“Eu busco compreende-lo sem ouvi-lo...e tenho certeza que Ele me ouve sem escutar-me”. Pouco a pouco eu resgatei a minha fé em Deus, fazendo uso apenas da minha razão. Comecei a ver a assinatura do criador no delírio de um psicótico, no desespero de um deprimido, no perfume de uma flor ou no sorriso de uma criança.
Uma alma de poeta é a chave para a fuga do “casulo”...para o soerguimento dentre as ruínas. Faço das minhas perdas uma lâmina cortante para lapidar minha inteligência...coisa rara hoje em dia na sociedade moderna. A observação do mundo me conduziu a um caminho que inicialmente julguei demasiado perigoso, mas ao passarem-se os anos e as experiências, compreendi que uma luz muito mais sublime brilhara na minha existência.
Pensamentos psicanalíticos de um certo Levi Bronzeado ajudaram-me a deglutir algumas dúvidas massacrantes acerca do “eu” dentro de mim...vi ali a assinatura do Criador!
Uma admiração quase idolátrica por símbolos e mitos, forjada em fogo alto na consciência de um marinheiro chamado Eduardo Medeiros, levaram-me a enxergar além do “meu” cristianismo e contemplar a fé de outros povos...passando assim a entender que: “Aquilo que eles buscam, nada mais é do que aquilo que eu quero encontrar”...Veja ali a assinatura do Criador!
Pensamentos “pensantes”, totalmente racionais e raciocináveis, fluídos do interior do ser em “si” de um jovem prolixo chamado Marcio Alves, levaram-me ao método “metódico” de: “Ler...questionar e debater tudo aquilo que julgo dúbio ou até mesmo dogmático”...descobrindo assim, que, mesmo na dúvida, existe uma assinatura criadora de um Ser Criador, de tudo que fora criado.
Na liberdade sexual de um jovem homossexual apaixonado pela vida, conhecido como Isaías Medeiros, eu pude aproximar-me de algo que julgava imoral, e hoje, vejo apenas como algo passional. Nessa alegria de viver o que se é, eu pude entender que: “ A vida é uma só...única e singular”...não podendo de maneira alguma sufocar o desejo natural de apenas desejar ser feliz. Encontrei neste comportamento julgado por muitos “anti-natural”, a natureza Criadora de um Deus compreensivo.
Por que julgam-me incrédulo!? Quando na verdade eu creio na existência de um Criador de todas as coisas?
Na probabilidade matemática de se encontrar um amor à 110 Km de distância de sua cidade...uma menina que lê o que escrevo, me enxergou em meio às minhas supostas “heresias”...me amou pelo que sou. Vejo na Ana Paula evangélica “sem igreja”...a assinatura do Criador.
Pensamentos subjetivos...ironías...sarcasmo...fábulas a-religiosas. Nesses complexos mas belíssimos textos de um menino auto-didata, eu aprendi a fantasiar aquilo que só os “loucos” ousam fazer. “Coloquei a palavra na altura do homem e depois coloquei o homem acima do “livro”...um presente do homem para o Criador, isso é o que é, aquele livro que o homem chama de presente do Criador para a criatura. “Na assinatura do Esdras, eu vi o Criador endossar a minha liberdade”.
Deixem-me crer que o Criador existe...mesmo que a “fé” não seja o instrumento utilizado para tal feito!
Todos nós temos riquíssimas histórias, porém, elas passam despercebidas pelos preconceituosos olhares dos passantes. Observemos então, que muitos caminham por Avenidas do seu passado, com roupas rasgadas, corações despedaçados, feridas abertas...enfim, uma histórias de segredos que fora reconstruída e tornou-se uma bela poesia...”A poesia de encontrar marcas de um Criador, mesmo em meio dores e tragédias...dúvidas e afirmações...risos e prantos...drogados...ladrões...loucos e pensadores”
Ainda acham que eu não creio em Deus?
