Por: Edson Moura
Gente! Cansei! Não quero mais falar de Deus! Deus não pode ser questionado. Deus jamais descerá ao nível do homem para provar que existe, portanto, vamos falar de outra coisa...sei lá, qualquer coisa.
Brincadeirinha, vamos falar do cara sim, pois assim ele ficará com raivinha de nós e quem sabe não nos aparecerá ou enviará um espírito destruidor para nos punir? (risos)
Um dia no ano de 2062, perguntei para um velhinho passante, se ele tinha fé em algo, tipo...na ciência. Ele me fitou e disse: “A verdade não tem que ser aceita com fé. Fé é para os fracos! Eu até que creio na ciência, pois ela nos dá fatos, e contra fatos, muitas vezes não existem argumentos.
Taí, gostei desse cara. Mas quando achei que ele já tinha concluído seu raciocínio, ele bradou bem alto:
“A fé pode ser chamada de "falência intelectual". Se o único modo de você aceitar uma afirmação é tendo fé, então você está reconhecendo que ela não pode ser aceita por seus próprios méritos”.
Enfiei o rabinho entre as pernas e "sartei de banda", pois o cara era da pesada. Como sou muito chato, e o método que adotei para descobrir as “verdades” é o “socrático”, perguntei para ele se Jesus não fez o que dizem que fez para que nós fôssemos salvos. Ele nem sequer pensou para responder essa, foi logo vomitando:
Taí, gostei desse cara. Mas quando achei que ele já tinha concluído seu raciocínio, ele bradou bem alto:
“A fé pode ser chamada de "falência intelectual". Se o único modo de você aceitar uma afirmação é tendo fé, então você está reconhecendo que ela não pode ser aceita por seus próprios méritos”.
Enfiei o rabinho entre as pernas e "sartei de banda", pois o cara era da pesada. Como sou muito chato, e o método que adotei para descobrir as “verdades” é o “socrático”, perguntei para ele se Jesus não fez o que dizem que fez para que nós fôssemos salvos. Ele nem sequer pensou para responder essa, foi logo vomitando:
Velhinho: Digamos que a redenção cristã se baseie em dois conceitos principais: “o sofrimento do indivíduo cancela o pecado do mesmo” e “o inocente (Jesus) pode cumprir a pena em lugar do culpado (nós)”. Fazer o inocente pagar pelo pecador, ainda por cima com um sofrimento improdutivo, não seria apenas um ato de vingança contra a pessoa errada e só faz juntar um mal a outro mal?
Calei por um momento e respondi: Sim pode ser, mas o que dizer das bilhões de pessoas que acreditam que Jesus salva? Não seria presunção minha e sua, achar que nós estamos certos e elas erradas?
O velhinho de cabelos brancos não me perdoou, deu-me outra cassetada: “ Mesmo que 5 bilhões de pessoas acreditem numa coisa que é estúpida, essa coisa continuará sendo estúpida”.
Eu: Então o inferno não existe? E nós ateus não iremos para lá? Por que o senhor é um ateu?
Velhinho: A Bíblia nos diz que Jesus foi sacrificado para nos redimir de nossos pecados e nos salvar do fogo eterno. A Bíblia também nos diz que se não acreditarmos nisto queimaremos no fogo eterno. Não é um pouco paradoxal essa afirmação? Meu jovem, eu posso dizer, sem medo de estar errado, que todos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que os crentes. Quando eles entenderem porque é que rejeitam todos os outros deuses possíveis, entenderão porque é que eu rejeito o deus deles.
Eu: Mas o senso comum religioso nos diz que temos que aceitar os mistérios de Deus, e que no tempo certo tudo será revelado. A verdade deve ser aguardada. Dizem que eu faço perguntas demais. O que o senhor me diz sobre essa afirmação?
Velhinho: Ora, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não (fé em Deus sem questionamentos), desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro (pode ter sido roubado), desde que ele esteja na nossa mão.
Eu: Um amigo meu, chamado “capitão”, me disse uma vez que ser ateu é uma forma de crença. Ele não está meio certo? Outro amigo chamado “prodígio”, acredita que Deus protegeu Moisés e que ainda protege sua igreja até hoje. Como faço pra provar que ele está falando besteiras?
