Por Marcio Alves
Meus caros amigos “ateus-atoa”, “ateus-militantes”,
“ateus-perdidos “, “ateus-agnósticos” e até “ateus-enrustidos” – o que tem de
gente que no fundo é ateu, mas não sai do armário, não é brincadeira não! Sem
contar os que são, mas não sabe ainda que são, ou não querem reconhecer isto
– vocês devem encarar a dura e “triste”
(para os ateus) realidade de que a religião nunca irá acabar. (Porque será que
a grande maioria dos ateus deseja ardentemente que os religiosos se tornem
também ateus? Será que Freud explica? Risos)
1-Ela é a maior utopia das utopias
Promove uma visão futurista de esperança, gloria e otimismo,
atribuindo ao “todo-poderoso” – aquele que nunca pode ser frustrado em seus
planos – o poder de concretizar aquilo que seria impossível aos homens.
(Deus na visão do religioso é como o diretor que espera o
momento certo, para intervir no filme que esta desenrolando, para por um ponto
final, independente da atuação dos atores)
2-O religioso não corre o risco de um dia descobrir que sua
crença não é real
Quando se aposta, geralmente se espera e se tem o resultado,
seja o desejado ou não, mas no caso da religião é uma aposta que o religioso
nunca descobrirá que era de fato um engano, pois se quando a pessoa morre se
segue logo o nada da existência, o crente não terá do que se arrepender depois
da morte. (famosa aposta do filosofo Pascal)
3-Ela torna a pessoa especial
Na visão religiosa o homem é a imagem de Deus, possui uma
alma, e é alvo do cuidado de Deus, seja para ser abençoado por ele ou muitas
vezes castigado como forma de repreensão.
Tire a concepção espiritual do homem, e ele se torna um mero
animal sem alma que apenas racionaliza, mas que compartilha da mesma origem e o
mesmo fim do animal.
4-Ela oferece respostas para a existência humana
Ela diz da onde você veio, porque você esta aqui e para onde
você irá. Ou seja, ela enche o ser humano de propósito e significado. Pode até
se argumenta que é falsa, que é inventada, que é ilusória, que é enganosa, mas
no fundo, o que importa para o ser humano, que em geral prefere uma verdade
inventada e cômoda, do que a angustiante duvida da não resposta, é a resposta
em si.
5-Ela alivia a dor humana
Pois promete um paraíso eterno sem dor e sofrimento, ou
seja, neste mundo você pode não ter nada, sofrer, ser injustiçado, mas lá no
outro mundo, Deus irá reparar os seus danos sofridos.
Imagina uma pessoa que perdeu pessoas as quais ama, ela, se
for religiosa, irá se consolar com a promessa da eternidade, onde poderá
encontrar os seus parentes e amigos – mas desde que seja também da mesma
religião, porque se não, se for um crente, por exemplo, irá ficar profundamente
triste por crer que a pessoa a qual mais amou, mas que não era de sua religião
foi parar no inferno por toda eternidade.
6-Porque os religiosos acreditam porque querem acreditar
Hoje, (sempre?) mais do que nunca, a grande busca do ser
humano é pela tão sonhada e ilusória felicidade, tanto é que criamos varias
ilusões, conscientes ou não, para tornar nosso mundo frio e cinzento, um pouco
colorido e quente.
Portanto, a grande pergunta que a maior parte dos seres
humanos fazem a si mesmo é: “isto vai trazer alegria, felicidade e/ou prazer
para minha vida?” e não se é verdade ou real na existência, até porque, se ela
verdadeiramente experimenta, para ela isto já se constitui uma verdade em si.
Sendo assim, os religiosos acreditam porque querem e desejam
ardentemente acreditarem que é real sua experiência religiosa, e, contra isto,
não há argumentos racionais que venham dissuadi-las desta vontade.
7-Porque ela é um sistema muito bem estruturado e organizado
Alguns ateus no afã de quererem “converter” (ou
“desconverter”) os religiosos para sua “corrente de pensamento ateia”,
distorcem os argumentos religiosos, por pura esperteza ou ignorância mesmo,
limitando as mesmas em reducionismo classificatório e taxativo de somente “pura
fé”, dizendo que os religiosos não utilizam à lógica e nem a razão.
Mas estão equivocados, porque toda religião possui em si
mesma, isto é, em seus sistemas, lógica e razão interna, sendo coerente dentro
da lógica proposta por cada religião.
Ou seja, quando um sujeito vai para alguma religião, ele não
vai encontrar uma bagunça generalizada, onde cada adepto pensa ou diz de um
jeito, mas sim, uma organização com sistema, doutrina, culto, hierarquia, e até
uma concepção de deus própria.
8-Ela trabalha em cima do egoísmo e interesse humano
A religião, mais do que qualquer outra coisa, promove o
interesse e egoísmo do ser humano, pois é um sistema de recompensa e punição
que estão ligado e determinado pelos atos individuais de cada um – a famosa
fala de Paulo “cada um dará conta de si mesma a Deus”.
Céu e bênçãos materiais, no caso do cristianismo, para quem
for obediente, e, inferno e castigo para os desobedientes.
Ou seja, ela reforça e mantém ao mesmo tempo, o sujeito
dentro do processo religioso, seja por medo da punição, ou interesse de ganhar
recompensa.
