Por: Edson Moura
Futuro!...Eis aí um tema que inquieta a todos. Para um cristão da atualidade, perguntar se Deus conhece todo o futuro, é perda de tempo, pois sua resposta certamente será a seguinte: “O futuro a Deus pertence!”. Ele nem vai se dar ao trabalho de pensar um pouco sobre o assunto.
Na verdade o cristão (pelo menos em sua maioria), literalmente foge de alguns assuntos, não sei se por medo, ou se por “preguiça de pensar”, ou se por limitação intelectual. (duvido muito que seja esta última, pois até o mais estúpido dos homens é capaz de refletir sobre a existência, a menos é claro, que ele não esteja com suas faculdades mentais em ordem)
Minha intenção com este artigo, não é presunçosamente, querer responder às grandes questões da humanidade, mas sim, levar o maior número de leitores à reflexão sobre Deus, vida, sofrimento, prazer, mal e é claro...o futuro.
A pedido de um amigo, resolvi abrir o verbo neste artigo, mas, se você se considera despreparado espiritualmente para ler algumas linhas que muitos consideram heresias, sugiro que interrompa agora a leitura. Depois não digam que eu não alertei. Vou caminhar por uma linha muito tênue entre o Cristianismo, a cristandade, e o ateísmo. Reconheço que o que escrevemos aqui pode levar muitos à descrença de tudo, mas, quando o indivíduo suporta essas verdades( eu considero verdades), sua fé será inabalável, pois ele terá raízes tão profundas quanto as de uma Palmeira imperial.
1º Acho que todos os livros e cartas da nossa bíblia, devem ser questionados, pois segundo me consta, o próprio Paulo elogia um povo que desconfia dele, então devemos desconfiar quando o assunto é a palavra de Deus.
2º Acho que a liturgia cristã deve ser reavaliada, pois o que para muitos hoje é coisa corriqueira ou verdades imutáveis, são vistos com estranheza por outros povos. Querem ver?
Os Maçons meditam numa sala com uma caveira (Representando a morte), é um ritual um tanto quanto estranho, você não acha?
Os hindus entoam cânticos diante de um elefante com quatro braços de nome Ganesha (acho que todos puderam ver isso na última novela exibida em horário nobre). Também é estranho, e muitos de nós consideramos isso ridículo, mas essa é a crença deles.
O que dizer dos Cristãos então?
Nós oramos ou rezamos ajoelhados, diante da imagem de escultura ou mentalizando um homem totalmente ensangüentado e desfigurado coroado com espinhos do deserto, pregado pelos pés e pelas mãos numa cruz. Eles por lá, acham isso muito estranho.
Não sei ao certo,quando comecei a pensar nesses assuntos tão polêmicos, nem quando foi que eu comecei a me perguntar de Deus sabia mesmo o futuro,
(acho que foi logo depois de deixar de acreditar que é preciso existir milagres para poder crer em Deus, ou depois que, mesmo muitos dizendo na igreja que eu era uma” benção”, acabei cedendo às tentações do mundo e praticando coisas horríveis, que tiveram uma reação em cadeia,e aqui estou...só!) mas vi que essas questões dizem respeito à nossa fé. Comecei pensar:
Será que Deus sabia de tudo isso e deixou acontecer?
Será que o diabo venceu essa batalha e me arrastou da igreja onde era cooperador, para me destruir, e afrontar a Deus?
Não, não e não!
Foram minhas escolhas!
E Deus não interferiu nelas. Sabe por que?
Porque sou livre! Ele me deu essa liberdade, e não me vai “marionetar” até o fim da vida, para eu não tropeçar.
Temos hoje nas mãos, potencial para grandes mudanças filosóficas no nível mundial.
Mas as questões aqui levantadas são complexas demais, ou deveria dizer "engessadas" demais? A teologia já deu seu veredicto, e muita coisa não vai ser mudada. O que pode mudar é como vemos essa teologia.
Faço algumas perguntas para nós mesmos e sinceramente, não espero respostas e sim reflexões sobre o tema, no mínimo aceitável, de todos. Não tenham medo de “arrazoar”, pois Deus gosta disso. “venham então, e argüi-me, diz o Senhor”
Alguns pregadores da teologia da prosperidade desprezam o papel da razão no desenvolvimento da fé cristã, afirmando que ela desvia o cristão de sua espiritualidade. Observamos no pequeno trecho de Isaías 1:18, que o próprio Senhor chama o povo à razão. Sem dúvidas Deus demonstra que a razão é importante para o cristão.
