá estamos todos nós sofrendo a angústia de ter que pensar e construir a realidade desse mundo sozinhos. Não temos nenhuma espécie no reino animal que possa nos fazer companhia nessa missão. Como seria bom sentar-mos ao lado de um elefante, de um macaco e de um golfinho e começar a questioná-los o que eles pensam da vida e da morte...
Esse fardo é só nosso.
. . . . . .
"Olhem para o cachorro ou qualquer outro animal, e veja que eles são muito mais felizes do que qualquer um de nós"
Marcinho, realmente não sei se meus cachorros são mais felizes do que eu, mas digo por mim que eu sou tão feliz como meus cachorros...
"O homem descobriu com o passar do tempo que ele não é mais a medida de todas as coisas, sofrendo três duros golpes ao longo da historia humana."
ResponderExcluirLá na antiga Grécia, um cara chamado Protágoras disse:
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são enquanto são, das coisas que não são enquanto não são".
Eu creio que Protágoras tinha sua razão ao dizer isso. Apesar de ser uma frase meio enigmática, difícil de interpretar, Platão escreveu que Protágoras queria dizer que por "medida" devia se entender "o domínio sobre qualquer coisa".
As coisas singulares que me parecem, assim são para mim e para mais ninguém, pois cada um tem uma percepção, e sensação e aparência sempre será verdadeiro para cada um de modo diferente.
Então, uma coisa é medida de forma diferente para cada homem; o homem então é a medida de todas as coisas.
Isso tem ou não tem a sua verdade?
Não acredito que Copérnico, Newton, Darwin e outros, "rebaixaram o homem", pelo contrário. A terra pode não ser o centro do universo mas de certa forma ela é o centro do nosso sistema solar. Qual o problema que é ela que gira em torno do sol e não o sol em torno dela? Girar em torno de, não quer dizer periferia e ter algo girando em torno de, não quer dizer centralidade.
Para mim Darwin colocou o homem exatamente onde ele tem que estar: na escala mais alta da evolução (se é que nós somos mesmos resultados da evolução darwiniana, pois outros modelos são possíveis).
Você acredita que você veio da ameba? meus parabéns, pois hoje você já não é mais uma delas, hoje você está aqui ponderando e pensando o fato de você ter vindo de uma, coisa que uma ameba jamais poderia fazer.
E eu digo que a terra é o centro do nosso sistema solar pois só aqui existem amebas que pensam...
ResponderExcluir. . . . . . .
" Freud no século passado, com sua recém descoberto do inconsciente humano, tirando o homem de sua própria centralidade, mostrando que nós não conhecemos nem a nós mesmos, sendo cada Ser um Ser constituído de universos caóticos particulares e desconhecido."
Não nos conhecer a nós mesmos não nos deprecia; pelo contrário, nos eleva pois somos capazes de pensar o porquê somos desconhecidos a nós mesmos e porque somos esse "universo caótico".
"A verdade também é que nossa falta como nossa não existência não faria como realmente não faz falta ao mundo..."
ResponderExcluirMarcinho, aqui eu discordo por completo da sua afirmação. Nós faríamos sim muita falta ao universo pois sem nós o universo não poderia "existir".
Pelo que sabemos até aqui, somos os únicos seres conscientes por estes quadrantes do universo e somente seres conscientes como nós é capaz de perceber a existência de alguma coisa; se nós não estivéssemos por aqui, o universo não seria observado por nós e ele não existiria.
Quando se diz que o universo existiria mesmo sem uma mente consciente para observá-lo e nomeá-lo é apenas um exercício de chutolatria pois como podemos saber se de fato ele existiria se não pudéssemos observá-lo...??
E tem uma coisa meu amigo, todos nós que passamos por essa existência deixamos aqui a nossa marca. Tiveram aqueles que já morreram a milênios e ainda hoje falamos deles pelos grandes feitos para a humanidade; mas ainda que um de nós jamais seja lembrado daqui há 200 anos, o que você faz hoje, aqui e agora, faz diferença aqui, hoje e agora.
ResponderExcluirEntão, aquela frase meio desgastada pela filosofia de botequim da auto ajuda faz todo sentido: "faça a diferença onde você está".
. . . . .
"O que falar então dos nossos desejos, que se consumidos nos leva ao tédio, mas se não satisfeitos, nos levam a frustração?"
Aqui você acerta bem no alvo em sua análise do que somos por natureza: desejos ambulantes. Por isso, Budha disse que se o homem se livrar dos seus desejos, ele alcança a Iluninação e está a um passo do Nirvana.
Enquanto não somos capazes de nos livrar deles (desejos) temos que ir convivendo e aprendendo a lidar com eles.
"Diante de todo esse cenário trágico da existência humana, a maior de todas as virtudes, sem duvida alguma é a coragem!"
ResponderExcluirBem, por tudo o que eu falei, não creio que o cenário seja tão trágico assim. Não que ele não seja trágico, só creio que a tragédia não é o "estado normal" da existência, visto que sempre ficamos quase sem argumentos diante dela e sempre buscamos evitá-la.
A morte não é tão trágica assim. O modo de morrermos, sim, pode ser trágico e nos fazer até desesperarmos da própria vida.
Mas sem a morte não saberíamos o valor da vida. Agora digo por mim pois cada um terá a sensação diferente diante dela (olha Protágoras aí de novo!!!): no dia que eu compreender que sem a morte eu não poderia ter toda a dimensão do que é a vida, a morte já não será tão feia. Quem gostaria de ser eterno e não saber o que é a morte? Tal ser imortal saberia o que era a vida?
Um ser imortal só seria feliz se vivesse no meio de mortais pois aí teria como avaliar o que seria sua imortalidade e o valor que ela poderia ter. Mas tal ser imortal vivendo no meio de mortais seria feliz? vendo por eras e eras seus amores morrendo? seus filhos morrendo? seus amigos morrendo?
Mas confesso que a possibilidade da morte me deprime como a maioria de nós.
Alguém aí assistiu Railander, o Guerreiro imortal?
Mas sim, não falei da coragem...
ResponderExcluir"Coragem de Ser e continuar sendo, mesmo sabendo dos riscos, da insignificância e falta de sentido que tem em se viver, pois isso, a falta de sentido é que dará paradoxalmente, sentido mágico, belo e misterioso para nosso existir."
Eu concordo que para viver precisamos ter coragem. Equilíbrio também, mas a coragem não pode faltar pois até para sermos equilibrados precisamos da coragem para buscarmos o equilíbrio.
Em relação à falta de sentido, meu próximo texto será exatamente sobre isso:"busca pelo sentido", por isso não vou desenvolver tanto aqui sobre ele.
. . . . ..
Depois de tudo isso, marcinho, você vem com um fecho fenomenal que demonstra exatamente equilíbrio:
"Portanto, se podemos dizer que existe uma chave para se viver a existência, ela é o equilíbrio entre a alegria não tão fantasiosa, e a tristeza não tão desesperadora, pois quanto menos ilusões tivermos na existência, mais digerível será as contingências da vida."
Bato palmas de pé para esse teu parágrafo. É claro que podemos discutir o que seria de fato "alegria não tão fantasiosa" para você, pois o que é fantasia para uns e alegria real para outros. O homem é a medida de cada medida...
Mas não vou entrar nessa discussão aqui, se você quiser desenvolver mais essa questão, te passo a bola de volta.
Agora, o seu pensamento:
ResponderExcluir"isto é a vida não é mesmo? Nua, crua e sem sentido algum.
Às vezes privilegia os fracos em detrimentos dos fortes, os maus em detrimento dos bons, e assim por diante, por isso que a idéia do trágico corrói aniquilando toda e qualquer utopia, pois no final das contas, não importa como você viva, o que você faça, pois tudo acabará no nada da existência...."
