domingo, 6 de julho de 2014

Gênio Indomável segundo a teoria comportamental


O filme fala da história de Will, um jovem com uma inteligência brilhante, adquirida através de aproximações sucessivas, primeiro quando criança aprendeu a ler, depois, dedicou muito tempo a ler diversos livros, como mostra no filme, para finalmente a fazer operações matemáticas complicadíssimas, porém, possuía um comportamento operante de agredir pessoas as quais não gostava, e por isto, foi preso várias vezes, inclusive chegou a bater (comportamento operante) em um policial.
 
Na sua infância foi criado em um orfanato, onde passou por vários tipos de violência física e abusos, ou seja, um ambiente hostil que acabou contribuindo em reforçar positivamente em Will, sua agressividade e violência. Este jovem trabalhava na faxina (comportamento operante), pois não aceitava trabalhar num emprego mais intelectual, tivera uma inteligência tão aguçada a ponto de superar até mesmo um professor de matemática na universidade.
 
O enigma seria decifrar um teorema que o professor desafiou seus alunos e somente o jovem Will conseguiu decifrar. Desde então, o professor Gerry foi a procura do jovem Will, chegando até aos tribunais no qual ele se encontrava diante do juiz respondendo mais um processo por agressão, onde desta vez teve, ao mesmo tempo, uma punição positiva ao ser condenado a ficar preso, e negativa, pois foi tirada a sua liberdade. No entanto Gerry foi até a prisão propor ao jovem que mediante a autorização do juíz, ele poderia sair da prisão se o mesmo ficasse sob sua tutela, conseguisse um emprego, e fosse avaliado por um terapeuta.
 
Will é claro acabou optando pelo acordo com o professor ao invés da prisão, e, isto foi para Will um reforço negativo, pois eliminou o estimulo aversivo da prisão.  Já para o professor que ajudou Will, acabou sendo para ele, professor, um reforço positivo, pois Will ajudava a decifrar seus teoremas e a formular suas aulas. Em relação à terapia, antes mesmo de passar com o terapeuta, pesquisava livros escritos pelos mesmos, para punir positivamente através de argumentos contrários e/ou zombando dos terapeutas, fazendo com que os mesmos desistissem de tratá-lo, conseguindo com isto, se esquivar do tratamento.  Mas por fim, um terapeuta não desistiu de tratá-lo, seu nome era Sean, amigo de Garry o qual indicou para tratar Will sua última esperança, que dizia que para tratar uma pessoa era necessário antes conquistar sua confiança.
 
E assim Sean foi, através da modelagem, ensinando novos comportamentos ao jovem, que na primeira consulta tentou de todas as formas, através da punição positiva, provocá-lo para que o terapeuta desistisse, mas diferente dos outros, Sean não mudou o seu comportamento operante de conversar, atendendo o jovem, onde fazia perguntas e o mesmo não respondia, criando resistência a extinção do seu comportamento operante de não falar. O terapeuta levou o para fora do consultório no jardim, onde falou um pouco sobre sua vida, reforçando positivamente o comportamento de prestar atenção do jovem.
 
Em outro encontro ambos ficaram em silêncio, Will não queria falar, então o terapeuta reforçou negativamente Will não falando nada também, ou seja, ao tirar sua fala, o terapeuta conseguiu reforçar Will a iniciar a conversar, pois não aguentou o silencio.  Mas aos poucos o terapeuta foi reforçando o comportamento de falar e se relacionar do jovem Will na terapia. Além disto, Will se condicionou, através da necessidade filogenética de amizades, mais a sua historia ontogenética, a um grupo de amigos, como se esses amigos fossem a sua própria família que o mesmo não tinha, e, este grupo de amigos também reforçava positivamente ainda mais o comportamento agressivo de Will, ajudando ele a agredir outras pessoas.
 
Em certa ocasião num bar com seus amigos conheceu uma garota chamada Scarlet, bonita, extrovertida e inteligente. Os dois começaram, através da aproximação sucessiva, de uma amizade a namorar, de beijos e caricias a ter relações sexuais, mas sem planos futuros. Quanto ao emprego, Gerry o selecionava para diversas entrevistas, mas Will recusava se esquivando de todas as propostas, pois era condicionado por um esquema de reforço continuo de sempre trabalhar como operário na obra junto com seus amigos.                                                                                                                                                      

Mas os dias foram passando, e Sean, através de esquema de reforçamento intermitente imposto por Gerry pela pressão de precisar dos relatórios para levar ao juiz, tentava explicar a Gerry que se pressionasse Will ele poderia ir embora (fuga) e não voltar mais, generalizando ainda mais o seu comportamento de não confiar em ninguém, por ter sido órfão e não ter amor de pai e mãe, abusado e espancado em sua infância, sendo assim punido negativamente, pois não teve pai e mãe, e punido positivamente, pois nos lares adotivos foi agredido.
 
