Ou será que nós de forma “covarde’, tentamos associar aquilo que fora dito a mais de 3.000 anos, aos nossos dias? É desesperador ver a “ginástica” feita hoje por alguns pregadores para aplicar em nossas vidas, preceitos Mosaicos...e totalmente fora da realidade na qual vivemos...tanto política...moral...como sócio-cultural.
Um tema teológico muito característico no livro de Deuteronômio é o da retribuição: bênçãos para a obediência, punição para o declínio moral e espiritual. A ideologia da retribuição divina pelo pecado é abalada, por incrível que pareça, nos próprios profetas. A interpretação teológica feita pelos profetas da história de Israel, em grande parte baseada no conjunto de ideias do livro de Deuteronômio, utiliza idéia de retribuição divina para explicar o sofrimento de Israel e de Judá.
“No entanto acredito que essa teoria foi criada para se adaptar aos fatos por meio do uso habilidoso da retórica. A retórica profética é criada para fazer as contingências da história humana parecerem necessidades divinas”. O propósito dos profetas não é apenas avisar o povo sobre o desastre eminente...até porque isso poderia ser determinado pela simples observação da situação política, mas eles queriam sim, fornecer uma justificativa teológica para o exílio de Israel. O dom deles era o de contar a história de tal forma que a queda de Israel pareça inevitável, tendo como pressuposto o caráter de Deus e a corrupção espiritual do povo. Não podemos nos deixar levar pela força da retórica dos escritores bíblicos.
O fato de até mesmo , e arrisco dizer...PRINCIPALMENTE leitores modernos da Bíblia estarem inclinados a falar como se isso fosse óbvio, representa um tributo à habilidade retórica dos profetas clássicos.
O que sobra do texto bíblico depois de sua desconstrução? A resposta é simples:
Sua retórica...seu poder de persuadir além dos limites do raciocínio puro...sua capacidade de provocar seus leitores para que desejem seu sucesso até mesmo além de seu merecimento. E desta forma, a geração de crentes “moderna”, está cada vez mais presa àquilo que “está escrito”....mas esquecem-se que estas mesmas profecias antigas, ainda são usadas hoje para manipular os mais indoutos, angariando assim, mais e mais ovelhas, prontas para serem “tosquiadas” (quem lê entenda), bem diferente do caráter nobre com que os antigos profetas também manipulavam as escrituras.
Devemos ler as Escrituras, não para interpretar o mundo de maneira diferente, mas sim para mudá-lo, e até mesmo mudar-nos. O nosso ponto de partida para a interpretação da bíblica deve ser a situação dos pobres e dos oprimidos. Aquilo que a Bíblia significa parece diferente quando lemos no contexto do gueto, e não da universidade. A Bíblia na perspectiva dos pobres, favorece a aplicação...e não da explanação.
Se a Bíblia representa de fato a ideologia divina, ela não precisa ser considerada opressiva ou contrária à ética. Essa confusão não é inocente, pois é o meio pelo qual os poderosos (Clero) trafegam para impor seus sistemas de valores sobre os outros. A ideologia legitima o controle da classe dominante fazendo com que suas ideias e valores pareçam naturais, justos e universais. Assim, uma maneira de desfazer a Bíblia é expor suas ideias como historicamente condicionadas pelas lutas sociopolíticas do passado. Na pratica, a distinção entre USAR e INTERPRETAR a Bíblia é com freqüência difícil de ser traçada. Ainda assim a distinção parece fundamental. Por isso nos libertamos das amarras e optamos por pensar fora da gaiola...e acreditem...estou mais feliz agora que não vejo mais as Escrituras com os olhos da emoção e sim com os olhos da razão.
Edson Moura
Se o carissimo estiver pesquisando como as escrituras são pervertidas, principalmente com relação as práticas sem sentido do VT. visite o site http://www.melodia.com.br/novo/pages/podcast.php?canal=98 e ouça o DEBATE SOBRE JEJUM datado de 24/03/2010. Vou logo avisando, vai ouvir cada pérola, principalmente de um Pr. Marcos (um judeu messianico) que tem uma igreja na Barra da Tijuca, Rio.