Era a mesma queixa de Jó lembra? Deus lhe dá umas lições muito preciosas ao final da sua história, leia de novo em busca de novos significados pois a história de Jó é uma das mais profundas já escritas sobre a banalidade e injustiça da vida na antiquidade.
Para mim, a vida é cheia de sentido e de significados. Sua frase final
"portanto, a vida pela própria vida e não uma idéia abstrata perfeita de como viver a vida que nós devemos viver, pois a vida.....ah, a vida é a vida tal como ela é!"
Cada homem, creio, terá que ter a coragem(olha ela aí)de dizer para si mesmo o que é a vida para si, como a está vivendo, o que está fazendo dela.
Não acredito totalmente na "vida tal como ela é' pois a vida é o que nós também fazemos para que ela seja. Se é verdade que não podemos moldá-la e nem dela ter domínio por completo, temos na medida das nossas possibilidades levar a vida e não apenas deixá-la nos levar como no pensamento filosófico e etílico zecapagoniano...
. . . . .. .
Marcinho, comentei teu profundo e belo texto do jeito que você gosta: "ponto por ponto" ou quase isso. Aproveitei que os pedreiros foram almoçar e danei a escrever...se te compreendi mal em algum ponto, me corrija; só não venha me impor a sua visão tão drasticamente e tragicamente trágica da vida pois a minha medida da tragédia humana é menor que a sua.
No mais, parabéns de novo pelo texto que já entrou nos anais da confraria...ops, isso tá meio pornográfico...
Eu peço desculpa a todos pela minha ausência, não somente aqui, mas dos demais blogs.....é que eu ando muito atarefado por esses dias, sem contar meu serviço que rouba a maior parte de meu tempo, inclusive amanhã vou ter que levantar de novo muito cedo para ir trabalhar......mas acho que no sábado dá e vou, colocar os comentários em dia........agora, vou tentar continuar respondendo seguindo a ordem dos comentários, bem sinteticamente.
ResponderExcluirLEVI
ResponderExcluirConcordo plenamente com seu comentário, tanto que por esses dias um amigo meu me disse que, quando eu ficava nervoso e soltava um palavrão, eu ainda soltava com reservas....e não é que ele esta certo!
Até hoje a caverna do meu passado ainda me persegue.....acho que todos nós, não é mesmo LEVI???? Rsrsrsrsrsrs
Abraços
ALTAMIRANDO MACEDO
ResponderExcluirSempre é muito bom poder ler um comentário seu....como sempre, recheado de inteligência e sarcasmo. Rsrsrsrsrs
Agora vejamos sua fala: “Não existe magia em viver, até os parasitas receberaqm este dom”.
Minha resposta: Isto vai depender, e muito, de sua visão da vida...o que é a vida para você? Ou melhor dizendo....o que é viver para você???
Se você disser que viver é simplesmente estar vivo, ai você estará certo em dizer o que você disse, mas se agora, você disser que viver é muito mais do que simplesmente estar vivo e respirando, é uma somatória totalizadora de sentimentos, emoções, pensamentos, vontades, desejos e lembranças, então sua afirmativa esta equivocada...o que acha???
Abraços
GRESDER
ResponderExcluirFala logo o que você quer...anda, vai....quer dinheiro emprestado ou algo parecido?? Kkkkkkkkkkkkkkkkk
O menino vaidoso elogiando alguém???? Só pode ser uma pegadinha. Rsrsrsrsrsrsrsr
Brincadeiras a parte...o seu comentário, partindo do titulo, parece mais com o livro do Sartre....realmente dá para postar o seu comentário, ficaria ou ficará legal.....de tudo que você disse, e muito bem por sinal, tanto que o seu comentário completou de maneira magnífica o meu texto, eu quero apenas falar bem rapidinho, porque tenho que dormir, sobre a questão de todos nós sermos pó e ao pó retornarmos......
A diferença a meu ver é que existe o pó que chora e passa a vida a se lamentar por ser justamente pó, mas á outros que enquanto pó, brilham e inspiram outros, justamente por sua coragem.....herói, GRESDER, é aquele que merece ter seu nome gravado sobe o seu tumulo, para ser lembrado para sempre!
Abraços
Aos outros amigos que leram e comentaram minha postagem, sábado eu continuo comentando da onde eu parei.....
Para desenvolver e formular a sua teoria dos desejos na esfera “mãe- pai- filho ou filha” — COMPLEXO DE ÉDIPO, Freud, foi buscar elementos latentes existentes na história trágica do Rei Édipo. Só assim pode explicar a gênese do primeiro conflito interno humano, e sua resolução com o corte do cordão umbilical que alienava a criança aos pais.
ResponderExcluirDesse modo, a tragédia que esteve presente no plano de nossa primeira experiência infantil, é que vai nos marcar pelo resto de nossas vidas.
Aristóteles, na sua Poética, disse: “a tragédia, pelo temor e pela piedade, efetua uma ‘catarse’ das nossas paixões”.
De certa forma ao vivermos o trágico do hoje, estamos assistindo a reprise da primeira angústia, representada pelo primeiro desmoronamento do muro sentimental materno e paterno que nos protegia nos primeiros meses de vida.
Esse sentimento vem à tona com toda sua carga desestabilizadora e desorganizadora, nas populações atingidas por grandes catástrofes, como: enchentes, terremotos, furacões, tsunamis, etc. É quando falta chão humano pela busca de um sentido para racionalizar o inapelável. Por ocasião desses momentos trágicos, é que o desamparo infantil ocasionado pela primeira e grande ruptura, expande seus ecos como uma dor que não se sabe donde vem.
O paradoxo da existência e do existir diz que nós caminhamos sempre para frente em nossa jornada. Ele também diz que a rota do nosso caminho não é uma reta, caminhamos, sim , num círculo, para que com o passar dos anos, possamos chegar mais perto de nosso início; chegar mais perto do ponto de onde partimos.
Dessa maneira, o ponto de chegada é o mesmo da partida, porém, com uma grande diferença: Ao nos aproximar do ponto inicial pelo caminho da ida que é também o da volta, teremos a oportunidade de ver as nossas origens PELA FRENTE, uma vez que quando começamos os nosso primeiros passos, fomos impedidos de olhar para trás.
Só assim, poderemos afirmar que o sentido trágico da existência, é o de promover uma conciliação ou amarração entre o sentimento da expulsão dolorosa do ÉDEN humano e o desamparo inevitável do seu OCASO.
(Estou pensando em fazer desse comentário uma postagem, lá no “Ensaios & Prosas”)
Schopenhauer era trágico demais para o meu gosto. Se aparecesse um gênio da lâmpada dizendo que vocês têm um pedido apenas a fazer, qual de vocês pediria: "Gênio, me transforme num cachorro..."?
ResponderExcluirGRESDER
ResponderExcluirVocê tem uma memória fantástica, pois conseguiu lembrar dos “dois mortos” (um que fica e o outro que vai – rsrsss), que no começo de nossa interação, eu postei em forma de comentário, em um dos blogs dos confrades.
Já que se está falando do TRÁGICO, aí vai na íntegra a morte de um HEREGE vista por dois ângulos trágicos:
Se eu morresse, e não morresse de mim
Morreria do que eu não sou.
Posso eu, morrer só de mim?
Quando em mim morre o que não sou?
Se então na verdade eu morrer,
Noutra vida serei sempre assim,
Pois eu morro de todo o meu ser
E já não posso mentir para mim
Se na vida eu representei,
Desta morte eu não posso calar.
Pois em mim morre tudo que sei,
Já não posso representar.
Morto. Fica o que pensam de mim.
Minha essência tornou-se finita.
Exauriu-se chegando ao fim,
Só deixando aqui esta escrita
Na verdade aqui tem dois mortos:
Um que fica e outro que vai.
É um falso ficando para os outros
E um real, que comigo se esvai.