E foi assim que Sean foi conquistando cada vez mais a confiança de Will, reforçando positivamente ao falar de sua esposa que já havia falecido, (filogenética) e, que a amava (filogenética) e que não pretendia se casar novamente, fazendo com que Will tivesse o comportamento operante de falar também sobre sua garota que foi embora e o amava, mas que ele preferiu não acompanhá-la, se esquivando, com medo (filogenética) de ser abandonado por ela. Em uma conversa profunda Sean mostrou a Will que tudo que aconteceu em sua vida não era sua culpa, e assim Will desabafou descarregando todas as suas emoções para o analista, que por sua vez conseguiu reforçar positivamente ainda mais, abraçando-o.                                                                                                                                              
Depois de tudo isso, Will teve o seu comportamento mudado resolvendo aceitar a proposta do emprego formal, mas depois mudou de ideia, por causa do comportamento respondente de precisar de amor e sexo de sua namorada, e foi atrás dela para viver ao seu lado.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Psicologia Clinica


 
O que é psicologia? Do que e como ela estuda? O que é propriamente um psicólogo clinico e qual é o seu campo de atuação? Essas e outras perguntas que vamos tentar responder a partir de agora, e, isto de uma forma bem breve e objetiva.
Segundo a doutora em psicologia clinica pela PUC/SP, Moraes (2003 p. 61) que buscou responder a primeira pergunta proposta: “o que é a psicologia?”, embasada principalmente em Foucault e Wundt, trouxe duas definições: A primeira derivada de Foucault é de que “(...) os impasses e contradições encontrados pela psicologia para definir-se como ciência devem ser tomados não como equívocos a serem superados, mas como positividades, como aquilo mesmo de que é feita a psicologia” (MORAES, 2003 p. 61), ou seja, não obstante a dificuldade de se definir o que é a psicologia, pois há inúmeras definições, há ainda, a problemática das contradições e erros próprios dos seres humanos, pois o objeto de estudo de que se vai ocupar a psicologia é justamente o homem.
Ser este que é marcado por um universo complexo, contraditório, ambíguo e subjetivo. Daí surgirem tantas teorias e vertentes dentro dessas mesmas teorias para tentar compreender e explicar o homem.
Então o objeto de estudo da psicologia é o homem. O problema básico deste objeto de estudo é sua complexidade e diversidade, e, portanto da impossibilidade de se exaurir todo conhecimento acerca deste objeto, se chegando a uma conclusão final, única e absoluta, como apontam em seus estudos Barros e Holanda (2007).
A segunda definição para “o que é a psicologia?”, ainda segundo Moraes, é encontrada em Wunt que “(....) definiu a psicologia como ciência intermediária, isto é, uma disciplina entre outras disciplinas”. (MORAES, 2003, p. 61) Isto não significa dizer apenas que a psicologia seja mais uma disciplina entre tantas outras disciplinas (embora ela seja), mas que ela é justamente marcada pelas relações com outros saberes científicos, como a biologia e a sociologia, por exemplo.
Sendo assim, a psicologia não pode ser apenas definida e limitada como estudo da mente, ou estudo do comportamento, embora alguns autores tenham definido assim, porque ela é muito abrangente e ilimitada. Sendo reduzida a apenas uma dentre tantas teorias, acaba por se torna empobrecida e apequenada.
Uma maneira de definir a psicologia, segundo Todorov, é como estudo de interações de organismo-ambiente, e neste sentido ele escreve dizendo:
“As interações organismo-ambiente têm, historicamente, caracterizado áreas da Psicologia, dependendo de quais subclasses de interações são consideradas. Ainda que uma divisão do meio ambiente em externo (o mundo-fora-da-pele) e interno (o mundo-dentro-da-pele) seja artificial, pois não tem que haver necessariamente dicotomia, a Psicologia evoluiu até o presente com áreas mais ou menos independentes especializadas em interações principalmente envolvendo o meio ambiente externo (psicofísica, por exemplo) ou com ênfase exclusiva no meio ambiente interno (abordagens psicodinâmicas da personalidade, por exemplo)”. (TODOROV, 2007 p. 58)
 Ou seja, ainda que seja imprescindível a fragmentação do estudo da psicologia para uma melhor compreensão e analise, não podemos negligenciar o entendimento de que as partes compõem um todo, estando elas mesmas interligadas e co-relacionadas, como por exemplo, o comportamento que não pode ser totalmente entendido se isolado o seu contexto físico e social, como também a questão da resposta singular que irá variar de sujeito para sujeito.
Então a psicologia com sua diversidade de teorias, são na maioria das vezes fragmentada, buscando entender aspectos das partes que compõe um todo do ser humano, mas que não podem cair no erro de se limitarem dando ênfase exclusiva a apenas uma destas partes, se esquecendo do todo.
Dentre os vários campos possíveis de atuação do psicólogo, está a clinica que é “(....) o estudo cientifico e de aplicação da psicologia para fins de compreensão, prevenção e alivio psicológico (.....) para promover o bem estar subjetivo e desenvolvimento pessoal”. (REDEPSICOLOGIA.COM, 2008)
Ela se inicia com um estudante de Wundt, chamado Lightner Witmer (1867-1956) quando o mesmo resolveu tratar um rapaz que tinha problemas com a ortografia. Este primeiro caso foi à mola propulsora para ele abrir uma clinica para dar continuidade ao trabalho de ajudar crianças com dificuldade de aprendizado.
Foi nesta época que Witmer criou o termo “psicologia clinica” que ele definia como um trabalho de observação e experimentação empírica com o objetivo de causar mudança.  (REDEPSICOLOGIA.COM, 2008)
Todo psicólogo clinico antes de atuar, precisa sempre avaliar o contexto e a natureza dos problemas, como também a situação a qual está inserido seu paciente, como; idade, tipo de personalidade, ambiente e cultura, inclusive também a motivação e duração da terapia e analise clinico.
Um dos problemas no inicio da carreira do psicólogo clinico é o que a psicóloga Tavora chama de “reconhecimento do eu”, que consiste basicamente na super-atenção dispensada do psicólogo consigo mesmo, ou seja, o psicólogo fica tão preocupado em saber se esta ou não se saindo bem, se sua postura de ouvir e até mesmo de falar estão corretas, que a atenção dada ao seu paciente fica comprometida. (TAVORA, 2002 p.7)
 