Filosofia é uma área muito perigosa para se andar. Costumo dizer ao Marcio que, para o cristão, esse caminho é um “fio de navalha”. Um amigo muito querido embora não o conheça pessoalmente, que pensa tanto que até criou uma “sala só para os pensamentos”, se perguntou:
O que é o homem?
Tentei ajudá-lo assim: Posso dizer sem medo de estar errado, até porque “herrar é umano”, e isso eu sei muito bem, pois sou um deles (humano), que o homem não sabe, ou não tem certeza de quem é.
E não sabe, ou não tem certeza de para onde vai.
Não sabe qual é o sentido dos insignificantes ou mega-eventos que se sucedem em sua existência e mais grave ainda, afasta essas questões de seu horizonte no cotidiano, tornando-se uma pálida imagem daquilo que está chamado a ser.
Quando a nossa natureza toma conhecimento de si mesma na figura do homem, a razão se estabelece como pilar da busca pela compreensão. Na busca e na incerteza o homem decidiu viver de acordo com sua razão na tentativa última de experimentar um pouco de lucidez em meio a tanta inquietação.
O homem encontrou na razão as possíveis asas que o levariam a levantar os vôos em busca da liberdade. Entretanto, mesmo que a razão e a liberdade sejam os fatores que constituem a busca humana pela vida, não passam de instrumentos na tentativa de uma compreensão ampla da vida e de si mesmo.
Conseqüentemente outras perguntas se levantam:
Por que vale a pena viver?
Qual é o sentido da vida?
Por que existem a dor e a morte?
Qual é a razão do sofrimento humano?
Onde Deus está nessa história?
Ele sabe de tudo, inclusive de nosso futuro? (cheguei onde queria)
As inquietações humanas se manifestam como expressão da própria natureza da razão e está na raiz de todo movimento humano. Na cultura, o fruto do exercício desta razão, é a religião. O desejo de compreender o sentido último da existência revela o senso religioso. A religião se apresenta como resposta mais plausível (e eu considero isso um erro) na busca inquietante por significado. O homem é homem porque não cessa de interrogar-se sobre o sentido do mundo, e não apenas porque é capaz de agir sobre ele, ou moldá-lo de acordo com suas necessidades. O homem se desespera (pelo menos eu me desespero) buscando além de si a compreensão de sua origem e destino.
As perguntas estão aí! Fiquem à vontade para me ajudar a compreender a mim mesmo um pouco mais. Em meio a tantas dúvidas, eu tenho uma certeza: Deus existe e um dia eu o verei!
Pena que fé não tenha outra explicação a não ser a de Paulo:
“Fé é o firme fundamento das coisas que não se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”
O que será do homem, quando os grandes e ocultos mistérios da nossa efêmera existência nos forem revelados? Quando, de uma hora pra outra, ficar provado de maneira categórica e irrefutável, que as nossas crenças que são aceitas por meio da Fé, são verdadeiramente... fatos? Ou se for provado que tudo o que cremos, são apenas mitos?
Querem tentar responder ou acham que determinadas questões devem permanecer sem resposta?
Veja o caso dos mórmons: Se ficasse provado que Joseph Smith, era um louco, e que não encontrou óculos mágicos nenhum, nem livro de ouro? O que aconteceria com os fiéis? E se ficasse provado que Sidarta Gautama não atingiu ponto máximo nenhum de evolução e que ficou "gordão de tanto comer"? Que seria dos budistas?
Se descobríssemos que o mar vermelho não abriu, que os muros de Jericó não caíram, que o "Jardim do Éden" nunca existiu de fato é apenas símbolo, muito menos "pecado original"? Que seria dos irmãos menos cultos que vivem estas verdades?
Irmãos já deixei de crer em muitas coisas nessa minha caminhada rumo à "cidade celestial", mas outras, por mais que eu me esforce, ainda não consigo. Minha Fé é testemunhal, ou seja:
Creio porque testemunhas oculares, viram coisas tão surpreendentes que aceitaram mortes bárbaras para defender o que "acreditaram ter visto". Eles morreram com um ideal...o ideal de Cristo. Eles carregaram uma bandeira e lutaram por uma causa. E qualquer causa que valha a sua própria vida, deve ter uma ponta de verdade nela.
E não venham me falar dos doidos que jogaram o avião nas torres gêmeas que isso não vale! Fico por aqui...
Abraços e não deixem de responder!
Edson Moura