9- A última e mais obvia das conclusões
Vou terminar esta postagem no nono ponto, sabendo que
existem mais razões do porque “O ateísmo nunca irá conseguir acabar com a
religião!” com a principal e mais simples conclusão:
Não é possível datar e nem dizer como a religião se iniciou
de fato, apenas se especula, mas o que interessa mesmo é que nunca existiu
(pelo menos nunca se descobriu) e não existe nenhuma sociedade sem religião,
isto em milhares de anos, como os ateus pensam que agora vão conseguir acabar
com a religião, e isto no mundo inteiro? (Desse jeito meus caros amigos ateus,
vocês vão acabar sendo taxados de pessoas com muita mais fé do que os próprios
religiosos, ou de serem pessoas ingênuas. Risos).
Texto originalmente publicado no blog http://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/04/o-ateismo-nunca-ira-conseguir-acabar.html
onde eu sou um dos colaboradores.
Olá marcio, gostei muito do seu texto. Estou passando por um processo de crise espiritual. Não sei mais em que acreditar. são tantas evidências de que deus não ixiste, que as veses duvido. gostei de todo o texto. Como vc eu também acredito que a religião nunca vai acabar. E nem quero que isso aconteça. mas tenho muitas perguntas. por exemplo:
ResponderExcluir5-Ela alivia a dor humana
Pois promete um paraíso eterno sem dor e sofrimento, ou seja, neste mundo você pode não ter nada, sofrer, ser injustiçado, mas lá no outro mundo, Deus irá reparar os seus danos sofridos.
Imagina uma pessoa que perdeu pessoas as quais ama, ela, se for religiosa, irá se consolar com a promessa da eternidade, onde poderá encontrar os seus parentes e amigos – mas desde que seja também da mesma religião, porque se não, se for um crente, por exemplo, irá ficar profundamente triste por crer que a pessoa a qual mais amou, mas que não era de sua religião foi parar no inferno por toda eternidade.
Você disse que lá no céu nós vamos encontrar nossos parentes que já morreram. Então, a pergunta que faço é: de que adianta encontrar as pessoas no céu se não vamos lembrar delas? E se vamos lembrar delas, o que impede que a gente tenha desejos de pessoas mundanas tipo, fazer sexo, invejar, ter raiva e tantos outros?
Outra pergunta é: no céu a gente continua aprendendo? por exemplo: Uma criança que morreu, e foi para o céu por que era um servo de Deus. Ele vai continuar aprendendo? Se vai, como seria uma criança com tanta sabedoria quanto um adulto?
Gustavo Andrade
Uma vez li em uma revista que existe um gene da religião. Num primeiro momento eu duvidei e até levei a revista pra meu pastor ler e me dar um aconselhamento. Ele me disse que era tudo mintira. Que a fé é deus que dá pro homem. aí não entendi mais nada. se deus é quem dá a fé, pra que precisamos forçar nossa mente pra acreditar? Não seria mais fácil apenas esperar que Deus dessa a fé pra gente?
ResponderExcluirComo vc disse no texto, eu creio por que quero crer. E não tenho coragem de deixar de acreditar? Meu pai já morreu e era um servo de deus fiel. um dia quero encontrar com ele no céu, por isso não deixo de crer. mas e se isso tudo for uma mintira? Se não ixistir céu, nem inferno, nem Deus? De que adianta eu servir ele se ele não ixiste?
Na passagem da escritura sagrada, abraão vai matar seu filho porque deus pediu. E se deus não pediu? Abraão era louco? Se era louco, então essa passagem da bíblia é mentirosa, ou perigosa? E se amanhã eu achar que Deus tá me pedindo um ato de fé, e pedir para matar meu filho que tem apenas 3 anos, estarei louco. O pastor vai deixar? Se abraão podia eu não posso?
às veses eu escuto a vóz de Deus. Não sei bem se é ele falando ou minha cabeça que está confusa com tudo que o pastor fala. Ele diz que é deus falando no meu coração, ms eu escuto a vóz na cabeça. Ele diz que Deus vai me usar com um vaso, pra profetizar. Será que eu devo acreditar nele? Isso não vai fazer mal para mim? Eu não vou acabar achando que sou melhor do que os outros irmão da minha igreja?
Você já passou por esse tipo de poblema marcio?
gustavo andrade
marcio, a religião não pode acabar, é o que vc quer dizer? Vc acha que o mundo seria pior sem religão? O homem não tem freios é que vc acha? sem os mandamentos morais de Deus a terra entraria em colapso e o homem se matariam uns aos outros?
ResponderExcluirO que vc acha?
Vc escreve um texto que fala que o ateismo nunca vai consiguir vencer a religião. Mas o que vc deseja no fundo? vc gostaria que a religião acabasse? Vc não tem medo de desejar que o povo pare de acreditar em Deus. Ou tem?
marcio, vc é ateu? se é? o que levou vc a ser ateu? deus não atendeu um pedido seu? Vc perdeu alguns parente? Algum pastor te enganou? a biologia e as teorias ensinada na escola bateram de frente com a fé? Vc tem dúvidas sobre a sua fé?
gustavo andrade
GUSTAVO ANDRADE
ResponderExcluirÉ um prazer para nós todos, termos sua participação e colaboração neste blog pensante.
Agora você se precipitou em “achar” através de apenas uma leitura de texto, que eu sou crente e que acredito nessas crenças, por isso, caro amigo, eu lhe convido a ler outras postagens minhas no blog outroevangelho.blogspot.com, pois lá você irá entender toda construção de meu pensamento, coisa que é impossível em apenas uma postagem.
No mais, este meu texto foi uma auto-critica onde eu reconheço a força e importância da religião para o homem, e não se gosto ou se concordo com a mesma.
(ou seja, tentei ser o mais neutro e imparcial possível, apenas analisando o peso histórico da religião, sem julgamento de “bem x mal” e “bom x ruim”)
Abraço