REFERENCIAS:
BARROS, F. de; HOLANDA, A. O aconselhamento psicológico e as possibilidades de uma (nova) clínica psicológica. Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. 13, n. 1, p.1-22, jun. 2007. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2011.
MORAES, M. Revista de Psicologia Unc: o que é a psicologia?, Niterói, v. 1, n. 2, p.59-63, 25 fev. 2003. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2011.
REDEPSICOLOGIA (Org.). Psicologia clinica. Portal Rede Psicologia, São Paulo, n. , p.1-9, 08 jun. 2008. Disponível em: . Acesso em: 13 mar. 2011.
TAVORA, M. T. Um modelo de supervisão clinica na formação do estudante de psicologia: A experiência da ufc. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 7, n. 1, p.1-13, jun. 2002. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2011.
TODOROV, J. C. A Psicologia como o Estudo de Interações. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 23, n. , p.57-61, 2007. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2011.
 
 

sexta-feira, 21 de março de 2014

"Não vim ao mundo só"





Não vim ao mundo só
Nasci grudado ao meu irmão
Cresci segurando sua mão
Não vim ao mundo só.

Nunca nos separamos
Apenas nos afastávamos
Mas de longe nos olhávamos
Não vim ao mundo só.

Se chorava ele estava ali
Como sombra ao meu lado
Ele sempre fora o culpado
Pois nunca nos separamos

Sempre quis que ele partisse
Para poder ser mais feliz
No fundo acho que nem eu quis
Já que não vim ao mundo só.

Hoje não posso despachá-lo
O carrego sobre os ombros
Como um fardo sobre o lombo
Atado por arames de aço

Fui parido com meu irmão
Aceitei-o a muito custo
E para não ser injusto
Hoje o quero ao meu lado

Dominei-o já na velhice
Ignorá-lo é engano ledo
Pois não vim ao mundo só
Nascemos eu e o medo.