Observem o mundo a sua volta, e vejam que só Ele poderia tê-lo criado! Mas acima de tudo: “Deixem-se ser observados pelo mundo que os rodeia e sinta que Ele também observa você...apenas não interfere.
Chamem-me de louco, mas não esqueçam que os ditos “sãos” cometeram mais loucuras contra a humanidade que os chamados “loucos”...posso até ser perigoso, mas somente para aqueles que têm medo de pensar.
Edson Moura
"... mais louco é quem me diz que não é feliz..."
ResponderExcluirEdson, mais um texto que demonstra a sensibilidade e o carinho que tu tens dentro de ti. Poucas pessoas valorizam tanto os amigos ao ponto de homenageá-los ainda em vida. Quem não crê que tu crês em Deus, mesmo não precisando da "fé" tradicional pra isso, é porque não te conhece direito ou não quer te conhecer.
ResponderExcluirUm beijo fraterno e muito obrigado pelas palavras.
A cada leitura que faço de um texto seu, me embriago na tua prosa fluída, profunda, generosa e leitora do seu tempo.
ResponderExcluirQue estranha magia é essa que produz em mim um carinho e um amor de irmão a um cara que eu nunca vi face a face?
Que magia é essa que me faz admirar alguém a quem nunca tive o prazer de desfrutar da sua presença física nem por uma hora?
De onde vem tamanha compreensão de mundo, da fé, da espiritualidade em alguém que garimpou seu conhecimento de forma autoral prescidindo de bancos universitários?
Vem de Deus. Com D maísculo.
Corrigindo: "Vem de Deus. Com D maiúsculo".
ResponderExcluirComentando agora o texto em si. Tua frase
ResponderExcluir"Faço das minhas perdas uma lâmina cortante para lapidar minha inteligência"
é antológica. O que pode vir das perdas para um perdedor? Ruína. Desertos. Lágrimas eternas. Desilusão. Queda. Prostação. Morte em vida. Vida em morte. Desespero.
O que pode vir das perdas para um vencedor? Reflexão. Expansão do conhecimento do mundo. Re-fazer-se. Trasformação de pedras em pães. Água em vinho. Dúvida em fé inabalável construída pela razão. Vivência da dor. Superação da dor.
Usa perdas para plantar um novo rumo na vida. E a vida...sincronicidade: É isso que a vida traz para um vencedor. Eventos aparentemente aleatórios mas causais em suas entranhas quânticas que sempre nos trazem de volta o amor que supera as perdas e a dor.
Regininha minha Flor...obrigado pelo pequenino mas lindo comentário.
ResponderExcluirAbração pra você e para o filhote!
Isaías meu irmão amado, você pode até não acreditar, mas a copisa mais fácil pra mim é escrever sobre vocês, pois estas palavras brotam com extrema facilidade do meu coração.
ResponderExcluirSei que ainda faltou falar de outros amigos, mas é que neste primeiro texto, eu queria abordar somente os "manos" que mais diretamente influenciaram minha vida.
Não esqueci do Jair...J. Lima...Hubner...Wagner...Edinelson...Edilson Trecking...Wolkers...Altamirando Macedo...Simone...Regina...Bill...e tantos outros amigos conquistados aqui na blogosfera.
Beijão meu querido!
Eduardo meu capitão! Que lindo poema escreveste pra mim, meu amigo!
ResponderExcluirEm breve nos encontraremos irmão, aí então poderemos discutir face a face, alguns temas que você levantou e que eu mergulhei de cabeça!
Edu...tudo na vida é ação...não existe outra coisa a não ser a "ação".
Até mesmo a "não-ação" por si só já é uma ação, pois ela desencadeará a ação de outra pessoa em nosso lugar.
Princípio da co-responsábilidade inevitável, é nisso que creio! Todos os nossos atos, ocasionarão uma sequência de eventos (aleatórios, como você bem salientou), que culminarão em mudanças...boas...ou más, grandes...ou pequenas...mas sempre...sempre...mudará a vida de alguém!
