domingo, 20 de janeiro de 2013

Breve analise comportamental, psicológica e sociológica da religião: como se inicia a fé nas crenças das religiões?



Por: Marcio Alves

No processo, tanto psicológico como sociológico da fé do individuo nas crenças de qualquer religião, se inicia como primeiro passo rumo a solida e inamovível certeza do que se crê e no que se crê, com a incorporação através do hábito, costume, tradição e ritos, para só depois disso vir a fé em tais costumes que serão apreendidos ao longo do processo como divinos, embora seja os próprios humanos de uma determinada religião, que ensinarão humanamente com ensinos criados pelos próprios homens os iniciados na religião.

Depois disso vem a razão como cereja em cima do bolo, para justificar intelectualmente e significar as razões e motivos da crença, ou seja, ela vem apenas explicar e estruturar com argumentos racionais o porque e pra que das crenças. Eis então o triple da religião: hábito condicionado e aprendido, fé em tais hábitos e costumes como sendo divinos e sagrados, e finalmente a razão para argumentar através dos ensinamentos a fé nas crenças. Desse triple habito + fé + razão e que nasce o sujeito religioso dentro de uma religião.

Esse analise dos sujeitos religiosos é atemporal, porque não existe religião sem uma estrutura de costumes, tradições e ritos, como um templo para se reunir, com hierarquia de sacerdotes, com um conjunto de rituais que vai desde a simples leitura de um livro como tido como sagrado até orações, rezas e jejuns. Por isso me aponte uma religião que eu apontarei essa estrutura, sendo assim, hoje em dia está na moda a própria religião dizer que não é uma religião, como se o termo religião fosse de alguma forma tido como pejorativo, mas não adianta inventar ou tentar livrar a religião da “religião”, pois se tem todo um conjunto e estrutura de costumes religiosos já é em si uma religião.

Assim como john Wesley disse acertadamente que pregava a fé não porque tinha fé, mas para ter fé, da mesma forma, os indivíduos religiosos vão para a religião aprender primeiro os seus costumes e para com tempo, depois de habituados e condicionados aquela religião, desenvolverem uma mentalidade que eles chamam de “fé”, mas que na verdade é o nome dado para um pensamento que foi com o tempo e com a força do hábito desenvolvido.

Depois de toda essa estrutura sociológica e comportamental do religioso com sua religião, depois de desenvolvida também toda uma estrutura mental chamada “fé”, só ai que vem a razão para concluir toda essa estrutura, justificando, explicando, e criando assim um conjunto chamado de doutrinas, muito bem organizado e coerente dentro daquela visão religiosa.

Por isso que mesmo que venhamos refutar através da razão as razões da fé, ainda sim, permanece sua maior base, alicerce e força: o costume e tradição. Um hábito pode as vezes se torna a segunda natureza do individuo, daí ser quase humanamente impossível o sujeito nascido e criado, formado e desenvolvido dentro de uma religião, conseguir anos depois desabituar, pois é sempre muito mais fácil aprender um habito do que desfazer dele, deve ser por isso, segundo essa minha analise, que a religião hoje, mesmo após tanta divulgação e facilidade de acesso do conhecimento e evolução cientifica, ainda continua praticamente imbatível, e, segundo meus cálculos deve continuar, porque se toda nova geração que surgir for ensinada durante anos por seus pais a seguir uma religião, isto estará sendo perpetuada ao longo dos séculos, interminavelmente pelos filhos dos filhos dos filhos e assim por diante, por isso, daqui a mil anos, aposto que ainda existirá a religião com toda sua força e imponência.

Contra argumentos racionais se usa argumentos racionais, mas contra o hábito não há nada que possa fazer, pois o sujeito faz e participa de todo processo da religião como sendo uma coisa natural e automática, sendo assim, meus mais sinceros parabéns para os poucos que conseguiram quebrar e romper com todo esse habito da fé, pois como disse Nietzsche sobre a força do hábito que “Tudo o que é habitual tece à nossa volta uma rede de teias de aranha cada vez mais firme; e logo percebemos que os fios se tornaram cordas e que nós nos achamos no meio, como uma aranha que ali ficou presa e tem de se alimentar do próprio sangue. Eis por que o espírito livre odeia todos os hábitos e regras, tudo o que é duradouro e definitivo, eis por que sempre torna a romper, dolorosamente, a rede em torno de si; embora sofra, em conseqüência disso, feridas inúmeras, pequenas e grandes - pois esses fios ele tem que arrancar de si mesmo, de seu corpo, de sua alma (...)” (Nietzsche)

Se qualquer e todo hábito exerce muita força sobre nós, sobre nosso comportamento, sobre nossa mente, imagina o hábito religioso que eu considero o maior de todos, por justamente ser tido e crido como divino, sobrenatural, vindo de Deus, de sua vontade para nós, será muito mais ainda difícil de si desabituar, por isso, mesmo quando o sujeito religioso deixa sua religião, mesmo quando ele se torna ateu, ele sente falta do hábito que ele mantinha dentro da religião, ou como disse Nietzsche que “(...) ele tem que arrancar de si mesmo, de seu corpo, de sua alma (...)”