ResponderExcluirAinda bem que haviam dois outros pastores para negar muitas afirmações distorcidas sem a menor explicação. Ouça, vai ser uma ótima oportunidade de conhecer as mentes gospels ligadas ao remendo novo em vestido velho.
Edson
ResponderExcluirHá muito tempo - talvez desde criança - que me causa um forte incômodo um tipo de lógica que só o crente usa e que também só se aplica as Escrituras. É aquela coisa de se "metaforizar" tudo. Pegar frases que em seu contexto original queriam dizer uma coisa e usá-las para se encaixar em uma situação completamente distinta.
Outra coisa é o fato de que os eventos que ocorreram aos hebreus tinham que ser encaixados tologicamente de alguma maneira. Assim, ora Deus tinha que ser vingativo, ora tinha que ser bonzinho e se arrepender. Ora ele retribuia a bondade, ora mandava exterminar povos inteiros (isso que é bipolaridade, não, Mestre Levi?).
Sabe que ultimamente - e espero que eu continue assim - eu tenho visto "a Bíblia" como sendo "o Jesus". Ele é a essência bíblica. O que de bom há nas Escrituras está condensado nas palavras e nas atitudes do Cristo. Realmente, não me importo mais com versículos, escritores bíblicos e outros detalhes, mas sim com "qual a opinião de Jesus a cerca deste assunto?".
Um forte abraço.
Edson, as "interpretações vetero-testamentárias" as quais vemos se derramar nos meios evangélicos é fruto da crença sobre a "inspiração da Bíblia". A maioria ainda utiliza as lentes da hermenêutica conservadora e fria na leitura dos textos judaicos chamados de Antigo Testamento.
ResponderExcluirO fato é que a hermeneutica praticamente se desfaz perante os atos e palavras de Jesus e de como ele aplicava os antigos textos na prática da vida, ou seja, na realidade da dura vida humana sobre a qual ele se fez carne.
Enquanto houver esse gosto mórbido pela retórica, haverá quem se esmere ainda mais nesta arte e continue desfigurando o verdadeiro sentido profético, histórico e evangélico do texto bíblico, os quais favorecem os desprovidos, pobres, desumanizados e fracos.
Abraço
Edinho, edinho...ou deveria dizer noreda? ou noredson? rsss
ResponderExcluirTexto absurdamente bem escrito. Você conseguiu sintetizar em poucos parágrafos temas teológicos que podem dar páginas e páginas de discussão.
Está claro para mim, que a Bíblia não é a palavra de deus, e sim, a palavra de homens sobre o seu deus.
Gosto muito de ler os profetas. São em minha opinião os livros mais densos teologicamente falando da bíblia.
O profeta em Israel é um leitor do seu tempo pela ótica religiosa e sociológica do seu povo. Ele "manipula" os dados da realidade para adequá-los à dinâmica da relação Javé-Israel.
Isso não quer dizer fraude, quer dizer apenas que é assim e só assim que o homem pode interpretar o seu mundo a partir da sua fé.
Se você não teve tempo de ler minha postagem sobre Jó, dá uma lida, pois eu trato exatamente da teologia da retribuição.
abração meu amigo teólogo
Faltou dizer...
ResponderExcluirEm relação ao AT e sua importância para Jesus e para os primeiros discípulos judeus e posteriormente aos discípulos judeus helenistas (p.ex, Paulo) e ainda pelos pagãos convertidos ao judaísmo (provavelmente, Lucas), é um tema para mim bem instigante. Tenho estudado muito esse tema, e breve vou começar a escrever sobre isso e trazer toda a Confraria e demais amigos para a discussão.
Prezado NorEdson
ResponderExcluirParabéns pelo profundo texto.
O Velho Testamento é a história de um povo, seus profetas, seus políticos e suas relações íntimas com Jeová, no espaço e no tempo.
Um Povo guerreiro em luta pela terra, só podia crer numa divindade, tipo Deus dos exércitos. Quando esse povo cansou enfim das guerras contra o inimigo externo,e, sob o peso da servidão Romana, voltou-se para dentro de si, encontrou Deus dentro de si próprio, através daquele que dizia categoricamente que o Reino de Deus estava dentro do homem.