Velhinho: Não! O “capitão” está totalmente errado! Onde já se viu?! Dizer que ateísmo é uma crença é o mesmo que dizer que careca é uma cor de cabelo. E para o prodígio, pergunte para ele se a “assembléia de Deus” onde ele congrega lá em Campinas tem para-raios no telhado. Se tiver, é por falta de confiança em Deus. (risos do velhinho). E mais, devemos sempre questionar essa lógica que afirma um Deus onipotente e onisciente, que criou um homem falível e o culpa por seus defeitos.
Eu: Então essa história de que Deus me ama e quer o meu melhor, não passa de papo furado? Eu não vou para o paraíso morar com Deus? O cristianismo nos garante o céu! (risinhos sarcásticos)
Velhinho: O cristianismo nos afirma que há um ser invisível, que vive no céu e micro-gerencia nossa vida, está atento a tudo que fazemos, o tempo todo. O ser invisível tem uma lista de 10 coisas (mandamentos) que ele quer que a gente cumpra. Se você infringir qualquer uma dessas coisas, o homem invisível tem um lugar super especial, cheio de fogo, fumaça, sofrimento, tortura e angústia onde ele vai lhe mandar viver, queimando, sofrendo, sufocando, gritando e chorando para todo o sempre. Mas ele ama você sim! (risinhos também sarcásticos do velhinho)
Eu: Opa! Peraí, o senhor, mesmo com esses cabelos brancos, não tem autoridade para falar essas coisas.
Velhinho: Eu tenho tanta autoridade quanto o Papa. Eu só não tenho tantas pessoas que acreditam nisso.
Eu: Então o senhor é a favor da separação entre Igreja e Estado? Nossa moral não está arraigada à Igreja? E essa herança religiosa não nos fez uma sociedade melhor, mais amorosa e justa?
Velhinho: Por favor, não seja tolo! Eu sou completamente a favor da separação da Igreja e do Estado. Minha idéia é que essas duas instituições nos fodem o suficiente individualmente, portanto, ambas juntas é a morte certa.
Eu: Será que algum dia conseguiremos fazer com que um crente deixe de acreditar e se torne um ateu como nós? O mundo seria mais amoroso se todos fôssemos crentes? Paulo e Jesus disseram que devemos amar uns aos outros assim como amamos ao nosso Deus. A fé não é uma “prova”, segundo Paulo?
Velhinho: Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências… Baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar. Como disse o ateu Friedrich Nietzsche: “Fé” significa não querer saber o que é a verdade. Eles (os crentes) dizem que acreditam na necessidade da religião… Mas eles não são sinceros! Eles acreditam mesmo é na necessidade da polícia! Amor ao “nosso” Deus? Por favor, não há no mundo amor e bondade bastante para que ainda possamos dá-los a seres imaginários. Uma visita ao hospício mostrará a você que a fé não prova nada.
Eu: O senhor não aprova nenhuma religião? Algumas proporcionam uma felicidade, mesmo que ilusória. Isso não é bom para ajudar-nos a encarar a vida dura? Pessoas são felizes em seus mundinhos!
Velhinho: Não importa o quão feliz me deixe, se não é verdadeiro, se não é real, muito obrigado. É assim que penso quanto aos deuses e mitos de todas as religiões
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Eu: A religião parece ter um ponto fraco. O senhor poderia me dizer qual seria ele?
Velhinho: Não vou criar nada, apenas vou repetir o que Epicuro disse: Se Deus deseja impedir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. Se é capaz, mas não deseja? Então é malevolente. Se é capaz e deseja? Então por que o mal existe? Se não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus? Meu jovem, Se a ciência já mostrou que a bíblia está errada ao nos dizer de onde viemos, como podemos confiar nela ao dizer para onde iremos?
Eu: Para encerrar esta nossa proveitosa conversa, o que seria necessário para acabar com a fé de um crente?