Edson Moura

terça-feira, 11 de março de 2014

Alguns rabiscos sobre a teoria de Freud


Marcio Alves
 
Quero compartilhar alguns rabiscos meus freudianos, baseado nas concepções teóricas fundamentais psicanalíticas de Sigmund Freud, visando trazer um resumo bem objetivo, pratico e esclarecedor de suas principais teorias.
 
Freud vê todos os indivíduos como uma natureza humana inata que o determina, vivendo sempre na tensão constante entre as exigências dos impulsos instintivos versus a realidade social que cobra comportamentos adequados na relação e interação social. Desenvolveu sua mais importante teoria sobre o inconsciente que é o que marca, distinguindo a psicanálise das demais teorias psicológicas. Dando ênfase também no desenvolvimento psicossexual infantil, sendo estes dois conceitos os principais na teoria psicanalítica freudiana.
 
Segundo a visão Freudiana, o ser humano é possuidor de uma natureza inata que é determinada e regida pelas pulsões de morte e vida, que seriam os impulsos sexuais, presente como energia vital desde o nascimento, e os impulsos agressivos, mais a experiência de vida de cada sujeito, desenvolvida ao longo da infância, onde se dá o complexo de Édipo – onde a criança desenvolve um vivo sentimento de afeição pelo genitor do sexo oposto e grande inimizade pelo do próprio sexo, a quem deseja eliminar como a um rival, isto tudo inconscientemente.
 
Para Freud o mundo é civilizado através de leis que governam os relacionamentos humanos, contrapondo a natureza instintiva animal do homem, que por viver em sociedade aprende internalizando estas leis e proibições, de como se deve comportar, gerando assim um mal estar e conflito no homem, já que há um abismo existente entre as demandas dos próprios impulsos, agressivos e sexuais, advindos de sua natureza com as do meio social.
O aparelho psíquico do homem foi divido por Freud em duas tópicas, chamadas de topográfica e estrutural. Na primeira, a topográfica, o consciente, pré-consciente e inconsciente. Já na segunda, a estrutural, o id, ego e superego.
 
A diferença básica entre consciente, pré-consciente e inconsciente é que consciente é a parte psíquica de nosso aparelho que recebe os dados, organizando-os, do mundo externo e interno do sujeito, constituindo uma pequena parcela da mente. Já o pré-consciente situa-se no meio, entre o consciente e o inconsciente, e, refere-se aos nossos pensamentos e lembranças que não são conscientes em um primeiro momento, numa dada circunstancia, mas que podem ser evocados ou chegarem de maneira espontânea e livre a consciência. E por ultimo, o sistema inconsciente, que foi a grande e revolucionaria descoberta de Freud, o conceito mais fundamental da psicanálise, que consiste na maior parte da vida psíquica, onde se localiza as principais idéias, que são as representações de impulsos, que foram reprimidas, que o sujeito não tem acesso consciente, porém, vale lembra que não foram esquecidas, e tão pouco ainda perdidas, e que tem enorme influencia na vida consciente.
Já o aparelho psíquico estrutural é formado pelo id, que é totalmente inconsciente, instintivo e regido pelo principio do prazer buscando a satisfação a qualquer custo, sua relação geralmente é muito conflituosa com o ego que sempre regido pelo superego, busca uma forma mediadora na realidade de, às vezes, satisfazer de maneira permitida, outras vezes de inibir ou reprimir, os anseios do id sem desobedecer às leis impostas pela sociedade que são justamente internalizadas pelo superego.
A psicanálise freudiana é uma das mais importantes teorias sobre o funcionamento do aparelho psíquico, como também compreensão do mundo e da natureza humana, contribuindo de maneira enriquecedora para a psicologia, no trabalho de compreender e ajudar o ser humano em seus conflitos internos e externos.

 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

Freud, S. – O mal-estar na civilização, Vol. XXI, Rio de Janeiro: Imago, Ed. Standard Brasileira das Obras Completas, 1974, p. 81-171.

Freud, S. (1923) O ego e o id. Trad. sob direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.19, p.13-80. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.