Com Cristo, a luta do homem não é mais a luta por possessão de terra e por poder político(no âmbito do TER), mas agora no âmbito do SER. SER esse que só aparece às custas do esvaziamento do TER.
É por isso que se diz: que o cristianismo (não o de Paulo)começou com o luto do Deus dos Exércitos.
Abçs,
Levi B. Santos
É isso aí Isaías, Jesus é a chave hermenêutica da Bíblia. Tire-nos Ele...que não teremos mais nada para crer.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Oséias, concordo plenamente com você, a grande singularidade de Jesus na minha opinião, era sua capacidade de fazer as pessoas pensarem...de estimular debates internos.
ResponderExcluirJesus era especialista em não dar respostas prontas, mas em usar a arte da dúvida. Uma de suas características mais marcantes era que sempre dava respostas...fazendo perguntas.
Nunca na história alguem provocou...tão positivamente o psiquismo humano. Uma pena que as religiões não estudaram o homem Jesus, do ponto de vista psicológico, sociólógico e pedagógico.
Abraço irmão!
Levi, é justamente isso que a maiora dos homens não entende hoje. A nossa capacidade evolutiva...nos leva a "re-pensar" tudo que passou. O ser humano moderno deveria entender que somente possuir o fenômeno da piscoadaptação, não é suficiente. Se quisermos de de fato resilientes diante dos estímulos estressantes...devemos enriquecer esta capacidade.
ResponderExcluirAdorei esta sua frase:"Com Cristo, a luta do homem não é mais a luta por possessão de terra e por poder político(no âmbito do TER), mas agora no âmbito do SER. SER esse que só aparece às custas do esvaziamento do TER".
Os antigos tinham algum tempo livre...e certamente não o disperdiçavam como nós, acredito que o tempo deles era, pelos padrões de hoje, uma luta repleta de perigos. Mesmo assim com um tempo livre se tornava possível parar para sentir o perfume das flores...a filosofia naturalmente se originou. O período de descanso não contava com video games...sala de bate papo na internet eoutors atrativos modernos. Os indivíduos pensavam e experimentavam, e a mente humana o "EU" continuou a se expandir e crescer.
Impossível querermos retroceder aos primórdios...ao contrário, devemos prosseguir neste camoinhada exponêncial rumo incerto...mas necessário.
Valeu Levi!
Eduardo, vou ler sim o seu texto.
ResponderExcluirDe fato, este tema dá muito pano-pra-manga, e espero escrever um pouco mais sobre essa temática.
O mal Edu, é quando dizemos que não "cremos" na Bíblia...já sabe né? As represálias são inevitáveis...o látego certamente irá encontrar uma carne para dardejar.
Concordo quando diz que a Bíblia é um livro do homem para Deus. Continuemos então, nessa tentativa de explicar experiências humanas, ou pelo menos postular questões pertinentes.
Se você topar, a gente adentra nos assuntos da influência helênica no Judaísmo-cristianismo, é sempre bom aprender com você.
Abração Dudu!
Gilson, vou sim, ler os textos que me recomendou, espero que seja tudo isso que me falou. rssss
ResponderExcluirAbraço irmão e valeu pelo comentário!
Fala meu mano Edson
ResponderExcluirA bíblia é um conjunto de livros que expressam as experienciais vividas dos homens com deus, neste caso com os seus entendimentos subjetivos de deus.
Como bem e acertadamente disse o Levi, isto aqui não é uma postagem, antes um verdadeiro estudo!
Abraços
Edinho, meu pretinho...rs..
ResponderExcluirParabéns pela postagem!!
Adorei este fragmento:
"Devemos ler as Escrituras, não para interpretar o mundo de maneira diferente, mas sim para mudá-lo, e até mesmo mudar-nos".
Muitos homens tem vivido em função da Bíblia...mas a Bíblia foi feita em função do homem...