Velhinho: É simples: Basta Deus existir! Pois, se Deus existisse, a fé se tornaria desnecessária e todas as religiões entrariam em colapso.A verdade não tem que ser aceita com fé. Os cientistas não seguram suas mãos todo Domingo, cantando, “Sim a gravidade é real! Eu vou ter fé! Eu vou ser forte! Amém. Como já disse, a fé é a falência intelectual. Se o único modo de você aceitar uma afirmação é pela fé, então você está admitindo que ela não pode ser aceita por seus próprios méritos
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Muito obrigado por seu tempo, não vou mais aporrinhá-lo com minhas perguntas. Mas antes que fosse, gostaria de saber seu nome.
Velhinho: Meu nome é Edson Moura, mas todos me conhecem por Noreda.
Edson Moura
Nossa como você evoluiu em quarenta e dois anos! Quantas reflexões novas! Quantas desenvolturas de pensamentos! Quantos argumentos aperfeiçoados! e que modos amadurecidos e de tratar os assuntos. Fico impressionado com tanta diferença depois de tantos anos de vivencias e reflexões!
ResponderExcluirTroca o titulo por um coerente, e o modo de tratar o assunto, por um que seja mais realista, que não mostre você com a mesma cabeça depois de quarenta ano sendo que em quatrocentos dias você e nós mudamos muito. E não “minta” a meu respeito (não precisava fazer isso para me trazer aqui rsrs), que daí daria para analisar alguns temas tão extraordinário levantado por você.
Cara te falta orgulho em não querer achar respostas que não sejam as mesmas dadas pela religião filosofia e ciência, pra mim tudo ainda é muito precário, tanto a teoria que “viemos do macaco” ou de Adão são ridículas e pequenas demais para a vida complexa e mágica que temos. Qual a resposta? Não sei ainda! Vou tentar esboçar alguma coisa razoável e originalmente minha nos próximos quarenta anos! Ou se não vou ser o mesmo papagaio idiota escrevendo os mesmos testos juvenis de hoje.
ops! desculpe é cinquenta e dois anos rsrs
ResponderExcluirNossa Gresder, quanta maturidade, quanto respeito, quanto desenvoltura sua ao comentar este meu texto. Realmente você evoluiu bastante nesses últimos 400 dias.
ResponderExcluirPra começar eu não fui lhe chamar lá no seu blog para vir comentar aqui.
Eu não mandei sequer um e-mail pra ninguém divulgando esta postagem.
Eu não escrevi o texto pra você que já está num patamar acima dos demais leitores. Eu escrevo para os pequenos e não prodigiosos leitores que lêem mas não comentam. e que precisam "se" e "me" questionar sobre o que escrevi.
Gresder, de fato eu mudei muito nos últimos meses, mas duvido muito que muita coisa ainda possa ser mudada na maneira como encaro a vida.
Outra coisa: Como posso escrever um texto que me projete ao futuro, sem usar o presente como referência. O que penso hoje, deve ser a base do que pensarei no futuro, e se o pensamento for diferente...não estarei sendo desonesto com minha ideologia hoje.
Greder, religião, eu concordo com você, não dá respostas. Mas a ciência e a filosofia, acho que você falou uma grande besteira, pois me diga onde mais podemos encontrar respostas, que não nessas duas áreas de estudo.
Complementando:
ResponderExcluirSei que você usou aspas para ironizar a frase, mas me diga: Que teoria é essa que diz que o homem veio do macaco? Se você estiver falando do Darwinismo, devo esclarecer que a afirmação está permeada de pre-conceitos incutidos justamente pela religião.
Se você tem uma vida mágica,(e aí sim você deveria ter usado aspas), já não posso dizer nada, pois a minha não tem nada de magia.
Quanto a escrever uma idéia totalmente sua daqui a 40 ou 50 anos, taí uma coisa que eu duvido, pois, se já hoje é praticamente impossível falar ou pensar algo que alguém já não tenha falado, muito menos terá êxito daqui a 50 anos nessa sua empreitada.
Se não quiser replicar este comentário, eu entenderei, pois os argumentos de fato são infantis...não perca seu tempo.
Abraços!
como você escreveu seu texto para os "pequenos", não vou fazer um comentário detalhado deste teu criativo texto, pois não me considero um dos tais.
