Por: Marcio
Alves
A pergunta de
Cristo aos seus discípulos: “Quem dizes que eu sou?” – Deus perguntando a nós.
Seria mais
bem feita, se fosse feita da seguinte forma: “Quem eu sou que dizes?”. – nós
perguntando a nós.
Pois nossas
concepções de quem é Deus, passam pelo que, ou quem é eu (nós).
Para a
mulher salva do acidente, Deus é aquele que salva através do milagre.
Para a mãe
que perdeu o filho, Deus é aquele que impotente que chora a sua dor.
Para o
teólogo em sua torre de marfim, Deus é o déspota soberano até mesmo no sofrimento.
Ou seja,
Deus é aquele singular para o singular ser humano, mas não necessariamente.
Deus é muitos em si mesmo.
Pois as
concepções de Deus vão mudando conforme tempo, lugar circunstancia cultura e
experiência humana.
O que Deus
era para algumas gerações passadas, não é mais para a geração presente, e não
continuará sendo para a geração futura.
Não somente
o Cristo do cristianismo pode ser re-significado, como o Deus-Deus também o
pode, ou deve!
Mas desde
que, esta re-significação seja com o significado significador de cada individuo
de significar o significado do sentido de compreensão e sentir Deus singular
para o singular individuo. Deus
é o Deus de todos, para todos, em todos, mas sem ser o mesmo de todos, sendo
individual a sua compreensão do individuo, se mostra de varias maneiras, pois
são maneiras variadas de se enxergar o mesmo Deus variável sem deixar de Ser
Deus singular da singularidade de cada ser.
Deus deixa
de ser singularmente singular para singulares indivíduos, quando o singular indivíduo,
tenta prender a singularidade do outro, na sua visão singular de Deus.
Singularidade
só é singularidade, quando aprendemos a respeitar a singularidade de cada ser
de si ser singular na sua compreensão singular de Deus.
Se não
houver tolerância e abertura para outras compreensões dos outros indivíduos
compreendidos da sua própria compreensão de Deus, deixaremos de compreender o
grande mistério de Deus ser mesmo o que Ele é sem deixar de ser o que para o
ser humano Deus é: Variadas singularidades do mesmo Deus singular!
Escrito por
mim em 14/01/2010 e só agora publicado