Marcinho,
ResponderExcluirBela tragédia, rsrs.
Por um momento pensei que fosse um texto Gresderniano (Dá uma olhada que tem uns errinhos, rsrs).
Abraços,
Evaldo Wolkers.
Jair,
ResponderExcluirPenso conforme tua objetiva opinião.
A realidade é que após esta vida não existe nada.
Só invenção de mentes necessitadas de suprir em outra vida aquilo que não conseguiram fazer aqui.
Eu sigo fazendo aqui tudo que quero e o dinheiro permite, huahuahau.
Abraços,
Evaldo Wolkers.
Demorei mais cheguei;
ResponderExcluirDiante desta trágica realidade descrita por este pessimista louco para ser otimista. Pergunto:
O que será daqueles que deixaram de "Viver" para que no fim da vida se depararem com as trevas do nada?
Que tragédia hein?
Vou viver o quanto a minha vida durar, porque depois eu não sei e nem quero saber o que será.
CHEGA DE FALÇAS ESPECTATIVAS! QUERO APENAS VIVER CONTENTE, OU SEJA ADAPTADO Á VIDA.
FORTE ABRAÇO.
Ué Jair,
ResponderExcluirFoi o tempo de digitar meu comentário sobre o teu para que você o removesse?
rsrs.
Evaldo Wolkers.
Marcitto, voltei e vou fazer um comentário bem breve, pois o Dudu comentou titi por titi e concordo com o Dudu.
ResponderExcluirBem, o homem só assume o seu verdadeiro eu "perfil" diante do existir, é no que não se é que se abre a possibilidade do vir-a-ser. A rigor, em relação ao humano, nem se poderá falar em essência: como diz Heráclito,“a morada do homem é o extraordinário”. O homem é o ente ao modo da experiência. No jogo trágico e tensional entre vida e morte é que se conjuga o existir. E na postura que assuma face à finitude da existência, a qual se encontra em permanente trânsito metamórfico, é que o homem vai poeticamente se plasmando. O poético não é, assim, mera forma literária, mas a essência do agir nas nossas ações e no que fazemos ou não fazemos é que se decide o que somos e não somos.
Entendeu agora Marcitto, então não lamente você já sabe o seu destino final e eu sei o meu que será em um lugar reservado para os salvos.
Abraços e bjs fraternos.
Hubner Braz
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&q=Bem%2C+o+homem+s%C3%B3+assume+o+seu+verdadeiro+eu+%22perfil%22+diante+do+existir%2C+%C3%A9+no+que+n%C3%A3o+se+%C3%A9+que+se+abre+a+possibilidade+do+vir-a-ser.+A+rigor%2C+em+rela%C3%A7%C3%A3o+ao+humano%2C+nem+se+poder%C3%A1+falar+em+ess%C3%AAncia%3A+como+diz+Her%C3%A1clito%2C&aq=f&aqi=&aql=&oq=Bem%2C+o+homem+s%C3%B3+assume+o+seu+verdadeiro+eu+%22perfil%22+diante+do+existir%2C+%C3%A9+no+que+n%C3%A3o+se+%C3%A9+que+se+abre+a+possibilidade+do+vir-a-ser.+A+rigor%2C+em+rela%C3%A7%C3%A3o+ao+humano%2C+nem+se+poder%C3%A1+falar+em+ess%C3%AAncia%3A+como+diz+Her%C3%A1clito%2C&gs_rfai=&fp=266728f8e9bd1a07
ResponderExcluirPAULINHA
ResponderExcluirMuito bom comentário.....de maneira bem sintética eu diria para você que os melhores dias de nossas vidas são aqueles que nós não estamos preocupados com nós mesmos, ou seja, se estamos pensando somente em nós é porque realmente não estamos bem, por isso que outra virtude importante na vida para lidarmos bem com a tragédia é o amor.....pense nos dias mais alegres ou felizes de sua vida e você perceberá que você não estava preocupado com você mesmo, ou seja, só quando não temos medo da morte é que a vida começa a sorrir para nós, e isto geralmente acontece quando nos lançamos através do amor por outra pessoa.
Sabe aquele sentimento de que por uma determinada pessoa você seria capaz de morrer por ela?....então, este sentimento que nada é se não um sentido que damos aos afetos é que nos dão também sentido para viver.
Abraços
EDUARDO 1
ResponderExcluirAntes de tudo quero lhe dar os meus sinceros parabéns pelo seu excelente e mui extenso comentário, porque através dele, estarei tentando explicar dando mais embasamento ao que eu abordei no texto que talvez não tenha ficado de forma clara.
Antes de começar a analise de seus comentários, quero fazer uma observação em cima do que você disse sobre a reforma em sua casa:
DUZINHO, não precisava se preocupar tanto conosco....só porque nós vamos ai, final de ano, você quer deixar sua casa bem mais confortável e bonita para nós?.....não precisava....até porque nós só vamos ficar ai um mês inteiro. Kkkkkkkkkkkkkkkk
EDUARDO 2
ResponderExcluirRealmente de fato é verdade.....nomeamos e definimos tudo, até tentamos definir o grande assombro, mas no entanto não conseguimos definir a nós mesmos....isto mostra ao mesmo tempo a pequenez como grandeza humana, pois somos ao mesmo tempo limitados em nos descrever, mas justamente porque somos um universo caótico e assombroso subjetivo, beirando quase ao infinito do ser que é ao mesmo tempo em que não é também.
Eu também estava pensando na mesma coisa que você escreveu...que da mesma forma que é impossível definir deus, assim também o é o homem, ou que há tantas respostas que definem limitando o homem como deus, que isto mostra justamente como é indefinível o ser humano.
EDUARDO 3
ResponderExcluir(Agora, a partir daqui não tem mais moleza não....o “debate” começa a esquentar, e muito. Hahahahaha)
Nesta minha frase "Tirem a alma eterna do homem e ele será apenas um bicho como qualquer outro animal, sendo muito mais trágica sua existência devido a sua racionalização consciente de sua finitude e morte”, eu acho que você não entendeu muito bem, até porque eu fiz questão de não ser tão claro no sentido que eu queria dizer, até porque DUZINHO, eu não acredito em alma, como aquela entidade espiritual em dualidade com nosso corpo, nem muito menos que esta parte de nós é imortal, portanto, eu escrevi o que escrevi no sentido de que o homem se vendo e se sentido como qualquer outro bicho, busca desesperadamente se transcender, e muitas vezes acreditam ou querem acreditar que a morte não é o fim de tudo, que ele ao contrario do animal que vive uma vida sem sentido justamente por depois de morto não continuar existindo, ele quer continuar existindo mesmo que seja em um mundo inventado pela própria mente humana finita.
Portanto, "Tirem a alma eterna do homem” não é no sentido concreto de que nós somos mesmos imortais, e que se tira isto de nós, nós não somos nada, não é isto....e sim que ao deixarmos de acreditar nisto, pois isto é apenas uma idéia abstrata, nós automaticamente nós veremos como animais, inclusive até pior, em certo sentido, do que eles, porque o animal vivem suas vidas sem saber que estão vivendo uma vida que inevitavelmente irá desbocar em um abismo da morte.
Alias, a etimologia grega para tragédia é tragos que significa bode, ou seja, dá a idéia de que estamos todos indo como bodes para o altar do sacrifício, só que diferente do bode que não sabe que caminha e a cada dia mais se aproxima de seu iminente sacrifício, nós sabemos, e temos que lidar com isto.
Não sei se consegui por para fora tudo que estava nos meus pensamentos pensantes de forma mais clara agora.....mas vamos
DUZINHO...faz um tempo ai que eu já volto para dar continuidade em minhas respostas aos seus comentários...é que agora eu vou tomar um café (ala hubner. Rsrsrrsrsrs)
ResponderExcluirNovamente, muito obrigado pela oportunidade que você esta me dando de poder explicar de forma mais claro o que talvez na minha postagem não tenha ficado......ah, o que seria desta confraria se não existe EDUARDO MEDEIROS????