Por isso que todo processo de descrença e desreligiosidade causa dor, angustia e sofrimento infindáveis psíquicos e afetivos, pois com o tempo, o sujeito religioso não aprende a desenvolver somente uma fé, mas também um sentimento, um amor pelo hábito, pela crença, pelo grupo a qual pertence e principalmente pela ideia, imagem e representação de Deus.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Noite de Insônia


São três da madrugada, sinto que minha mente está totalmente atravessada, a merda da balada constantemente me acaba, não consigo dormir com uma insônia danada.

Ansiedade que me abala, conto os minutos no relógio, tempo não passa, reflito e acho que vou explodir, para onde ir, o que fazer, não sei. Me acalmo e deixo o pensamento correr, vou pensar nessa vida, que está foda de se viver.

Estou vivendo livremente aos trinta e três. Sempre sonhando com tudo, lidando com a vida, que promete muitas coisas que estou sempre querendo abraçar, daqui ou de lá, do jeito que dá, usando sempre uma arma: A força de vontade, para caminhar em busca dos objetivos, que preciso alcançar sem a qual eu sinto que realmente não dá.

Ando indignado, com os manos que cresceram ao meu lado. Vejo que estão vivendo a vida somente de brisa, é foda, esse fato muito me irrita. Não constroem nada, não correm atrás de nada, preferem aglomerar os sonhos, viver na mesma. Ao invés de terem que transpor barreiras. Não entendo como vivem assim, pararam no tempo, eu lamento, óh Senhor...Que bons ventos venham ao meu favor. Eu preciso dar continuidade ao meu nascimento todos os dias... a todo momento, a todo momento.

Relembro do passado, dos dias de noventa e nove, e eu com dezenove. E já sinto uma certa saudade. A vontade de voltar atrás, mas não dá. Foi um tempo que vivi com muita intensidade
E que hoje me traz... muitas saudades... dos amigos que marcaram época. De alguém que me marcou com palavras, gestos e atitudes sinceras.

Aquela puta se foi e nem um tchau me deu. Me deixou no tempo, foi, desapareceu. (E ela nunca mais voltooou...)
Pode crer, ela nunca mais voltou. E difícil entender como tudo se deu, valeu, foi parte da minha vida que hoje em dia me faz falta
(Muita falta...) Um ótimo episódio que infelizmente não tem volta
Considero esse tempo uma parte valiosa da minha história, e que está levando uma boa vantagem na disputa com o presente que está foda de se viver.

Ultimamente tenho percebido, vários manos, fulanos, ótarios , querendo atrasar meu lado. Tentando apagar o meu valor. Vagabundos me olhando com raiva, afim de me armar uma grande cilada. Mas mesmo assim eu, Nill vou que vou, não, não comigo não! Fodo quem tenta me que foder, isso tem sido necessário pra se sobreviver.

Paro pra pensar nessas pessoas em busca de uma explicação. E começo a perceber que todas elas revelam uma pobreza de
espírito que não acredito. Óh meu Deus, eu dou risada de tudo isso. Esse mundo realmente é esquisito...

Confesso que tenho andado meio confuso, em ter que conhecer o outro lado do mundo. Figuras formam, meu subconsciente e as noites se tornam em pensamentos deprimentes. Eu penso que tudo um dia irá se acabar e como será o meu "estágio em outro lugar". Marvin, Marley, Hendrix, Cris, Tosh, meu mano DG
Meu velho mano DG se foram, e não mandaram noticias de lá.

Esse caminho doloroso é foda, não consigo me encaixar. Teorias, milhares conheço. Se o outro lado é mais belo, isso já não sei, mas um dia infelizmente terei que ir pra lá, pra depois voltar, esse ciclo é verdadeiro, tô ligado que eu não vou escapar. Quando eu penso que da vida a gente leva somente a vida que
gente leva, Fico zoado, é tudo complicado.