Te amo meu amigo!
Prezado Edson
ResponderExcluirPablo Neruda no seu livro "Confesso que Vivi", afirmou:
"Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros".
Grande verdade disse o Noreda (ops) o Nureda,
pois todos sofremos em nossa interação, influências em maior ou menor grau, um dos outros.
O bom da palavra dita ou escrita entre nós, é que ela vai e volta sempre trazendo novidades. Aqui, em nosso meio, essa seiva que circula nos caules, tem produzindo saborosos e sadios frutos - alimentos indispensáveis para a nutrição da C.P.F.G
De minha parte, seria por demais injusto e ingrato se deixasse de externar, nesse momento, o quanto aprendi e continuo aprendendo com você, grande NOREDA.
Um forte abraço,
Levi B. Santos
Bela homenagem Noreda, parabéns...lindo poema!
ResponderExcluirEdinelson, obrigado irmãozinho por ainda estar por aqui...fiquei profundamente entristecido por vê-lo ausentar-se da Confraria...mas seremos amigos mesmo assim...adoro você mano!
ResponderExcluirLevi meu mestre Bronzeado...gosto muito do Neruda também...só não dos "sonetos"rsss
ResponderExcluirMas você sabe Levi, como todos os textos que screvo, este também fora criado com a intençao de "questionar" e "debater" alguns assuntos...apenas estou procurando uma abertura para fazer as perguntas certas.
Mas como escrevi este texto pensando em você, no Edu e no Gresder como pivôs dos melhores debates blogosferianos, inicío então a sessão de perguntas que não querem calar:
Uma vez que procuro fazer uso apenas da razão para acreditar no Criador...eu estou desta maneira, protegendo meu cérebro de um possível surto psicótico?
Não seria hoje em dia, as igrejas...ou religiões, causadoras do maior números de doenças ligadas à mente? Uma vez que "fiéis" são induzidos a materializar alucinações...ouvir vozes...acreditar que recebem comandos de seres imaginários, e depois de acionado o gatilho da esquizofrenia...fica difícil tratar por meio de exorcismos esses "demônios" que os próprios pastores ajudaram a ganhar "vida"?
Como um psiquiatra que trata das causas de certos tipos de doenças...um psicalista ao meu ver trata dos efeitos e conseqüência das mesmas não é? O que dizer sobre o risco de se crer pela "fé" em detrimento da "razão"?
Leví, Eduardo e Gresder, espero a colaboração de vocês para extirpar algumas dúvidas que surgiram logo após o término do texto.
Ainda estou sem computador, mas estarei acompanhando os comentários e respondendo à todos.
Abraços à todos!
E eu ,um andarilho, vi nos textos de um tal Edson Moura a assinatura de um Deus tolerante. E vi também que esse poeta leu Jhon Wesley. Pensei comigo, a fé e a razão estão com ele. Na idade média "um grupo de homens" manipulou, através da fé milhares de outros, proibindo o pensamento. Hoje vemos lideres religiosos trilionários, usando do mesmo artificio.Cuidado com os que proibem o livre pensar. Você é O PEREGRINO com uma VIDA E OBRA, que não é um SUPER CRENTE, mais que vai DIRETO AO PONTO, SEM BARGANHAS COM DEUS e que procura nunca dizer é PROIBIDO.E além disso está esperando "o cajado moderno" que um tal Edilson lhe prometeu e até agora , nada. Um abraço
ResponderExcluirPrezado Edson
ResponderExcluirAlgumas tentativas de respostas aos seus questionamentos estão ventiladas no texto que postei hoje lá na C.P.F.G.
Confira e faça asua crítica
Um grande abraço,
Levi B. Santos
Meu poeta predileto,
ResponderExcluirDemorei mas cheguei!! rs...
Parabéns pelo belíssimo texto!!