A Bíblia deve ser aplicada na realidade atual...e nós, temos por obrigação não ficar preso há 3000 anos atrás.....mas sim adaptar os nossos conhecimentos teológicos, para os dias atuais...e ver quais são os verdadeiros princípios e fundamentos da sagrada palavra.
Beijos!!
Muita paz no seu coração!!
Edson, parabéns pela corajosa iniciativa.
ResponderExcluirSinceramente acho que seria cair no mesmo engodo em que muitos conservadores tem caído, seja, o de não observar através de fontes confiáveis, a mentalidade e o imaginário do homem arcaico. No A.T, tanto em Israel como entre os demais povos, trabalhava-se com os arquétipos ideais, também conhecidos como mythos.
Um erro crasso é descartar todo o conteúdo mítico veterotestamentário, pelo simples fato de não corresponder à razão hiper-moderna.
Acho que, não é que não caiba na razão tais praticas e crenças como as do Pentateuco por exemplo, mas sim, que o homem hiper-moderno é que não fez seu dever de casa e se recusa a reler esses documentos procurando neles uma verdade maior que só poderia ser expressa através dos simbolos presentes na tradição e no cotidiano do homem arcaico.
Quando falo em fonte confiável penso em Richard Senett com seu maravilhoso livro "Carne e Pedra", o Mircea Eliade com "Aspectos do Mito", A Karen Armstrong em seu "Uma história de Deus", que para começar são boas referências no assunto.
Você tocou num ponto interessante, porém acho que ainda lhe falta se embasar em referência de peso, como estes que indiquei acima, senão em outros ambientes não te darão crédito.
Acrescento que se você começar por estas leituras, irá rever até mesmo algumas posturas resgistradas em teu texto, que são nitidamente expressão do calor das emoções, que são pouco racionais; que é como você quer que reconheçam tua escrita.
Abç,
Alex.
Alex meu amigo...obrigado por participar e contribuir nesta postagem!
ResponderExcluirDe fato você tem razão...alguns de meus pensamentos ainda são frágeis diante de muito do já se escreveu sobre o tema! A ousadia é uma forma de dominarmos medos psiquicos...e desse mal você já perceu que não sofro.rsss
Quero explicar a todos como leio hoje as Escrituras:
Imaginem um quadro...e neste quadro estão desenhados de forma belíssima umas montanhas, mares, flores, nuvens e pássaros.
Vejo tudo em uma fração de segundos...absorvo tudo em apenas uma olhada rápida. Mas quando vou escrever...por mais que eu me esforce, não conseguirei expressar todas as sensações que tive ao olhá-lo. Posso dizer que a imagem do quadro com toda sua estética é o pensamento antidialético. A descrição da imagem é o pensamento dialético...mas somente a tinta, que nas mãos de um artista talentoso, conseguiu chamar minha atenção...é o pensamento essencial.A imagem do quadro é mais complexa do que a descrição de milharess de seus detalhes.Reconheçe assim minhas limitações para expor minhas idéias.
Ainda sou novo..e tenho garimpado em muitos de vocês, inclusive em você Alex, meus pensamentos. Espero evoluir em meus conhecimentos e sei que muitas vezes o caminho será perigoso, pois botar em cheque pensamentos "engessados" é arriscado.
Por isso meu amigo, uso a arte da dúvidapara questionar verdades absolutas e paradigmas rígidos. Tento superar o conformismo religioso e o medo de ousar...e procuro coragem para percorrer caminhos que são muitas vezes evitados. Tento desengessar minha mente e contruir um raciocínio histórico-social, histórico-psiquico, existencial e esquemático.
Certamente... errarei muito, reverei muitos conceitos...e espero não cair no erro de não aceitar opiniões...estou sempre aberto a reformulações de pensamentos.
Obrigado pela dica dos livros...tenha certeza...vou lê-los!
Abraços Alex.
Ps. Ví suas obras..e achei fantásticas!
Valeu Marcio!rsss
ResponderExcluirPaulinha minha Flor! Vejo que você tem se mostrado resiliente às propostas de nossos textos (de todos da confraria), consegue absorver nossos indigestos artigos...e ainda assim manter sua coerência de pensamentos.