Claro que nós todos somos e constituímos uma parte importante da confraria, mas o que eu quero dizer é que o EDUARDO é o cara que movimenta pondo lenha, fogo, álcool e gasolina em nossos debates. Rsrsrsrsrs
Tá vendo DUZINHO que sua vida não é tão insignificante assim....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acabei de voltar do café DUZINHO, e já trago do meu pensamento pensante que pensava enquanto comia uns pães, um pensamento que vai completar meu primeiro comentário para você.
ResponderExcluirNaquela questão que você dizia que tanto deus quanto o homem sãos duas coisas – se assim posso dizer – que estão além de qualquer definição.
Inclusive – este foi meu pensamento pensante que pensava enquanto comia meus pães e pensava – o pensamento sobre deus esta totalmente ligado ao pensamento sobre o homem.
Pois a resposta que daremos sobre quem ou o que é deus, esta intimamente ligada à questão de quem somos nós, e vice e versa também, ou seja, se nós dissermos que deus não existe, viveremos uma vida somente aqui que acaba aqui também, se dizermos o contrario, então alimentaremos a esperança de uma outra vida que não seja esta aqui.
Portanto, ao contrario do que muitos ateus afirmam que o pensamento sobre deus não faz muita diferença, pelo contrario, é justamente a peça fundamental de maior importância que completará o quebra cabeça do enigma humana.
Uma outra coisa é que nossa sociedade, como o mundo, esta mergulhado no pensamento religioso, mesmo quando pensamos contrario a isto, chegando a dizer sermos não religiosos, já estamos sendo na negatividade da afirmativa religiosa, pois estamos partindo da própria religião para negarmos ela, então logo, até o pensamento do mais cético ou ateu dos homens pode ainda ser considerado um pensamento religioso que nada é mais do que um pensamento contrario a religião, mas que ainda sim, com base na religião, pois para negar não acreditando na existência de deus, temos que partir do pensamento sobre deus.
O que você acha disso tudo DUZINHO????
Agora deixa eu voltar a dar continuidade em seus comentários que estão “fodas” mesmos....daria para você postar cada um deles numa serie de postagens em seu blog....o que acha???
EDUARDO (acho que é 4..não é mesmo?? Rsrsrss)
ResponderExcluirRealmente, sua interpretação da frase de Protágoras tem seu peso e lógica, mas, no entanto, o que eu queria dizer era que o homem não conhece nem assim mesmo, como poderá então, a partir de si mesmo querer definir o universo, deus e a vida, se ele próprio não consegue definir nem a si mesmo??
Portanto, parto de um silogismo simples e até simplório para mostrar isto:
Todo homem é imperfeito.
Todo saber é humano.
Logo todo saber é também imperfeito.
Na questão do nosso planeta, eu vejo da seguinte forma:
O nosso planeta não é nada se visto e comparado pela dimensão e vastidão do universo.....é como se fosse uma bolinha de gude (é assim mesmo que se escreve “gude”?rsrsrsrs) diante da própria terra....ou seja, todo esse conhecimento cientifico, trouxe ainda mais crise para o homem, aja visto nos sentirmos nada diante do tudo do universo e cosmo.
EDUARDO 5
ResponderExcluirO conhecimento de que conhecemos que não conhecemos a nós mesmos, pode não nos depreciar (como muito bem você disse), mas que deixa claro cada vez mais, nossa não autonomia sobre nós mesmos, pois não temos controle sobre nossa natureza, aja visto não conhecermos totalmente, isto nos mostra – e era isto que eu queria dizer – que por não controlarmos nem ao menos nós mesmos, quanto mais conseguiremos controlar o “destino” cego da vida, que se impõe com suas contingências do sofrimento, que mais cedo ou mais tarde, mais ainda sim, baterá em nossa porta, pois se nós não sofrermos por nós mesmos, ainda sim, sofreremos por uma outra pessoa que amamos – talvez sofreremos mais ainda pela pessoa que amamos do que se fosse por nós mesmos.
EDUARDO 6
ResponderExcluirJá na questão que eu levantei que “nossa falta não faz falta ao mundo”, eu sabia que alguém iria objetar usando esses mesmos argumentos ou parecido que você levantou, de que nós fazemos sim, e a historia humana esta ai para comprovar.
De fato é verdade, inclusive até cheguei a conclusão por esses dias de que a única maneira do homem triunfar sobre a morte é através da raça humana, ou seja, o que morre sempre são os indivíduos mas nunca a raça humana.
Outro importante argumento é o que você levantou, de homens que fizeram historia e que até hoje são lembrados por nós todos.....mas, e deixa eu por um mais gigantesco e com muita ênfase aqui...MAS, e bota MAIS nisto.....o que dizer de bilhões que morrem e que nunca mais haverá lembranças de que uma vez existiram???
Ou seja, (agora vem o trágico do trágico mesmo) não temos valor algum, nem muito menos sentido, INDIVIDUALMENTE, mas apenas coletivamente.
Só que o meu texto, eu dou ênfase ao SUJEITO e sua historia particular e não para a historia humana.
EDUARDO 7
ResponderExcluirSua fala: “Aqui você acerta bem no alvo em sua análise do que somos por natureza: desejos ambulantes. Por isso, Budha disse que se o homem se livrar dos seus desejos, ele alcança a Iluninação e está a um passo do Nirvana”
Minha resposta: É exatamente este o pensamento também, conclusivo que chegou Schopeauer...e por isso, eu vejo ele como um grande filosofo que no final de sua vida, deixou se sucumbir pela moral dos fracos que é o cristianismo.
Pois ele disse que o único jeito de não sofrer era ter uma vida igual de um asceta, onde o Eros deveria ser aniquilando...atitude esta de covarde, que diante da vida, dos desejos mais intensos escolhe não querer viver, pois a vida é feita exatamente disto....pulsões, desejos e vontades.
Por isso eu acho Nietzche nesta questão, muito mais foda do que Schopeauer, que entre o total nilismo e a metafísica do mundo transcendental de Platão, escolhe um caminho alternativo de viver a vida que é a própria vida vivida intensamente, aceitando suas dores como alegrias, pois a vida é constituída entrelaçada dessas duas coisas.
EDUARDO 8
ResponderExcluirComo assim???......” só creio que a tragédia não é o "estado normal" da existência”??????
DUZINHO, se a própria existência já é uma tragédia em si, haja visto, não sabermos por que e como estamos aqui, se tendo como única certeza que em muito em breve deixaremos de aqui estar para nunca mais voltarmos.
A vida parece mais um conto contada pelos tolos...sem sentido algum, sem razão, sem finalidade....apenas passamos a existir, e quando começamos a pensar que estamos chegando a entender alguma coisa, ai já é a hora de morrermos.
A vida é tragédia do começo ao fim, claro que tem momentos de alegrias, e são esses que nós dão a força de continuar vivendo, mas a felicidade eterna e perfeita não existe, sendo que uma das provas incontestáveis é justamente o nosso corpo, que a medida que o tempo passa, vai jogando em nossa cara que somos finitos e imperfeitos, que nada somos, e que logo passaremos...neste sentido, somos um corpo carregando um cadáver nas costas ao longo da nossa efêmera e insignificante vida.
EDUARDO 9
ResponderExcluirNa minha frase que modesta a parte (bem a parte mesmo. Rsrsrsrs) eu achei que foi a mais sensacional, tanto que a coloquei no pensamento do dia, penso o seguinte:
Toda vez que estamos com muita, mas muita esperança mesmo, ai é que estamos um passo para cairmos no abismo, ou seja, logo a maneira mais sabia de se viver a vida é realmente o equilíbrio entre o pessimismo e o otimismo, entre a alegria não tão deslumbrante, mas também nem uma tristeza tão desesperançada.