ResponderExcluiro capitão afirma que o ateísmo é uma crença pois faz uma afirmação que não pode provar, ou seja, que não existe nenhuma outra realidade que não a material.
ora, se a nível subtômico a matéria às vezes comporta-se como onda, como dizer que a matéria é a única realidade existente?
mas por ora não vou entrar nessas questões pois estou muito concentrado na magia (sem aspas) do nascimento do meu filho. rs
abraços
Parabens pelo nascimento do "duardin", e ironia, talvez até combine comigo, mas não combina contigo meu caro.
ResponderExcluirVocê sabe muito bem que quando eu disse que meu texto era para os pequenos, estava apenas ironizando o comportamento do Gresder, mas se você realmente não se considera pequeno, vai aí uma frase do velhinho...
Velhinho: "Capitão meu menino, hoje, do alto de meus 82 anos já vividos, posso afirmar com certeza, que, todo homem que se julgar maduro o bastante, ao ponto de não se considerar pequeno, e com necessidade de se sentar aos pés de outro homem para crescer...seu próximo estágio será o apodrecimento."
Um abraço do seu amigo Edson Moura.
O nascimento de um filho não é mágico Eduardo, está muito além disso, até hoje não encontro explicação para o sentimento que me dominou cada vez que um dos meus quatro nascia.
Ora Eduardo, quem disse que as ondas sub atômicas não são reais? Assim como os pulsos eletromagnéticos...os buracos negros (essa assombrosa região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dela, nem mesmo a luz...daí vermos negro naquela região), a matéria escura do universo (sua presença pode ser constatada a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria que conseguimos ver, como estrelas e galáxias).
ResponderExcluirO que não é material neste mundo criado por Deus Edu? Apenas mesmo o Deus criado pelo mundo.
Abraços!
Ter fé para mim é algo absolutamente racional. Observo toda a história, a realidade que me cerca, uso de todas as informações que colhi e elas me revelam o seguinte: a humanidade está caminhando a passos largos em direção ao inferno. Jesus Cristo é o meu Deus. Acredito, tenho fé, vou aprender com o exemplo dele, do mesmo modo como a humanidade inteira vai espelhar-se nele e transformar a terra no céu, livrando todas as gerações vindouras do fogo do inferno.
ResponderExcluirAlceu João Gregory, você sempre está por aqui comentando, eu valorizo muito sua palavra por aqui, mas sempre que respondo um de seus comentários, você nunca volta para replicá-lo. Vou tentar mais uma vez, e de antemão, lhe agradeço pela participação.
ResponderExcluirVocê diz que pra você, a fé é absolutamente racional. Não entendo, se o próprio apóstolo Paulo diz que a fé é o firme fundamento das coisas que não se vêem. Eu pergunto então?
Como é possível ser racional, uma atitude que anula o raciocínio?
Você diz que a humanidade está caminhando a passos largos para o inferno. Que inferno é esse?
Se você dissesse que a humanidade caminha para a alto-destruição, mesmo contrariado, eu teria que lhe dar uma certa razão. Mas você faz uso de uma fábula Bíblica para sustentar uma hipótese não muito plausível.
NO final de seu comentário você novamente usa o inferno para botar um pânico nas pessoas infiéis. Não seria você a única vitima deste inferno criado por religiosos do passado?
Inferno não existe amigo, mas se você tiver outra base que não a Bíblia para sustentar esta afirmação, gostaria que a expusesse aqui.
Obrigado pela participação mais uma vez.
Passei por aqui só para desejar um feliz aniversário para o papai Noel e desejar a todos um prórpero 2012 até dia 12 de dezembro dele. He,he,he...
ResponderExcluirRisos, seu Blog é divertido!!!
ResponderExcluir"A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a Teologia. Abrangendo os terrenos material e espiritual, essa religião será baseada num certo sentido religioso procedente da experiência de todas as Coisas, naturais e espirituais, como uma unidade expressiva ou como a expressão da Unidade." A. Einstein
Muita LUZ!!!
Valeu Altamirando, feliz ano novo e muita prosperidade, pois, afinal de contas, ainda somos filhos do Rei...não é? rsss
ResponderExcluirAbraços!
Roberta Maria minha querida, você é muito bem vinda por aqui. Rapaz, é ousadia demais da minha parte, mas eu discordo do gênio.