ResponderExcluirMas você sabe que eu sou um grande questionador né? Muitos pensam que só o Marcio é o perguntador compulsivo...engano...eu pergunto mais do que ele até!rsss
Como professora, você sabe que: se um aluno, não aprende a questionar seu professor, o conhecimento que lhe é transmitido e nem muito menos o que o produziu...e como produziu, terá grandes chances de se tornar um mero repetidor de idéias.
É isso que faço com as Escrituras também. Questiono absolutamente tudo, mas não somente com o intuito de refutar...mas com a esperança de compreender.
Eu e meu sócio Marcio aprendemos a instigar as pessoas a expressar seus pensamentos...provocamos para sermos questionados mesmo, temos muita intimidade com a dúvida (oh se temos!rsss). Aprendemos a EXPOR e não IMPOR nossas idéias, jamais consideramos nossos paradigmas, conceitos, opiniões e idéias como verdades absolutas, e mais importante...damos o direito de todos quanto quiserem, confrontar nossas "teorias".
Beijão pretinha!
Meu querido Edson; (estou com saudades)
ResponderExcluirMuito bom seu texto.
Aprendi que toda e qualquer filosofia ou teologia que não faça mudar o individuo, ou seja, mudar as minhas atitudes, a forma de pensar e ver o mundo; È pura vaidade.
Temos que ser impulsionados a viver de forma que não sejamos melhores para nós mesmos, mas de forma que venhamos ser melhores para quem está ao nosso lado. Em sintese; Se quisermos ser melhores, então sejamos, melhores filhos, melhores pais, melhores esposos, melhores amigos, melhores irmãos.
Parece poesia, parece utopia. Mas esta é a teologia da vida.
Edson,
ResponderExcluirSua postura é realmente de alguém que quer chegar lá, admiro seu gesto.
Qualquer coisa tamos aí irmão.
Abç,
Alex.
Obrigado Alex! É bom saber que pessoas como você estarão sempre por aí para me fazer pensar um pouco mais!
ResponderExcluirAbração amigo!
Jair meu menino! Saudades de você também...espero logo mais poder abraçar-lhe e conversar um pouco com você!
ResponderExcluirEsta semana ainda estou um pouco corrido pois como sabe, retomo os estudos e o tempo agora ficou curto!
Mas provavelmente não trabalharei mais aos sábados...que tal marcarmos um dia para irmos lá em campinas...Eu você e o Marcio?
Vamos tomar café na casa do Gresder e depois vamos almoçar na casa do J. Lima rss.
Talvez neste feriado quem sabe!
Abraço!
Muito bom o seu texto Ed.
ResponderExcluirFiquei sem palavras, e é a primeira vez que acontece isso, rsrsrs.
Gostei da frase "Devemos ler as Escrituras, não para interpretar o mundo de maneira diferente, mas sim para mudá-lo, e até mesmo mudar-nos".
E acho que não sou o unico.
Temos que mudar esse mundo que está em um mar de loucuras.
"Um certo dia fui ao hospício e perguntei ao Louco - por que ele estaria lá.
Ele me disse que o maior motivo é o sistema familiar, escolar e amigaveis que forçavam ele a ser o que ele não queria ser.
Depois ele virou para mim e peguntou: - Você também mora aqui? Eu falei que era apenas um visitante.
Ele disse: "Ah, o senhor é um daqueles que vivem no hospício do outro lado do muro".
Abraços amigão, e fala pro Marcio que postei no comentario dele, "o anterior", mais não sei o motivo porque não gravou.
Hubner Braz
http://hubnerbraz.blogspot.com/
Caro Edson Moura, quero propor que traga o seguinte tema para debate: JEJUM. Se é doutrina bíblica ou costume denominacional?
ResponderExcluirServe pra que? Jesus ordenou fazer? Planejou fazê-lo no deserto (ao ser tentado pelo diabo)? Também Moises no monte? Isto é para imitar-mos? Jejum santifica ou nos torna mais crentes ou mais agradáveis a Deus? Serve como preparação para expulsar demonios? Etc.