Mas uma coisa é certa: Edson Moura é só um nome, meu passado, meu presente, meu futuro que carregarei por toda minha vida, Como diz Jobim... até na despedida. Ih... acho que a porra dessa insônia tá ficando foda. Boa noite São Paulo ainda estou acordado...Ainda estou acordado...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Esquizofrenia reversa (um transtorno cibernético)


Um caso curioso, mas que servirá de laboratório para desenvolver minha nova teoria psicológica pós-moderna. Conhecemos a esquizofrenia clássica, mas, se não conhecem, vou dar uma pincelada aqui: A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário.Pois bem, mas o caso de meus dois amigos, Marcio Alves e Esdras Gregório é justamente o oposto disso, ou seja, eles caminham por um mundo onde pessoas que de fato existem possam não existir, alegando com veemência que eu seria o criador de tais personagens. Loucura? Não! Obviamente eles estão acometidos pela E.R.M.V.C.R.S (Esquizofrenia Reversa do Mundo Virtual Causada por Redes Sociais, neologismo meu).

Longe de querer me defender das acusações, (até porque eu já tentei fazer de inúmeras maneiras) vejo aí uma possibilidade de explorar o transtorno para que possa assim, colaborar para um desenvolvimento saudável do cérebro de ambos. E que nome daremos a este tratamento? Não preciso criar nada, já existe um nome, e é, Neuróbica.

O nome sugere uma aeróbica para os Neurônios e a base é bem simples: a neuróbica é uma forma dinâmica de exercícios para o cérebro, projetada, essencialmente, para deixa-lo mais ágil e saudável. Dar ao cérebro, sempre que possível, uma atividade extra, evitando assim que a rotina diária acomode e destrua as sinapses. Estes exercícios acabam criando novos e diferentes padrões de atividades nos neurônios no cérebro.

Lembro que uma vez, um desses meus amigos, o Esdras, disse-me que não queria mais ler nada, que já estava satisfeito com o que sabia, ou com o que já havia lido, (o que julgo um grande erro), caracterizando assim uma preguiça mental funcional. Sabemos (sei), que 80% do nosso dia a dia é ocupado por rotinas comuns, que, apesar de terem a vantagem reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito nocivo: limitam o cérebro. Essa repetição de padrões vai, aos poucos, diminuindo ou atrofiando as conexões sinápticas, que como sabemos (sei), precisam de “incentivo” para prosperar. A redução das sinapses neurais, com o passar dos anos, vai limitando a velocidade de raciocínio e começam a surgir falhas na memória das pessoas que não investiram bem em seus cérebros. (fato já constatado em minhas duas cobaias, quero dizer...amigos)

Mas onde quero chegar com este discurso técnico? Simples: Duas perguntas me Vêm à mente: Deixo-os mergulhados em suas dúvidas, acreditando ser eu mesmo o criador de suas musas cibernéticas, ou revelo à eles que tudo não passa de uma grande brincadeira (brincadeira nada, meu trabalho um dia será defendido em teses de doutorado) inventada por mim, apenas para fazer com  que eles parem se se preocupar com seus corpos sarados e comecem a se preocupar com o que realmente interessa para o ser humano, que é, a saúde de seus cérebros? Desgastando um pouco mais o adágio, “Mente sã, corpo são”.

Ou também revelo a eles que não sou eu o inventor das invenções inventadas por suas mentes brilhantes, e que as pessoas que se correspondem com eles por meio de E-mails, Facebook , MSN e Celular existem de verdade, e eu só aproveitei o ensejo para tirar uma com a cara dos dois otários, cabaços e carentes de atenção, revelando assim, que, além de Noreda e Provocador, eu também sou o “Aproveitador”...aproveitador das oportunidades que os trouxas me deram com a desconfiança. Hahahahaha (sorriso psicopata)

Edson Noreda Provocador kah

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Gostaria que alguns cristãos me respondessem às seguintes perguntas:

1) Ossadas e fósseis de hominídeos já extintos como o Homem de Neanderthal e o Homo Sapiens?

2) As pinturas feitas em cavernas datadas de mais de dez mil anos?

3) A existência de negros, índios, brancos e orientais, se todos descendem do mesmo casal?

4) Que ninguém nunca viu um barro ou costela virar homem e mulher, respectivamente? (essa pergunta é boba, eu sei, mas é só pra contrapor à outra pergunta boba dos cristãos: "por que macaco não vira gente?")

5) Se Caim matou Abel e Adão e Eva não tiveram mais filhos, Caim transou com a própria mãe pra gerar mais descendentes?

6) Como deus, um ser dito perfeito, cria macho e fêmea de todos os animais, mas do ser humano cria só o macho e, tempos depois, percebe que ele precisa de uma companheira? Oras, como deus achava que a humanidade iria se perpetuar? Só com barro?

Será que ninguém percebeu que Adão e Eva tinham umbigo? Quando na verdade não deveriam ter, uma vez que não foram consebidos de forma natural?