ResponderExcluir"No futuro não acho que haverá religião alguma, o homem entenderá que transcendentalidade é coisa muito primitiva e só anestesia a dura realidade. Dogmas sempre irão existir, mesmo que o dogma vigente seja, não ter dogma algum. O terreno espiritual alcançará a aridez logo depois que cada indivíduo conseguir entender a si mesmo.
A experiência de todas as coisas, certamente nos afastará de um novo engodo disfarçado de religião. Edson Moura
Roberta Maia, deixe-me perguntar:
Você é budista?
Abraços amiga, e volte sempre.
Boa noite!
ResponderExcluirA fé é uma bendita falência intelectual e que jamais se baseará em evidências probatórias.
O homem para conhecer o Santo precisa experimentá-lo através da reverência, obedecendo-O. Só então é que a compreensão chega ao nosso íntimo.
Tenhamos fé!
Rodrigo, logicamente a fé jamais se baseará em evidências comprobatórias, afinal de contas, se houvessem fatos, não precisaríamos da fé.
ResponderExcluiré como eu disse lá em cima no texto:
"Para acabar-se com a fé, basta Deus existir! Pois, se Deus existisse, a fé se tornaria desnecessária, e todas as religiões entrariam em colapso."
"Já verdade não tem que ser aceita com fé. Os cientistas não seguram suas mãos todo Domingo, cantando, “Sim a gravidade é real! Toda ação causa uma reação! Eu vou ter fé nisto! Eu vou ser forte! Amém.
É evidente que a fé é a falência intelectual. Se o único modo de você aceitar uma afirmação é pela fé, então você está admitindo que ela não pode ser aceita por seus próprios méritos.
Abraços Rodrigo! E você é bem vindo aqui.
e aí meu amigo noreda, como foi de natal? comemorou o nascimento do salvador do mundo...?
ResponderExcluir;)
olha, eu não estava sendo irônico. e nem você, né? talvez não conscientemente.
meu amigo, você acha que a consciência humana é material? é feita de átomos? qual seria o número atômico da consciência humana?
e é claro que se deus existe a fé é desnecessária. é por isso que eu não tenho fé...heeee
abração, querido
Fala Eduardo meu capitão querido! Foi tudo uma benção aqui em casa. Montamos o presépio, derrubei um pinheiro gigantesco e fiz uma árvore linda, depois fiquei aguardando dar meia noite para soltar fogos em comemoração ao nascimento do esplendoroso, majestoso, conselheiro, Príncipe do natal...Papai Noel.rss
ResponderExcluirEspero que esteja tudo bem aí no Rio de Janeiro, os boatos por aqui dizem que papai Noel chegou no Alemão, dirigindo um "caveirão", e as renas vestiam colete do BOPE, sem contar os duendes ajudantes que mal conseguiam empunhar a "calibre 50" que carregavam.
Falando sério agora, você perguntou se a consciência é material. Digamos que sim, e não, com uma inclinação maior para o sim. Vou tentar explicar de forma pedagógica, mas antes, devo pedir que entenda a necessidade de eu usar exemplos do "nosso" cotidiano, para mostrar-lhe o quanto a consciência é material.
Sua pergunta Edu, foi muito bem posta, e fere o meu calcanhar, pois posso ter caído num laço que eu mesmo criei para te enredar, mas, como a ciência está a meu favor, vou desenvolver uma reflexão que nos dará um horizonte. Pois bem:
No início de minha total descrença, eu também fiz este tipo de pergunta, e só consegui alguma luz, após ler alguns livros e revistas sobre neurociências e psicanálise, (tenho mais ou menos 30 livros sobre o assunto, que ganhei do pai da minha patroa que é psicanalista). A conclusão em que cheguei, é que a consciência é um "fenômeno" inerente à matéria.
A consciência é uma seqüência de entradas e saídas (sinapses) entre os neurônios que interligam os sistemas reptiliano, límbico e neocortical. Se não há atividade cerebral de forma sistemática e linear, há defeitos na percepção do meio externo e de si mesmo.