Freud, S. (1915) O inconsciente. In___ Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad. sob direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.14, p.183-202.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Minha vida minha existência meu sentido


Por: Marcio Alves
"...sei que mesmo que para alguns não tenha valor ou utilidade o que escrevo e digo, para outros é importante e é por esses que continuo no caminho de ajudar através dos meus textos..."
O sentido da existência só pode ser dado depois de ser vivido é assim que vivo e por assim viver é assim que penso, pois só sabemos que vivemos uma vida plena quando olhamos para o passado e somos gratos a ele por ter nos trazido até aqui e feito de nós sermos o que somos ao mesmo tempo em que olhando para o futuro desejando continuar sendo e tendo o que somos e o que vivemos.
"As circunstancias mudam, o tempo muda, os valores mudam"
A essência da minha vida é repensar tudo que leio, vejo, sinto, penso e vivo, compartilhando através da escrita, emprestando meus olhos e coração, para todas as pessoas que me leem e ouve. Minha historia é essa e meu destino é continuar essa historia – nas palavras de Nietzsche “torna-te quem tu és”.
"Hoje entendo que minha vida é incompleta sem o outro, que a essência é compartilhar com e para o outro minhas experiências e pensamentos"
Vivi minha vida inteira – e até recentemente há 3 anos atrás – na igreja, onde tudo em mim e em torno de mim girava em falar (pregar) aos crentes e a todos quantos tivessem disponíveis para ouvir a mensagem cristã através da minha voz, ou seja, o sentido da minha historia é repensar tudo para depois passar para as pessoas o que pensei, tanto em forma oral quanto escrita, tendo como maior proposito o provocar reflexões. O que significa dizer que hoje troquei a mensagem evangélica pela mensagem filosófica e psicológica, mas, no entanto, continuo falando e escrevendo para as pessoas.
"...quero voltar novamente a ver no rosto e no olhar das pessoas aquele mesmo brilho de sentido que elas manifestavam com minha oratória..."
Essa foi, e é, e desejo que continue sendo minha essência, meu sentido, meu caminho: antes usava a religião cristã, hoje uso a psicologia, antes escrevia no orkut, depois blog, agora no facebook, e no futuro desejo escrever livros e teses. Antes pregava na igreja, hoje falo para auditórios em apresentação de trabalhos acadêmicos, no futuro quero ser professor e palestrante.
"...ter consciência, aceitar e usar seu lado “negro”, “oculto” e “mal” ao seu favor é uma forma de se tornar um ser humano completo, sábio e maduro: negar é viver infantilizado, fraco e incompleto. É desconhecer a si mesmo, não se aceitar inteiramente, recusar não ser totalmente você mesmo. É viver as próprias margens da sua própria existência."
Perceba que na essência não mudei. Meu caminho é o mesmo só mudou meu jeito de caminhar e de ver a paisagem no percurso do caminho. Desejo ainda continuar uma vida que seja de doação para o outro, tenho prazer e sentido em me dar para outro. Claro que não me iludo, sei que no fundo, lá no meu inconsciente consciente tenho como pano de fundo o desejo narcisista de ser ouvido, de ser reconhecido, aplaudido, de ver que minha vida faz sentido para o outro, que é importante, que gera diferença que faz a diferença.
"O sentido da existência só pode ser dado depois de ser vivido..."
Mas penso que ter consciência, aceitar e usar seu lado “negro”, “oculto” e “mal” ao seu favor é uma forma de se tornar um ser humano completo, sábio e maduro: negar é viver infantilizado, fraco e incompleto. É desconhecer a si mesmo, não se aceitar inteiramente, recusar não ser totalmente você mesmo. É viver as próprias margens da sua própria existência.
"...só sabemos que vivemos uma vida plena quando olhamos para o passado e somos gratos a ele por ter nos trazido até aqui..."
Hoje entendo que minha vida é incompleta sem o outro, que a essência é compartilhar com e para o outro minhas experiências e pensamentos, sei que mesmo que para alguns não tenha valor ou utilidade o que escrevo e digo, para outros é importante e é por esses que continuo no caminho de ajudar através dos meus textos, frases, pensamentos, do meu compartilhar experiências, e futuramente, através do discurso quero voltar novamente a ver no rosto e no olhar das pessoas aquele mesmo brilho de sentido que elas manifestavam com minha oratória.
"...emprestando meus olhos e coração, para todas as pessoas que me leem e ouve..."
As circunstancias mudam, o tempo muda, os valores mudam, mas o caminho continua sendo o mesmo caminho, o mesmo processo de escrever minha historia, meu destino, minha vida e isso duplamente: tanto na vida como literalmente na escrita, pois afinal, todo escrito é autobiográfico, falamos mais de nós mesmos do que do outro embora seja para e por causa do outro.
 