Quero começar falando da questão do JULGAR.
Sempre defendi a tese de que não devemos julgar alguém, porque o julgamento por si só, nunca é justo mesmo que o "julgamos" ser justo..
Refletindo um pouco sobre isto, vejo que nós como seres racinais e concebidos segundo a razão, estamos impostos automaticamente à ação do "julgar", assim sendo, um objetivo apenas para levantar uma síntese e/ou conclusão sob os pensamentos ou comportamentos alheios.
Muitos "julgam" sem saber que estão "julgando"...na tentativa de tentar interpretar o comportamento do outro.
Eu posso lhe dizer isto, porque acabei lhe julgando sem intenção de julgá-lo certo?! rsrs....e no que deu?! nesta belíssima postagem. haha...
Mas não há nada mais óbvio e claro que abrirmo-nos um pouco, e defendermos a nossa própria "tese"..
Hoje compreendo o seu CRER....o seu modo de crer, e a sua opção pela razão.
E apesar dos pesares, eu lhe afirmo que não importa como cremos nEle, o importante é que cremos.
Eu sei como você é, e não quero nunca mudar o seu modo de ser, até mesmo porque se um dia eu tentasse mudá-lo, eu estaria abrindo mão do Edson Moura que conheci e aprendi amar.
Estou contigo neste pensamento:
“Eu busco compreende-lo sem ouvi-lo...e tenho certeza que Ele me ouve sem escutar-me”.
Ele está em nós, e o amor dEle é demonstrado no amor que compartilhamos com o nosso próximo.
Beijos meu lindo.
Te amo.
Edilson...é uma satisfação imens saber que continua acompanhando meus escritos!
ResponderExcluirVou se breve no comentário porque já perdi a paciência com sete "teclado maldito".kkkkkkkkkkk
Adorei seu breve acróstico!
Paulinha minha linda...obrigado por me inspirar a escrever este texto! Te amo minha Flor!
ResponderExcluirPretinho,
ResponderExcluirAinda bem que pelo menos o inspirei neste blog, porque aquele "Produtos do Amor" está mais para "Produtos em Decomposição"..hahah...
Nossa amorzitto, você precisa jogar uma aguinha naquele jardim abandonado...e até hoje estou esperando a água na "Flor"...digo, a água para a "Flor" hahahahaaa.....
Qualquer coisa, me passa os direitos autorais que eu faço aquilo florir em poucos dias...kkk..
Beijinhos beijinhos...xau xau!!
Logo abaixo vem o DUZINHO zuar no "pretinho"...hahahaaa......
ResponderExcluirAguente firme Noredsonzinho...porque precisamos aumentar um pouquinho os comentários desta postagem uaiiii!!
Não é mesmo DUDU??
DUZINHOOO você trate de aparecer pra não me deixar pagar micooo falando sozinha...kkkkk
Fuii...agora vou dormir!!
Paz seja contigo
ResponderExcluirDe fato ser um cristão implica em decisões e escolhas dificeis porém explícitas. Reconheço certos aspectos admiraveis e que faltam em muitos que se afirmam cristãos.
Permaneça na Graça e nela frutifique
Seja bem vindo ao meu blog e se lá puder ser edificado pela pela Palavra
atalaiadocastelo.blogspot.com
Nicodemos
Edson,
ResponderExcluirGostei muito do teu texto, todos passamos por este momento onde o Deus em que cremos não consegue ser absorvido por aqueles que já tem um "deus" desde criança.
Se você não segue o conceito pré-estabelecido das deidades, resumidamente, para eles, você não crê em Deus.
Eu tenho "sumido" um pouco da blogosfera porque estou ficando cansado disto tudo.
E pra não deixar passar em branco, além dos textos de todos mencionados, os teus textos também me fazem refletir a me ajuda muito. Creio que tem de igual maneira ajudado a todos os outros também.
Abraços,
Evaldo Wolkers.