A conclusão é que a consciência, o juízo crítico e o livre-arbítrio são o conjunto de reações nervosas que se manifestam a nível de córtex pré-frontal. As maiores provas disso são as doenças mentais, e neste ponto eu preciso usar uma doença bem conhecida por nós dois, a saber, "Mal de Alzheimer", pois meu pai e sua mãe, sofrem deste mal, como também as pessoas que sofrem de dupla personalidade.
As doenças degenerativas ,como o alzheimer ou esclerose, acabam com a consciência. Logo, a consciência depende totalmente da matéria, pois, se os neurônios desaparecem, a consciência some, logo, consciência é matéria.
Edu, você já deveria saber que somos apenas um sistema orgânico que ganhou consciência (existência precede a consciência, já discutimos sobre isso.) da própria existência por motivo de evolução. E a alma, o que considero mente apenas, é um subproduto das multiplas dúvidas e fantasias do ser humano em relação a sua própria existência.
Sendo a consciência um subproduto da matéria, logo, matéria ela é!
Abraços meu capítão e feliz ano novo!
boas observações. mas se a consciência é material por que então ela não pode ser observada empiricamente como matéria? qual a fórmula atômica da consciência? de um pensamento? de um sentimento?
ResponderExcluirnão existe um consenso sobre isso e nesse caso, a ciência não está ao seu lado pois ela simplesmente não sabe ainda o que é a consciência.
se é o cérebro que produz a consciência, o cérebro em si é consciente? mas se o cérebro não tem consciência mas se ele a produz, podemos dizer que a matéria inconsciente produz matéria consciente para ter ciência que a sua origem é inconsciente?
você diz que "pois, se os neurônios desaparecem, a consciência some, logo, consciência é matéria."
mas a verdade é que nunca ninguém provou cientificamente que sem neurônios não há consciência.
talvez consciência e cérebro trabalhem juntos. mas ainda resta uma questão intrigante:
é a matéria que cria a consciência ou é a consciência que cria a matéria? como poderíamos saber da matéria sem a consciência?
a coisa não é simples. o buraco é mais embaixo. ou talvez nem aja buraco...
abração
Eduardo, você realmente me intrigou com a afirmação:
ResponderExcluir"É a matéria que cria a consciência ou é a consciência que cria a matéria? como poderíamos saber da matéria sem a consciência?"
De fato não dá para saber...ainda. Mas volto a dizer que a ciência está do meu lado, pois ela busca respostas para tais perguntas, enquanto outras áreas de estudo, já se conformaram em dizer que a consciência divina deu origem à matéria, a partir do nada.
O que temos em mãos hoje, ainda é pouco para provar que a matéria produz consciência e, sendo fruto da matéria, pode ser considerado matéria também , ou parte dela.
Consciência produz matéria?
Olha Edu, já muita coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha. Dentre elas, um indiano que emitia pequenos flashs de energia, depois de fazer uma oração em um doente. Depois de muito pesquisar, liguei os pontos e deduzi, ou induzi, que o sistema nervoso produz eletricidade.
Um peixe-létrico não tem consciência (pelo menos achamos que não), mas também produz descargas elétricas enormes. Está aí uma sugestão:
É necessário consciência para se produzir matéria? Acho que não!
É necessário matéria para se produzir consciência? Acho que sim!
Abraços Edu!
Bom , já é hora de escrever um novo texto para este blog, e como o Eduardo Medeiros, mais uma vez, pediu pra sair, eu não esperarei que ele refute meu argumento irrefutável.rsss
ResponderExcluirPEDI PRA SAIR?? VOCÊ QUE ESTÁ SAINDO DE FININHO COM MEDO DE SE ENROLAR NOS MEUS SOFISMAS CONSCIENTES...KKKKKKK
ResponderExcluirEntão manda sua réplica Edu! Estou esperando.rss
ResponderExcluirvamos lá:
ResponderExcluir"Um peixe-létrico não tem consciência (pelo menos achamos que não), mas também produz descargas elétricas enormes. Está aí uma sugestão:
É necessário consciência para se produzir matéria? Acho que não!