"...hoje troquei a mensagem evangélica pela mensagem filosófica e psicológica..."
Para ler minhas frases no facebook acesse e add no link: https://www.facebook.com/marcio.alves.98837
 
 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A arte de se fazer entender



Por Edson Moura

Hoje tudo tem um ar diferente em minha vida. Hoje escolhi o que quero fazer para o resto dela. Interessante como mudamos de opinião, aliás, digo mais, a pessoa que não revê suas opiniões de tempos em tempos, está fadado à infelicidade. Já quis ser garçom. Também já quis ser sommelier... fui os dois. Já quis ser motorista já quis ser gerente...os dois também fui. Já quis ser pai, assim como quis ser também um bom filho... dizem que tive sucesso em ambos os casos. Hoje quero ser outra coisa, bem diferente de tudo aquilo que sempre quis ser. Quero ser justo.

Quero “vestir aquela roupa de super-herói” lutar contra tudo e contra todos os que oprimem os inocentes, os desfavorecidos de conhecimentos específicos, os incultos, os sofredores. Quero ser advogado, quero ser juiz, quero ser delegado de polícia, funções estas que têm como principal fundamento, o dever de ser justo.

Quero entender aquilo que as pessoas não conseguem verbalizar, quero ser seu tradutor para as manifestações mais particulares, mais intimas e mais dolorosas. Aquelas dores que jamais podem ser verbalizadas, pois toda vez que tentamos fazer isso, uma força devastadora, mundialmente conhecida como “lágrimas”, tomam à frente das palavras, e por mais que tentemos tomar fôlego, nada impede que nossa voz se embargue e que os soluços tornem impronunciáveis até as frases mais curtas como; “está doendo muito!”

A arte de comunicar é intrínseca ao advogado. Pois é por meio de sua retórica que os jurados serão tocados profundamente. O advogado é o artista de teatro mais eficaz de todos. Não há sequências de gravação, não há recortes, não há regravação de cenas para que possam ser melhoradas. O improviso impera no seio dos tribunais do júri. É necessário que cada palavra pronunciada por um advogado, seja como uma fecha certeira nos corações dos jurados e dos juízes. É preciso mostrar que aquela dor intraduzível de um réu ou de acusador, pode ser a dor de qualquer um deles.

Não é preciso mostrar a imagem de uma mãe chorando sobre o caixão de um filho morto. Basta mostrar esta mesma mãe arrumando a cama do mesmo, e fazê-los entender que nunca mais se deitará sobre ela o filho que já não há. Não é necessário uma narração dos fatos, que contenham ideias de terror, de "hediondez" ou de requintes de crueldade. Basta tornar possível que os outros se imaginem no lugar do pai, irmão, ou amigo que nunca mais poderá dizer ao ente perdido: “eu te amo”. Tudo isso se faz com palavras. E quando eu digo “mostrar uma imagem”, não estou falando de uma imagem literal, mas sim de uma imagem mental. Uma cena criada no cerne da mente daquele que tenta se colocar no lugar do outro.

É isso que faz um advogado. Ele tem o poder de transportar seus ouvintes, de sua zona de conforto, para o cume de uma montanha, de onde ele, ali, isolado em seus pensamentos, possa ter uma visão mais clara daquele universo que por vezes lhe é alheio. É preciso causar dor, para que a justiça seja feita, porque do contrário, o que veremos é uma enxurrada de palavras técnicas, totalmente estéreis, sem o mínimo poder de persuasão. Palavras estas que não farão ninguém chorar, na melhor das hipóteses, só os farão...cochilar, demonstrando assim o quão ausente está de suas palavras, a arte de se fazer entender.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O que faço com as notas do Enem 2013?

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Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 devem ser divulgados nos dias 3 ou 4 de janeiro de 2014 (sexta ou sábado), segundo o Ministério da Educação (MEC). Na segunda-feira, 6, começam as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para as vagas do primeiro semestre de 2014.

A pasta divulgou nesta segunda-feira, 30, o cronograma do Sisu e confirmou a divulgação do resultado do Enem. Para concorrer a uma vaga em instituição pública de ensino superior pelo Sisu, é preciso ter feito a última edição do Enem e não ter zerado a redação. O número de vagas será divulgado na abertura do processo de inscrição.

Resultado do Enem 2013