Agora o que é essa “alegria não tão fantasiosa” como “tristeza não tão desesperadora” cabe a cada um definir, mas lembremos sempre:
O homem não consegue viver sem ilusões, mas também será muito frustrado a medida que aumenta e se alimenta de ilusões.
EDUARDO 10
ResponderExcluirConcordo com seu fechamento, acho até que dá para juntar esses dois pólos tão aparentemente opostos, mas tão ligados, de destino e liberdade.
Tudo aquilo que estiver ao nosso alcance, devemos buscar construir, mas também, tudo aquilo que estiver fora de nosso alcance, devemos apenas nos confortar e nunca con-formar, ou seja, na primeira, devemos ganhar forças, reunindo as mesmas em nós mesmos, e isto através da coragem, para superarmos as tragédias da vida, mas sem nunca con-formar, no sentido de deixar que as tragédias venham nos moldar e nos tornar cínicos.
Obrigado pelos seus elogios tão sinceros do meu texto, e mais ainda por seus brilhantes comentários que me deram mais uma chance expor explicando meu pensamento trágico sobre a tragédia da vida.
Abraços
Outra coisa DUZINHO....apenas mais um adendo ao meu comentário onde eu falo de Schopeuaer e Nietzche.
ResponderExcluirNa questão do pensamento trágico eu sou muito mais pró Nietzche do que Schopeuaer, embora os dois partam da mesma premissa trágica, a conclusão é totalmente oposta, sendo a de Schopeuaer o de eliminar o Eros, só que o Eros é justamente o tesão da vida, perde se isto e perdemos a vida, já Nietzche propõem valorizando justamente o Eros como significando nesta vida, ou seja, já que esta vida é tudo que temos, devemos viver o mais intensamente que pudermos.
LEVI
ResponderExcluirPuta que pariu...(ops! Desculpa pelo palavrão. Rsrsrs)
Esse seu comentário foi sensacional e merece (com “M”, maiúscula) virar postagem lá no “ensaio e prosas”.
Você tem toda razão que nossa caminhada sempre para frente, nada mais é do que uma frente do inicio, de onde nós nos originamos.
Mas pense comigo:
Se vivermos o passado, como também o futuro, esquecendo de viver o presente, não seria isto uma forma de tragédia, pois tudo que temos para viver é justamente o presente, já que o passado é passado, e o futuro é incerto, tendo apenas cada instante do presente que, na maioria das vezes, é abandonado e relegado a um segundo plano pela maioria das pessoas, que são constituídas em sua maior parte de nostalgia do passado, como de expectativas pelo futuro, e tão pouco de vivencia do presente.
GRESDER
ResponderExcluirSe tem uma pessoa que ao elogiar, não me deixa duvidas que realmente é verdadeiro e não apenas uma “boa política de vizinhança”, esse alguém é você, portanto, seu elogio me envaidece muito mais. Kkkkkkkkk
Muito embora eu tenha lido muito pouco mesmo, de verdade, o que Schopeauer escreveu, o que eu li dele, não me lembro de ter lido essa comparativa com um animal, quem eu me lembro de ter visto alguma coisa semelhante a isto foi de Nelson Rodrigues, mas também uma ou outra frase ou texto.
Na questão do desejo em comum, como em sua respectiva tragédia de não comprimento de sermos lembrados eternamente, que toda raça humana compartilha, existe um mito grego de Aquiles que eu gosto muito e que resumi bem esse pensamento, de que ele quando encontra-se com sua mãe que era uma deusa e que portanto, conseguia prever o futuro, disse para ele que se ele fosse a troia ele seria lembrando para sempre, porém essa mesma gloria andava lado a lado com sua maldição, pois ele morreria lá, em contrapartida, se ele ficasse e não fosse lutar em troia, ele casaria, teria filhos, e veria seus filhos e os filhos de seus filhos e morreria finalmente de velhice, o que ele escolheu....bem, não precisa dizer, não é mesmo????
Porque em uma outra fala sua – isto tudo se passa no excelente filme de troia – ele diz para uma mulher que perguntar a ele se ele não tem medo de morrer na guerra, ao que ele responde: De qualquer maneira eu vou mesmo morrer um dia.
A visão profundamente filosófica que nós podemos extrair do filme é que a vida só sorrir para quem não tem medo da morte, para quem sabe que é mortal e que em breve morrerá, e por isso mesmo vive a vida com coragem e intensidade.
Se contar também que a vida é constituída de pequenas troias que nós temos que fazer escolhas que podem nos levar a gloria como também a ruína.
Agora sua frase final foi sensacional...vou reproduzir aqui e depois comentar...você disse “Viver da melhor forma possível sem esperar nada em troca!”.
Minha resposta: É exatamente isto! Não importa como vivamos, no fim, dará no mesmo, pois o fim não barganha conosco, não importa o que você faça não faz diferença nenhuma, pois o fim é o fim para todos, sendo democrático.
Então não existe essa idéia que a auto ajuda nos oferece que é barata e ridícula de que se fomos bons o suficiente a vida irá nos retribuir, pois isto não é verdade, você passar a vida inteira sendo corajoso e no fim de tudo não adiantar nada, como pode passar a vida inteira sendo um covarde e a vida dar tudo certo, então o fim esta para além de qualquer coisa que façamos ou não, ele é totalmente indiferente a nós e no final, sempre vai dar zero a somatória do que realizarmos na vida.
Puta que pariu....deixa eu parar, pois se não, vou agora mesmo me enforcar. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Por isso que eu digo mesmo dentro do absurdo da tragédia que a vida é.....bonita, é bonita e é bonita....viver e não ter a vergonha de ser feliz.............
Bem pessoal, agora vou dar uma parada que já estou a três horas escrevendo e escrevendo os comentários....pena que desde que eu postei não tive tanto tempo assim para desenvolver meus comentários, porque eu vou ser sincero com todos....dentro de mim tem um verdadeiro oceano de sentimento trágico para compartilhar nos comentários, haja visto a postagem ser apenas uma síntese bem resumida de nosso pensamento, e justamente termos a possibilidade de extravasarmos tudo aquilo que queríamos escrever na postagem nos comentários.
ResponderExcluirMARCINHO,
ResponderExcluirAdorei seu comentário...ficou muito bom!
Concordo quando diz:
"Sabe aquele sentimento de que por uma determinada pessoa você seria capaz de morrer por ela?....então, este sentimento que nada é se não um sentido que damos aos afetos é que nos dão também sentido para viver".
Realmente se doar, é dar sentido aos afetos que em nós estão inseridos...mas quando doamos, doamos no intuito de recebermos também....pois de que adianta amar e não ser amado? de que adianta sentir saudade de alguém e não poder matar esta saudade? o que adianta desejarmos morrer por alguém, se não tivermos alguém para morrer por nós..ou morrer conosco?!
Quando doamos, saimos do nosso egocentrismo....mas o trágico da existência está, em sabermos que saímos às vezes do nosso egocentrismo, dando valor enaltecido às coisas que não são tão valiosas, para vivermos uma vida de desamor...de tragédia mental e sentimental..
A vida só faz sentido, quando encontramos sentido nas coisas...quando fazemos e recebemos...e mesmo se não recebemos, mas sabemos que em alguma hora, em algum momento iremos receber...
Beijos.
Este comentário bateu no fundo da minha alma...rsss...você bem que me avisou ao telefone...rssss...mas faz sentido sua escrita, pois eu sou do tipo que daria a minha vida por alguém de valor indizível para mim.
MARCINHO
ResponderExcluirEspero pela tua significante visita ao meu blog, porque faz um século que tu não pisas naquela sala..parece que só gosta das salas masculinas...hahahaaaaaa.....