É necessário matéria para se produzir consciência? Acho que sim!"
esse exemplo bem perspicaz não cabe no que eu estou dizendo. a eletricidade do peixe é algo biológico, todos os corpos produzem eletricidade, inclusive o nosso.
ficaria melhor dito se se dissesse que a matéria é consciente e não que ela inconscientemente produz a consciência, afirmação difícil de se aceitar.
mas aí, quem pode aceitar que a matéria é consciente?
talvez ela seja. ou talvez, a consciência imaterial e a matéria "material" caminhem juntos, intercambiavelmente, do mesmo modo que matéria é energia e energia é matéria. a matéria não produz energia, ela transforma-se em energia.
esse assunto é muito complexo e eu ainda não domino ele plenamente como gostaria. estou lendo sobre e quando estiver seguro começarei a escrever sobre isso.
Muito bom Edu, mas vou dar uma de Hubner e responderei amanhã.
ResponderExcluirà dupla cética mais chata do mundo:
ResponderExcluirfoi bom passar mais um ano ao lado de vocês. como é espantoso olhar para trás, ver os primeiros textos que eu comentei aqui e ver agora o nível em que as coisas aí no coração e mentes de vocês chegaram.
não, não é uma lamentação...
lembro que o meu primeiro contato aqui(se não me engano) foi exatamente quando eu escrevi um texto sobre um pensamento do marcinho:
“Tenho poucas certezas, algumas percepções e muitas dúvidas”
achei intrigante esse pensamento e escrevi sobre ele na antiga e agora às moscas sala do pensamento...(dá um dor no coração dizer isso...)
dali em diante as trocas de ideias só se multiplicaram e eu confesso que muitas vezes tentei arrancar de propósito muletas teológicas que o marcinho usava.
lembro quando escrevi aqui que não acreditava que jesus era deus mas era divino e deixei essa frase no ar por muito tempo como que deixando ela fazer efeito na cabecinha do pessoal por aqui.
sinceramente, não gosto no que vocês se transformaram: uns céticos ateus inimigos da fé e da religião.
não me pertubaria se virassem apenas ateus.
do mesmo modo que eu tirei algumas muletas teológicas por aqui, espero não repor muletas, mas instigar em vocês a percepção do "espírito do universo".
eu não quero ser o resultado aleatório de um acidente cósmico sem propósito, isso me soa muito, muito...aleatório e desproposital....(???). só consigo conceber aleatoriedades como resultados de causas(ainda que aleatórias)mas que resultaram em "acidentes propositais"...
gosto de viver com propósitos.
mas se eu sou acidental, propósito nenhum devo ter pois se tenho e busco propósitos, anulo a própria acidentalidade aleatória e desproposital do universo, transfigurando assim a suposta realidade despropositada. ou seja, fazendo isso eu re-crio o universo, dou propósito a ele a partir da minha própria natureza movida por propósitos.
e não é exatamento isso que nós, seres inteligentes e conscientes deste planeta fazemos? ou seja, nós não transformamos a natureza?
e daí se a natureza me diz que não existe propósito? eu sou homem, tenho uma máquina viva dentro da minha caixa craniana que é o artefato mais poderoso do universo.
se o universo não tem propósito, eu dou propósito a ele...
receba aí um abraço mui apertado. vocês são as minhas melhores "aquisições" de amizade com potencial para um bom bate-papo em muitos anos.
desejo um ano novo bom. com alegria e muito amor. com sabedoria para resolver os problemas que aparecerem.
Edu, meu capitão, seu comentário ficou esplêndido. Gosto muito de provocá-lo para ver até onde podemos chegar em nossos debates, e hoje vejo que chegamos longe. Tão longe que já está difícil olhar para trás e enxergar o cais do porto de onde partimos. (você entenderá a metáfora)rsss
ResponderExcluirSempre disse que a vida não tem propósitos a não ser aquele que damos a ela, e você, como uma criança birrenta insistia em fingir que não entendia o que eu estava dizendo.rsss Você é um gênio Edu.
Você é a melhor representaçãod e um "lobo na pele de um cordeiro". Diz sem dizer, convence sem persuadir, e no final, sempre está com as mãos limpas, não é?
Obrigado por tirar minha fé, mesmo que "inconscientemente", que na verdade não passa de um halibi.
ABRAÇOS MEU IRMÃO!