domingo, 10 de fevereiro de 2013

Jesus Cristo: Reverencia de um ateu pelo maior homem da historia humana!




Por: Marcio Alves

Naqueles e por aqueles dias, emergindo em um contexto sócio-cultural do imperialismo do autoritarismo e poderio bélico romano, brota uma figura inusitada, frágil, pobre e desprezível, com sua mensagem as avessas do ideal político-econômico, contrariando a lógica e caminhando rumo a desconstrução do senso de que o mundo é dos fortes e dos espertos, que não tem vez para os excluídos e execráveis, marginalizando duas vezes o indefeso: uma por sua circunstancial e envolvente situação, e outra por discriminação social de sua contraditoriedade existencial que na luta pela sobrevivência é deixada como escoria do mundo.

Mas pelo carpinteiro que em seu peito explodia a implosão de uma revolução, virou a mesa, mudou o jogo, inverteu a ordem da fila, dizendo serem os últimos justamente os primeiros, proclamando a chegada de um novo reino, que não era deste mundo, mas paradoxalmente pousava nos corações dos filhos dos mortais, na enunciação da chegada do reino que estava próxima, não dizendo no sentido geográfico ou temporal, mas antes que estava acessível à acessibilidade e sensibilidade dos mais injustiçados justos, no ser que não escolhe a sina, mas é escolhido pelas fatalidades desta vida pela sorte ou azar do jogo da vida, que premia uns, para deixar a própria sorte outros.

Acolhe os abandonados e feridos, confrontando os poderosos, nem mesmo os que se auto-intitulavam serem os escolhidos de Javé, defende a vida diante de uma religião que é contraria a mesma, muda a estrutural e monopolizante concepção de Deus que era o reflexo dos déspotas, reis e dominadores daquele mundo, colocando em si e de si a nova reformulação da identidade de Deus, chamando o de Pai de todos e sobre todos, incluindo os excluídos, não mais como propriedade peculiar e exclusiva de um povo, ou uma facção religiosa, antes abrange todos os seres, fazendo o eco de sua voz soar nos ouvidos surdos dos que não mais tinha esperanças, para bater a estaca do chamado universal aos miseráveis, doentes e promíscuos, de que seu reino está perto de todos e é para todos, onde não há melhor e nem pior, sendo assim, um reino de amor e de justiça.

Leva até as últimas conseqüências, tendo e vendo na própria sina do destino fatal de ter ousado se levantar e protestar contra os poderosos a favor do povo pobre e massacrado, a cruz como apogeu e momento histórico, de gritar através muito mais de sua morte do que em vida, fazer impactar corações não somente naquele tempo para aquela sociedade, mas para o mundo, numa mensagem atemporal e acima de tudo, manchada e glorificada com seu próprio sangue, não mais e apenas escrito em papel, mas imortalmente na alma de todo mortal, sabendo que para todo sempre, sua morte não seria vã, mas antes o divisor de águas para um mundo mais justo, com pessoas mais amáveis e mostrando em e com seu próprio corpo o maior preço já pago em amor a humanidade.

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