Marcio, eu não teria nenhuma dúvida em reformar minha casa para recebê-los mas calhou de eu retomar as obras agora. antes o dimdim tava curto, sabe como é, marinheiro reformado...mas agora o senhor me abençoou e consegui retomar os trabalhos.
ResponderExcluirSó quero ver se vocês vêm mesmo ou se é tudo papo furado!!
o "senhor" no caso foi o gerente do banco real que me deu um empréstimo mas que terei que devolver com juros...
Márcio, eu interpretei a sua frase sobre "tirar a alma do homem" como tirar-lhe a consciência e a razão pois eu sei que você não acredita em alma como entidade espiritual imortal. Entendi por alma tudo aquilo que nós torna humanos por isso disse que sem "alma" não seríamos o que somos, entendeu? Logo, minha crítica à sua tese está correta.
ResponderExcluirEu já escrevi várias vezes que a atitude de alguns ateus militantes é em essência, religiosa. Sabe aquele cara que é muito moralista e aí se descobre que ele tem uma amante, ou que praticou corrupção ou coisas eticamente reprováveis? Os ateus ao terem sua espinha dorsal na negação de deus, na verdade não conseguem se livrar do seu objeto inconsciente de devoção
ResponderExcluirCom certeza nossos desejos e nossos pensamentos nos afetam profundamente.
Boa ideia, dá mesmo para virar postagem. Aliás, os comentários de todos nós sempre dariam boas postagens, principalmente os comentários do Levi que são sempre profundos e didáticos.
É verdade que em comparação com o universo não somos nada em tamanho mas somos enormes em complexidade. A máquina pensante que somos nós é o íten mais complexos de todo o universo visto que somente essa máquina pode perceber que há universo...leve isso em consideração em suas reflexões.
Você está focando evidentemente a tragédia, por isso ela aparece tanto em suas reflexões. Mas é bom lembrar que a tragédia é apenas um dos lados da moeda da existência, quero ver futuramente você focar esse outro lado, o lado da comédia.
Achei essa tua frase incrível:
"De fato é verdade, inclusive até cheguei a conclusão por esses dias de que a única maneira do homem triunfar sobre a morte é através da raça humana, ou seja, o que morre sempre são os indivíduos mas nunca a raça humana."
Na natureza o importante é a espécie e nunca o indivíduo; como nós somos seres especiais querendo uns ou não, nós roubamos dos deuses a individualidade e demos a ela uma grande importância. Mas veja: por que nós temos esse instinto de ter filhos? para nos preservar ou para preservar a espécie? Queremos preservar a espécie, mas também queremos a individualidade. Não seria diferente vindo de seres complexos como nós.
sua pergunta:
"o que dizer de bilhões que morrem e que nunca mais haverá lembranças de que uma vez existiram???"
Não é porque não serão lembrados que em vida não foram importantes para para a sociedade, para a família, para outras pessoas.
Anonimato não é sinal de inutilidade. Esse negócio que todos devem ter seus 15 minutos de fama é invenção da sociedade midiática em que vivemos.
"Ou seja, (agora vem o trágico do trágico mesmo) não temos valor algum, nem muito menos sentido, INDIVIDUALMENTE, mas apenas coletivamente."
discordo dessa tua afirmação como já disse lá em cima. E a coletividade só no final das contas só é importante porque é formada de indivíduos; sem indivíduos, sem coletivo. E aí que está a importância do indivíduo: ele é importante e insusbitituível na medida em que se liga a outros individuos criando assim, a coletividade, a sociedade. Daí que ainda que o indivíduo não tivesse valor sozinho, ele teria valor para si próprio. Ou você individualmente se vê como algo inútil? O maior valor que nós temos individualmente é a nossa própria vida que defenderíamos até a exaustão se por acaso estivéssemos sozinhos no mundo.
Marcinho, não vem com essa que o cristianismo é a "moral dos fracos" pois você está dizendo que quem não tem religião ou é ateu possui "a moral forte" e essa crítica que Nietsche fez da moral cristã em minha opinião foi simplista pois ele toma por base como se todos os cristãos fossem iguais, pensassem iguais e agissem iguais, mas seu alvo maior eram os sacedortes.
ResponderExcluirEu citei o Budha mas eu não concordo com o Budha nesse aspecto pois até não ter desejo é um desejo de não ter desejo...Logo, é impossível tirar o desejo de nós. O que eu acredito é que desejos bem orientados podem ser bons, mas desejos mal orientados podem ser destrutíveis.
Agora, não acho que um asceta seja um covarde, pelo contrário, é um puto de um corajoso de ousar ir contra seus próprios desejos. Se isso faz bem ou não para a psiqué é um problema a parte, mas a atitude em si, acho corajosa.
"Por isso eu acho Nietzche nesta questão, muito mais foda do que Schopeauer... escolhe um caminho alternativo de viver a vida que é a própria vida vivida intensamente, aceitando suas dores como alegrias, pois a vida é constituída entrelaçada dessas duas coisas."
Nietzche apesar do espírito forte e da genialidade filosófica, era humano e passou toda a vida sofrendo emocionalmente por um amor mal resolvido e acabou por ser derrotado pela loucura.
O que eu quero dizer é que tanto Shopenhauer quanto Nietzshe trilham o caminho que melhor lhes deu respostas para a aventura da vida; jamais podemos julgar um pelo outro ou que um foi mais foda ou corajoso que o outro.
"DUZINHO, se a própria existência já é uma tragédia em si, haja visto, não sabermos por que e como estamos aqui, se tendo como única certeza que em muito em breve deixaremos de aqui estar para nunca mais voltarmos."
ResponderExcluirVocê esqueceu do que você mesmo disse sobre como nossos pensamentos nos afetam? Onde você vê tragédia, eu posso ver mistério.
E quem disse que envelhecer é uma tragédia? Aliás, você pode acabar com essa tragédia agora mesmo: morra jovem...
Quando eu disse que a tragédia não é o normal da existência é exatamente porque aqui estamos nós debatendo sobre ela, acusando-a, pondo o dedo na cara dela é gritando "porque as coisas têm que ser assim"?
Desde que saímos do Éden que é inconscientemente o nosso modo normal de existir que lutamos contra a tragédia.
tragédia mesmo é acreditar e viver de acordo com a ideia de que a vida é em si, trágica...
Enfim, como gosto de fazer sínteses, eu farei a minha sobre tudo o que você escreveu e pensou e sobre tudo que eu também pensei e ponderei:
Concordo com você na busca pelo equilíbrio. Da minha parte, vivo a vida extasiado pela própria vida que para mim em essência não é trágica nem cômica, ela PODE ser trágica ou cômica ou tragicômica, mas para mim, a essência da vida é o espanto: por eu estar vivo, por eu ser um ser racional que pode amar, odiar, ser gentil ou ser antipático; enfim, o significado da vida quem dá é cada um de nós pois o homem é a medida de todas as coisas sim. E repito minha conclusão acima:
"Não acredito totalmente na "vida tal como ela é' pois a vida é o que nós também fazemos para que ela seja. Se é verdade que não podemos moldá-la e nem dela ter domínio por completo, temos na medida das nossas possibilidades levar a vida e não apenas deixá-la nos levar como no pensamento filosófico e etílico zecapagoniano..."
A vida é trágica? só você pode percebê-la assim. Ou não.
abraços
LEVI
ResponderExcluirRealmente seu enigmático poema do morto que vai e do outro que fica é muito bom mesmo......e triste pela constatação verdadeira de que nós somos um não ser totalmente conhecido por nós e nem também pelos outros....dai que o fica é mesmo nossa representação do que fomos, por isso no mundo em que vivemos que é o mundo da representação, o que importa não é realmente o que nós somos mas antes o que nós parecemos ser.
É como diz um ditado antigo romano, muito verdadeiro e atual também: “Não adianta a mulher de Claudio ser honesta, ela tem que parecer honesta”.
