Com o passar do tempo, quanto mais Jonh mergulhava de cabeça, corpo e alma nas doutrinas bíblicas, mais ele ia absorvendo e decorando tais ensinamentos que eram anunciados através das pregações como também dos louvores, assim como dos testemunhos dos fieis.
Mas em um fatídico dia, Jonh teria uma experiência que mudaria sua vida religiosa e maneira de conceber o mundo para sempre, nunca mais voltando a ser o mesmo e velho Jonh de antes.
Sua irmã que era crente fiel e muito temente a deus chamada de Cristina, a qual por toda vida sempre serviu a deus com maior dedicação e empenho, de tal forma que era tida como a crente mais fervorosa de toda igreja, foi juntamente com sua filha de 6 anos numa viagem missionária para um outro estado, para evangelizar pregando a palavra tida como de Deus, tivera sua única filha estuprada e brutalmente assassinada nesta mesma viagem.
Aquilo foi como um balde de água gelado jogado em cima de uma grande fogueira que era a fé de Jonh em Deus.
Não encontrou explicação plausível do porque de Deus ter permitido tamanha barbárie sem que tivesse impedido tal ocorrido.
Justamente ele que cansara de ouvir testemunhos de milagres, não vira isto acontecer, justamente na hora em que mais precisava.
Embora muitos crentes quiseram e tentaram dar explicações ao ocorrido dizendo que “deus tinha um propósito no estupro e morte da sua sobrinha” ou “foi o diabo que para desanimar ela de fazer a obra de deus, usou um vaso seu para estuprar e matar aquela criança” ou ainda “deus sabe o que faz, nós é que não sabemos” ou até mesmo que “há mistérios que só serão revelados no grande e ultimo dia” não satisfaziam e curavam sua ferida, muito pelo contrário, aumentava mais e mais seu rancor contra deus.
Passando algumas semanas, ele observou ainda o ocorrido do tsunami asiático que matou 280.000 pessoas, dentre elas muitas crianças inocentes.
E a cada acidente, tragédia, morte, estupro e doenças, ele se perguntava a onde estava o deus dos milagres que os crentes tanto propagandeavam que operava sinais medíocres como livrar um crente de assalto, abrir porta de emprego para outro, curar dor de cabeça, nariz e até cotovelo, mas não ajudava socorrendo bilhões que estavam a mercê das agruras da vida.
Através disto, ruíram suas certezas inabaláveis da fé cristã, abriram-se as portas da duvida e ele começou a raciocinar, questionando tudo que outrora foi ensinado para ele como verdades inspiradas por Deus.
Ele observou através das lentes do mundo que toda religião dizia dela mesma ser salvadora e a única verdade.
Entendeu que ele acreditava no acreditava muito mais por ter herdado da tradição de seus pais que por sua vez herdaram da cultura social do país em que eles moravam do que ser um pensamento pensado por ele mesmo.
Constatou que toda religião era manipulativa se promovendo através do castigo do inferno para aqueles que não crêem, como um céu esplendoroso para aqueles que fossem seus adeptos fieis.
A cada questionamento mais e mais sua fé ruía diante da duvida, e ele pouco a pouco ia perdendo seu chão existencial, sua segurança e comodidade nas crenças para dar lugar a um vazio de incertezas e medo.
Mas ele compreendia que aquele era um caminho sem volta em que os seus olhos tinham sido abertos, não por palavras ou livros que lera, mas antes pela própria vida com suas contingências.
Continua..........................................
Por Marcio Alves
Mas em um fatídico dia, Jonh teria uma experiência que mudaria sua vida religiosa e maneira de conceber o mundo para sempre, nunca mais voltando a ser o mesmo e velho Jonh de antes.
Sua irmã que era crente fiel e muito temente a deus chamada de Cristina, a qual por toda vida sempre serviu a deus com maior dedicação e empenho, de tal forma que era tida como a crente mais fervorosa de toda igreja, foi juntamente com sua filha de 6 anos numa viagem missionária para um outro estado, para evangelizar pregando a palavra tida como de Deus, tivera sua única filha estuprada e brutalmente assassinada nesta mesma viagem.
Aquilo foi como um balde de água gelado jogado em cima de uma grande fogueira que era a fé de Jonh em Deus.
Não encontrou explicação plausível do porque de Deus ter permitido tamanha barbárie sem que tivesse impedido tal ocorrido.
Justamente ele que cansara de ouvir testemunhos de milagres, não vira isto acontecer, justamente na hora em que mais precisava.
Embora muitos crentes quiseram e tentaram dar explicações ao ocorrido dizendo que “deus tinha um propósito no estupro e morte da sua sobrinha” ou “foi o diabo que para desanimar ela de fazer a obra de deus, usou um vaso seu para estuprar e matar aquela criança” ou ainda “deus sabe o que faz, nós é que não sabemos” ou até mesmo que “há mistérios que só serão revelados no grande e ultimo dia” não satisfaziam e curavam sua ferida, muito pelo contrário, aumentava mais e mais seu rancor contra deus.
Passando algumas semanas, ele observou ainda o ocorrido do tsunami asiático que matou 280.000 pessoas, dentre elas muitas crianças inocentes.
E a cada acidente, tragédia, morte, estupro e doenças, ele se perguntava a onde estava o deus dos milagres que os crentes tanto propagandeavam que operava sinais medíocres como livrar um crente de assalto, abrir porta de emprego para outro, curar dor de cabeça, nariz e até cotovelo, mas não ajudava socorrendo bilhões que estavam a mercê das agruras da vida.
Através disto, ruíram suas certezas inabaláveis da fé cristã, abriram-se as portas da duvida e ele começou a raciocinar, questionando tudo que outrora foi ensinado para ele como verdades inspiradas por Deus.
Ele observou através das lentes do mundo que toda religião dizia dela mesma ser salvadora e a única verdade.
Entendeu que ele acreditava no acreditava muito mais por ter herdado da tradição de seus pais que por sua vez herdaram da cultura social do país em que eles moravam do que ser um pensamento pensado por ele mesmo.
Constatou que toda religião era manipulativa se promovendo através do castigo do inferno para aqueles que não crêem, como um céu esplendoroso para aqueles que fossem seus adeptos fieis.
A cada questionamento mais e mais sua fé ruía diante da duvida, e ele pouco a pouco ia perdendo seu chão existencial, sua segurança e comodidade nas crenças para dar lugar a um vazio de incertezas e medo.
Mas ele compreendia que aquele era um caminho sem volta em que os seus olhos tinham sido abertos, não por palavras ou livros que lera, mas antes pela própria vida com suas contingências.
Continua..........................................
Por Marcio Alves