Esposa – “O problema não é o QUE ele fala, mas COMO ele fala comigo”. Grande parte dos conflitos entre casais se dá, justamente na comunicação, isto é: na forma como se comunicam.
A bem da verdade, se prestarmos atenção, há em toda conversa, interação e até discussão, sempre dois níveis: um, que está relacionado ao CONTEÚDO da fala, e o outro, ligado a RELAÇÃO.
O primeiro nível, é o mais claro e direto, diz respeito a INFORMAÇÃO que passamos, emitimos, enviamos para a outra pessoa. O segundo, mais oculto, inconsciente e indireto, que se refere a qualidade da RELAÇÃO.
Ambos níveis se dão, em conjunto, constituindo, o que para os estudiosos da comunicação humana, chama-se de “metacomunicação”, ou seja, em toda comunicação (informação dada, solicitação, ordem e etc.) carrega em si, um nível muito mais complexo, denominado de “metacomunicação”: aquilo que está para além do dito, que carrega em si, características implícitas da qualidade do relacionamento.
Nesse sentido, a comunicação - incluindo a fala, gestos, expressões faciais e etc. - é classificada pela relação, ou seja, por trás de toda comunicação há um tipo, forma, atributo, qualidade de relação.
Exemplo: um amigo magoado com o outro, mesmo falando algo gentil, pode transmitir sua magoa, através de uma forma grosseira. Aqui, podemos dar exemplos ao infinito, desde um xingamento "carinhoso" (mas é um filha da puta rss), que denota uma intimidade e amizade, até um "elogio" disfarçado de preconceito (tadinho dessa pessoa com deficiência).
Como também revela o status social, grau e nível de parentesco, profissão, responsabilidade, hierarquia - quem "manda", quem "obedece", quem é o "chefe", quem é o "empregado", e assim por diante.
Portanto, recomendo, que tentemos, na medida do possível, fazer uma autoanalise de COMO estamos falando com as pessoas - lembra da reclamação da esposa no começo desse meu texto?
Ela deveria chegar para o marido e perguntar "por quê você esta falando comigo dessa maneira?", ou, (o ideal) se o marido por si mesmo, percebesse a forma que esta falando com sua mulher, tomando a iniciativa de sentar e conversar com ela pra resolver os seus conflitos (que nem sempre pode ser dos dois, pois o outro pode estar na "dele", não "sabendo" porque você esta magoado).
Marcio Alves #MinhasDivagaçõesReflexivas
Em todo diálogo somos angustiadamente barrados por essa pergunta: "Afinal, o que o outro quer de mim? Será que podemos fugir desse dilema: o de ser objeto de gozo do outro? (rsrs)
ResponderExcluirGrande mestre Levi, acredito que não, ao menos nós neuróticos, pois para os grandes filósofos, como Aristóteles, somos seres sociais, e como tais, precisamos (e desejamos) o outro (seu desejo).
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