Abraços
EVALDO 2
ResponderExcluirNietzche dizia que o Cristianismo é a versão do platonismo para os pobres e ignorantes, já que o platonismo era no entender de Nietzche, de difícil compreensão, pois afirmava que esse mundo era um mundo imperfeito, finito e sofrido, sendo o outro mundo, o das idéias, o transcendental, perfeito, infinito e totalmente feliz.
Cristianismo uma versão do platonismo para os pobres e ignorantes....essa é muito boa mesmo. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
JAIR
ResponderExcluirQue isso Jairzinho??? Louco pessimista??? Eu???? Rsrsrsrs
Estou apenas tentando ser o mais realista possível...mas lembra do que eu falei para você na minha resposta ao seu comentário anterior na minha postagem da felicidade?
Que a vida é tanto rosas quanto espinhos, ou seja, não é somente feita de tragédias, mas também de momentos alegres e de prazeres, pois a tragédia só é tragédia na medida em que a própria vida também o não é.
Abraços
HUBNER
ResponderExcluirVocê não tem medo de ir para o inferno por estar mentindo para nós???
Cuidado HUBNER....ou você irá fazer companinha para nós todos, os hereges da confraria, por justamente estar mentindo e tentando nos enganar.
Abraços
Obs: Faça uma campanha de jejum e oração durante uma semana para que o todo poderoso possa perdoar os seus pecados de plagio e mentira. Huahuahuahuahuahuahuahua
EDUARDO 1
ResponderExcluirKkkkkkkkk Ufa! Ainda bem...pensei que tivesse se reconvertido a Jeová. Kkkkkkkk
Ok...pensei que não tivesse entendido a parte da minha fala sobre “alma”, mas vejo que você compreendeu muito bem......
Na questão da minha ênfase ser demasiadamente na tragédia, eu também já tinha anteriormente escrito sobre a felicidade, ou seja, eu sempre, apesar de ser muito mais trágico, vi a vida como dois lados de uma mesma moeda.
Na questão de ter filhos...alguém já me perguntou uma vez dizendo mais ou menos o seguinte: “Porque é que os trágicos tem filhos?...Se a existência é trágica???
Acredito que a grande maioria dos trágicos que tem filhos, os tem não com o idealismo de preservar a espécie, nem muito menos para dar sentido a sua vida, mas antes, porque a camisinha estourou, ou porque a outra pessoa não se cuidou direito, pois no ato sexual é totalmente instinto mesmo...nessa hora o significado é totalmente fisiológico mesmo.
Olha DUZINHO, mesmo sendo o individuo importante para si mesmo, não importa o que ele faça ou deixe de fazer, sempre a somatória total do que fizermos será zero no final, ou seja, nesse sentido não importa o que façamos ou deixemos de fazer.
EDUARDO 2
ResponderExcluirQuando eu cito Nietzche, não entendo como você, quando ele chama o Cristianismo de moral dos fracos...você interpreta como se ele estivesse se referindo que todos que não forem cristãos são fortes em sua moral, não é isto que eu vejo.
Eu vejo da seguinte forma:
O Cristianismo é a moral dos fracos justamente porque milenarmente deu ênfase nos cristãos serem pobres e fracos, claro que podemos discutir se a interpretação milenar do Cristianismo esta correta e se aproxima realmente da idéia que “Jesus” quis passar, mas o fato é que durante muito tempo, a igreja a pregoou que a bem aventurança de ser pobre, claro novamente, que isto mudou radicalmente hoje, onde os Cristãos já não pensam mais em ser pobres, mas antes, em cada vez mais, serem mais ricos.
Quando digo que Nietzche foi mais foda do que Schopeauer, digo na questão da temática do trágico, porque ambos partiram da mesma premissa, sendo o grande diferencial dos dois, a solução que cada um deu.
No caso de Schopeauer ele propôs o aniquilamento do Eros, e já Nietzche a afirmação do Eros, ou seja, tirem o Eros do homem, e você estará tirando o tesão que nos faz viver mesmo sem sentido algum, por isso que eu na questão da tragédia sou pró Nietzche e contrario a visão Schopeaueriana.
EDUARDO 3
ResponderExcluirEm relação a sua solução para não envelhecer, morrendo se jovem, também isto é trágico...lembra que eu uma certa vez, escrevi em minha postagem que o homem era uma coisa para qual não tinha solução? Pois então, você pode dar inúmeras respostas, como há milhares, mas nenhuma resolverá satisfatoriamente a problemática humana, haja visto, o Ser humano ser um ser doente, pois é mortal em sua essência e logo inevitavelmente irá morrer.
PAULINHA
ResponderExcluirVocê esta certa...alias, todo amor é em sua essência egocêntrico, pois só amamos o que é nosso.
Abraços
Marcinho:
ResponderExcluirfiquei estupidificada com este texto. Cruzes!!!!
Se a vida não tem sentido, para que vivê-la então?
"Coragem de Ser e continuar sendo, mesmo sabendo dos riscos, da insignificância e falta de sentido que tem em se viver, pois isso, a falta de sentido é que dará paradoxalmente, sentido mágico, belo e misterioso para nosso existir."
Não vejo coragem alguma nisso. Ou é estupidez ou alienação. Até entendo, para alguns, a falta de sentido se tornar sentido mágico e misterioso, mas é muito, muito triste pensar assim.
Faço votos que este texto seja fruto de uma depressão passageira e nada mais. Gostaria que você pudesse saber o que eu sei, conhecer o que eu conheço. Com certeza pensaria diferente.
A nossa vida aqui no planeta é simplesmente uma etapa. Difícil, eu sei, mas somente uma etapa, e o que vai nos trazer satisfação em aqui viver não será a coragem, mas o Conhecimento. É um processo longo, mas isso também faz parte do plano maior da existência aqui.
Meu querido, se eu acreditasse em oração, rezaria, mas vou torcer por você para sair desse niilismo ou pessimismo, sei lá rsrs
Um grande abraço
Olá ATENA, sempre é muito bom vê-la por aqui....
ResponderExcluirVou comentar ponto por ponto do seu comentário, ok?
Sua fala: “Se a vida não tem sentido, para que vivê-la então?”.
Minha resposta: Justamente por isso....nós é que somos responsáveis de conferir a ela significado dia a pós dia da nossa existência...ela já não vem com um sentido embutido, tanto é verdade que o ser humano constantemente vive inventando sentidos, a religião é um dos maiores exemplos disto.
Sua fala: “Não vejo coragem alguma nisso. Ou é estupidez ou alienação. Até entendo, para alguns, a falta de sentido se tornar sentido mágico e misterioso, mas é muito, muito triste pensar assim”
Minha resposta: Será que não seria alienação ou estupidez pensar justamente o contrario disto?
Veja Atena que essa visão trágica da vida não é alienação, pois eu ressalto supervalorizando a coragem de viver mesmo em meio à tragédia....alienação seria justamente o oposto a isto....se nós, porque a vida é insignificante e sem sentido, vivêssemos chorando, ao invés de viver corajosamente.....e por isso que eu usei em minha postagem a metáfora do abismo, de que estamos todos caindo nele, a questão é, se vamos cair chorando, lamentando pela falta de sentido, ou vamos enquanto caímos, dançando, cantando e se divertido, é isto é que confere sentido, a coragem de olhar sorrindo para a morte.
Sua fala: “Faço votos que este texto seja fruto de uma depressão passageira e nada mais”
Minha resposta: Não Atena.....esse meu texto é fruto de meu pensamento, mas..preste atenção que não sou totalmente pessimista, pois mesmo na tragédia eu valorizo a vida, contraponto com a alegria de viver com intensidade, pois o sentido de viver esta enquanto se caminha, não em seu final.
Continua.........
Continuação.......
