Por: Marcio Alves
Todos nós já enfrentamos fila alguma (ou algumas) vezes na vida...dependendo da cidade que você more, (como São Paulo) isto é uma coisa normal, o anormal seria você ir em um dia de domingo, por exemplo, a noite, em um cinema aqui em Sampa, e não pegar fila. Ou, em um banco de preferência Itaú ou Bradesco, na semana do pagamento, e não encontrar nenhuma fila...isto seria impossível...mas fácil é deus existir do que não ter algum tipo de fila aqui em São Paulo. (Eu mesmo já enfrentei uma, certa vez, para ir ao banheiro! Isto mesmo!)
Mas de todas as filas indesejáveis que existem, principalmente numa metrópole como São Paulo, aquela que temos mais medo e que todos nós, sem exceção, temos que enfrentar é a “fila da morte”, isto mesmo que você leu meu caro leitor.
Eu vejo a morte como uma fila, às vezes extensa, outra vezes muito curta – me explico.
A sensação que tenho toda vez em que leio ou vejo nas manchetes de jornais que um artista seja ele quem for (na quarta foi o Wando) que morreu, eu fico com a nítida sensação de que a “fila da morte” esta cada vez menor, e que o próximo pode ser eu!
Antes que você meu caro leitor, me rotule de pessimista, ou algo assim, eu quero deixar claro que esta sensação de estar em uma grande fila, onde todos os seres humanos caminham a passos largos e enfileirados em direção ao abismo que se chama morte, isto de alguma forma me consola, pois sei que nesta angustia que eu chamo de “pré-morte” que advêm da “pós-morte” de um conhecido – já falo disto daqui a pouco – estão comigo simplesmente toda raça humana a compartilha deste mesmo destino e desespero, e isto, funciona como um remédio contra a angustia da finitude – você meu caro leitor deveria experimentar este “remédio”...faz tão bem. (risos)
Em relação ao conceito de “pré-morte” que vivenciamos na “pós-morte” do outro, é que o choro de quem fica por quem “vai”, não é tão-somente ou apenas somente, pela pessoa que “foi” e que não voltará mais, mas principalmente, por nós, que também vamos.
É que em geral, o ser humano, principalmente o jovem, compartilha de um sentimento ilusória e passageiro de onipotência que é da sensação de que nunca vai morrer, sentimento este que é ferido mortalmente quando um ente querido, ou algum conhecido (neste escala eu coloco também os artistas, principalmente aqueles que somos mais ligados) morre, pois velar o enterro do outro é velar nossa própria morte, que só é vivenciada justamente pela morte do outro.
Deve ser por isto que o sábio pregador de Eclesiastes já dizia a muito tempo que o... "Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiaste 7:2).
Com a morte de Whitney hostoun se vai um pedaço de mim que a cada dia morre, pois “o envelhecer é o morrer todos os dias”... e o que fica é a certeza de que a fila anda, e mais cedo ou mais tarde, seremos o próximo a cair no abismo da morte!
Todos nós já enfrentamos fila alguma (ou algumas) vezes na vida...dependendo da cidade que você more, (como São Paulo) isto é uma coisa normal, o anormal seria você ir em um dia de domingo, por exemplo, a noite, em um cinema aqui em Sampa, e não pegar fila. Ou, em um banco de preferência Itaú ou Bradesco, na semana do pagamento, e não encontrar nenhuma fila...isto seria impossível...mas fácil é deus existir do que não ter algum tipo de fila aqui em São Paulo. (Eu mesmo já enfrentei uma, certa vez, para ir ao banheiro! Isto mesmo!)
Mas de todas as filas indesejáveis que existem, principalmente numa metrópole como São Paulo, aquela que temos mais medo e que todos nós, sem exceção, temos que enfrentar é a “fila da morte”, isto mesmo que você leu meu caro leitor.
Eu vejo a morte como uma fila, às vezes extensa, outra vezes muito curta – me explico.
A sensação que tenho toda vez em que leio ou vejo nas manchetes de jornais que um artista seja ele quem for (na quarta foi o Wando) que morreu, eu fico com a nítida sensação de que a “fila da morte” esta cada vez menor, e que o próximo pode ser eu!
Antes que você meu caro leitor, me rotule de pessimista, ou algo assim, eu quero deixar claro que esta sensação de estar em uma grande fila, onde todos os seres humanos caminham a passos largos e enfileirados em direção ao abismo que se chama morte, isto de alguma forma me consola, pois sei que nesta angustia que eu chamo de “pré-morte” que advêm da “pós-morte” de um conhecido – já falo disto daqui a pouco – estão comigo simplesmente toda raça humana a compartilha deste mesmo destino e desespero, e isto, funciona como um remédio contra a angustia da finitude – você meu caro leitor deveria experimentar este “remédio”...faz tão bem. (risos)
Em relação ao conceito de “pré-morte” que vivenciamos na “pós-morte” do outro, é que o choro de quem fica por quem “vai”, não é tão-somente ou apenas somente, pela pessoa que “foi” e que não voltará mais, mas principalmente, por nós, que também vamos.
É que em geral, o ser humano, principalmente o jovem, compartilha de um sentimento ilusória e passageiro de onipotência que é da sensação de que nunca vai morrer, sentimento este que é ferido mortalmente quando um ente querido, ou algum conhecido (neste escala eu coloco também os artistas, principalmente aqueles que somos mais ligados) morre, pois velar o enterro do outro é velar nossa própria morte, que só é vivenciada justamente pela morte do outro.
Deve ser por isto que o sábio pregador de Eclesiastes já dizia a muito tempo que o... "Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiaste 7:2).
Com a morte de Whitney hostoun se vai um pedaço de mim que a cada dia morre, pois “o envelhecer é o morrer todos os dias”... e o que fica é a certeza de que a fila anda, e mais cedo ou mais tarde, seremos o próximo a cair no abismo da morte!
Marcio Alves,
ResponderExcluirTem aqueles apressadinhos que, quando jovens, gostam de furar esta fila. Eu, como não tenho pressa para morrer vou dando a vez para eles. Se você quiser, pode passar na minha frente, tens a preferência.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirImagina Altamirando...primeiro os anciãos...rsrsrsrs
ResponderExcluirMarcio Alves,
ResponderExcluirA fila dos idosos é preferencial e como você é meu amigo, terei prazer em ceder meu lugar para você. He, he, he...
Marcio Alves,
ResponderExcluirA fila dos idosos é preferencial e como você é meu amigo, terei prazer em ceder meu lugar para você. He, he, he...
Marcio Alves,
ResponderExcluirA fila dos idosos é preferencial e como você é meu amigo, terei prazer em ceder meu lugar para você. He, he, he...
Foi uma grande perda. Aquele mulher cantava muito!!!
ResponderExcluirOlha, marcinho, refletir sobre a morte é sempre proveitoso. mas afinal de contas, o homem é mesmo "uma paixão inútil"?
Bem, vou concordar aqui com o Mirandinha: espero que eu esteja numa fila beeeeeeemmmmm grande. Quem quiser furar a minha fila, também pode.
Quanto mais penso na morte, mas admiro a vida.
abração, amigo, bom carnaval.