ResponderExcluirSua fala:” Gostaria que você pudesse saber o que eu sei, conhecer o que eu conheço. Com certeza pensaria diferente”
Minha resposta: O que é que você sabe que eu não sei que se soubesse mudaria minha vida??
Pois essa minha visão é uma visão realista da vida como ela é....seria o místico, o transcendental que mudaria minha vida???
Olha ATENA, Platão com sua teoria do mundo eterno transcendental abstrato foi um covarde que se alienou da vida, criando um mundo distinto e idealizado separado do nosso...essa visão platônica ela desvaloriza a vida aqui, pois sustenta que há um mundo melhor que o nosso, sendo que não podemos falar de algo que esta para além do nosso mundo, nesse sentido, tudo que temos é aqui, portanto, temos que valorizar vivendo o máximo que pudermos aqui e não esperando um mundo melhor que provavelmente não exista e não venha.
Sua fala: “A nossa vida aqui no planeta é simplesmente uma etapa. Difícil, eu sei, mas somente uma etapa, e o que vai nos trazer satisfação em aqui viver não será a coragem, mas o Conhecimento. É um processo longo, mas isso também faz parte do plano maior da existência aqui”
Minha resposta: Infelizmente sua idéia já é muito antiga e ilusória, no sentido de acreditar que o mundo que vivemos nossas vidas não é tudo, de que tem que haver algo mais....mas é justamente esse “existe algo mais do que o que vivemos” é o que diminuir o tesão pela vida, pois você diminui a vida aqui dizendo ser apenas uma etapa, sendo que o que realmente tudo que temos é isso aqui, o “lá” e “depois” nós não sabemos, ou pensamos que sabemos e acreditamos que sabemos, mas no fundo, não temos garantias de que é assim.
Sua fala: “Meu querido, se eu acreditasse em oração, rezaria, mas vou torcer por você para sair desse niilismo ou pessimismo, sei lá rsrs”
Minha resposta: Rssrsrsrs....você é um barato Atena, eu ri de mais com esse comentário seu. Rsrsrrsrss
Abraços e obrigada por seu comentário!
Gostei demais de sua resposta e suspirei de alívio, pois entendi, melhor sua posição e vi que não é pessimismo. Ufa, eu tinha me assustado.
ResponderExcluirEsta frase: “.nós é que somos responsáveis de conferir a ela significado dia a pós dia da nossa existência...” é quase a mesma que já ouvi dos mestres (antes que pergunte, o próximo post será sobre eles). Ou seja, como já lhe disse, você parece ser um shaumbra, só não sabe disso . rsrsrs
Os mestres não dizem que a vida aqui é um vale de lágrimas e somente teremos felicidade após a morte, bem ao contrário. Eles dizem algo como isto:
“...pois mesmo na tragédia eu valorizo a vida, contraponto com a alegria de viver com intensidade, pois o sentido de viver esta enquanto se caminha, não em seu final.
Compreendeu melhor a “minha posição”?
Vou continuar lendo seus posts e enchendo a sua paciência. rsrsrs
abração
ATENA
ResponderExcluirEu não sei o que é um “shaumbra”, mas pelo que e tanto, você fala deles, posso sentir-me orgulhoso por você dizer que pareço um. Rsrsrsrsrs
Pode continuar lendo e comentando meus textos, pois para mim sempre será, como já tem sido, um imenso prazer.
Abraços
Fala Márcio.
ResponderExcluirPow mano, ainda continuando a julgar a Deus pelos parâmetros humanos? rsrsrs.
Deus tem que se encaixar naquilo que tu "acha" ser justiça?
Pow mano, vira o disco,rsrsrs.
E a coisa fica pior quando quando a melancolia cai com força em nossas almas. rsrs.
Abçs fraternos.
Olá Gresder,
ResponderExcluir"Agora pode descansar e tirar férias da escrivaninha como eu, o teu mundo já foi “explicando” você já escreveu tua Genesis, agora é o sétimo dia do descanso sagrado rsrs"
Graças a Deus que não foi o apocalipse.
"[...]ele deseja que o que faz do home um animal infeliz e o pensamento e perspectiva do futuro e a lembrança e memória do passado, coisas que os animais devem ter em um gral muito menos do que os homens, vivendo um dia de cada vez não temendo o futuro e nem se remoendo pelas experiências ruins do passado.
Quanto o desejo humano de ser lembrado não passa mesmo do seu desejo de imortalidade que quer se perpetuar na memória dos outros, mas poucos serão lembrados, e menos ainda serão entendidos como gostariam, vide o texto do Levi que fala sobre um morto que vai e um que fica, o que vai que é a sua consciência de você mesmo e o que fica que é opinião de dos outros sobe você.
Ou seja, você morre sozinho e quase nada de você, como você se auto-entende fica."
Parece que o homem se sente mais sábio quando questiona o que nem a ciência pode responder...
Abraço.
"
Eduzinho vermezinho de Jacó, tu num veio de ameba...kkkkkkkkk
ResponderExcluirQuase pulo aqui na cadeira com teus comentários, ponto por ponto. Dá pra ver que você é muito feliz e ama a vida. Tua inteligência me seduz kkkkkkkkkkkkkkkk Beijão amigo.
Todos nós temos o nosso fado.
ResponderExcluirHoje estou triste
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
JG de Araujo Jorge
Marcinho da minha alma,
Me senti diante do trono de Salomão ouvindo coisas como as de Eclesiates. O mais interessante é que hoje amanheci pensando muito em você. Falei sobre você com Deus e dos seus questionamentos que lhe levam peso grande ao coração.
Confesso que chorei quando li teu texto, tive vontade de te abraçar e encher tuas "alfaces" de beijos. Roguei a Deus que te leve a descobrir o verdadeiro sentido da vida e toda a sua beleza.
Dei graças a Deus pelo Edu que nos abre horizontes para outras reflexões, e nos prova que o céu pode ser azul anil, se tivermos a coragem para dissipar o chumbo.
O mais importante é que você tem um coração lindo, mesmo vendo a vida tão trágica.
Te amo viu? Beijão.
Marcinho,
ResponderExcluirParabéns pela imagem ilustrativa. O sangue... Já não há mais lágrimas brilhantes, transparentes. Retrata muita dor.
"Bem aventurado os que choram porque serão consolados."
Mano ED
ResponderExcluirÉ um prazer “rever” você por aqui, não sei se você poderia dizer o mesmo de mim, pois mudei tanto dês da ultima vez em que falamos.
Alias, antes que me esqueça – às vezes perdemos um tempo valioso com o que tem pouco valor ou nem um valor, e nos esquecemos das “coisas” que realmente mais importa na vida – como vai o teu neném???
Agora em relação ao seu comentário.....
Sua fala: “Pow mano, ainda continuando a julgar a Deus pelos parâmetros humanos? rsrsrs.
Deus tem que se encaixar naquilo que tu "acha" ser justiça?”
Minha resposta: Mano, como eu poderia falar dele se não fosse através de nossa compreensão?
Pois se assim for, nem mais falemos ou se quer pensemos nele, pois sempre que falarmos e pensarmos nele serão através de nossas faculdades humanas, haja vista, nós sermos humanos e não deuses. Rsrsrsrsrs
Sua fala: “E a coisa fica pior quando quando a melancolia cai com força em nossas almas”.
Minha resposta: Mano, você já algum dia se sentiu melancólico e totalmente sozinho no universo?
Você já alguma vez questionou se deus realmente existe?
São apenas perguntas sinceras, e eu aguardo também, respostas como sempre vindas de você, sincera.
Abraços mano e fica com o totalmente outro!
De um beijão no seu filho ou filha por mim tá??
GUIOMAR
ResponderExcluirObrigado por suas palavras e principalmente por lembrar-se de mim.
Quanto a sua preocupação, não fique preocupada comigo, pois o sentido da vida esta em cada um de nós, basta descobrirmos!
Abraços