Parafraseando Jesus que disse “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” com um nó na garganta e muita dor no coração, eu certa vez já disse em “voz alta” com meus pensamentos: “Oh Deus! Oh Deus! Por que nunca exististe?”.
O ser humano é totalmente condicionado, pois como bem disse Nietzsche que ao nascer todo ser humano é como camelo, onde as bagagens – valores, crenças, morais, leis, costumes (cultura) – é colocado em suas costas. Diante disso, alguns estudiosos chegaram até afirmar que o ser humano não tem nenhuma natureza pronta de antemão, pré- determinada, (a famosa frase “Sartreana” que a existência precede a essência) mas que o que faz o humano ser humano é a cultura, (o ser humano fez a cultura, e a cultura fez o ser humano) sendo esta totalmente apreendida. (embora eu não concorde totalmente com este pensamento, reconheço em grande parte sua legitimidade e valor)
Sendo assim, como é difícil questionar repensando nossos próprios valores, crenças e sentimentos, o que dirá ainda desfazer.
Confesso meu “pecado de ateu”: Senti muita tristeza e um vazio muito grande no processo de minha descrença, pois ao contrario do que muitos religiosos pensam, tentando desmerecer a minha antiga fé afirmando que nunca fui um crente verdadeiro, diminuindo assim minha autoridade, conhecimento e até experiência religiosa. (Vejo esta tática como uma maneira desesperada dos lideres religiosos defenderem as suas “ovelhas” e/ou a si mesmos dos meus argumentos, pois para enfraquecerem os meus conceitos, atacam a imagem – e assim autoridade – do autor – neste caso eu – e não propriamente meus argumentos)
Não! Não sou ateu por uma simples escolha de luxo, (pois hoje é chique você ser ateu...tá na moda. rsrs) como se simplesmente acordasse em um dia, e dissesse para mim mesmo: “Não vou mais acreditar em Deus, serei a partir de agora ateu”, mas antes foi gerado em mim, como em um parto angustiante de um “filho”, num processo incomensurável de luta, suor, dor e muitas lágrimas.
Lembro-me dos conflitos que as muitas dúvidas geraram em mim, de como me senti no dia em que não mais acreditei que Jesus morreu por meus pecados, que me amava, que tinha um plano de salvação, que em breve viria me arrebatar (se ainda cresse, estava até agora esperando rsrsrs) para estar para sempre com ele, (só agora vejo como era fantasiosa a fé cristã!), mas que tudo isso não passava de mera construção humana teológica, e do desespero e medo do ser humano da finitude desta vida.
Reconheço que chorei como uma criança, sentindo-me desamparado e abandonado, sozinho e perdido no universo, quando dei conta da minha total descrença em um ser superior.
Posso comparar esta experiência minha dramática com de um filho que a vida inteira viveu com seu pai acreditando que ele era realmente seu pai, mas que passados muito tempo depois, venho à tona a verdade; de que seu verdadeiro pai biológico o abandonou e o outro que ele chamava de pai, o acolheu como filho.
Mas este exemplo nem de longe se compara com o drama vivido por mim, pois no exemplo que dei, o filho sabe que o pai biológico existe, e que o abandonou, sendo acolhido como filho por outro homem.
No meu caso, eu nem cheguei a ser abandonado, eu simplesmente soube que o meu pai nunca existira de fato, que tudo aquilo que experimentei e acreditei não passou de uma ilusão, uma das maiores que tive na vida.
(Imagine você meu caro leitor, que a ilusão é tamanha que provoca nas pessoas uma sensação tão verdadeira, que para mim, o prazer de adorar a “Deus” naquela época que eu acreditava (ou me auto-enganava) era tão profundo que chegava a ser maior do que o prazer de gozar!)
Mas enfim, embora tenha assumido abertamente meu ateísmo, os conflitos não acabaram (o ser humano é um animal para angustia, não importa o que faça e em que acredite, ou o que não faça e em que não acredite!) e um dos meus conflitos é......
Continua na próxima postagem (risos) assim como também todo meu processo de descrença, porque você não acha meu caro leitor, que todo este processo de aproximadamente 23 anos – entre a crença e a descrença – seria escrito em apenas uma ou duas postagens?
Por: Marcio Alves
O ser humano é totalmente condicionado, pois como bem disse Nietzsche que ao nascer todo ser humano é como camelo, onde as bagagens – valores, crenças, morais, leis, costumes (cultura) – é colocado em suas costas. Diante disso, alguns estudiosos chegaram até afirmar que o ser humano não tem nenhuma natureza pronta de antemão, pré- determinada, (a famosa frase “Sartreana” que a existência precede a essência) mas que o que faz o humano ser humano é a cultura, (o ser humano fez a cultura, e a cultura fez o ser humano) sendo esta totalmente apreendida. (embora eu não concorde totalmente com este pensamento, reconheço em grande parte sua legitimidade e valor)
Sendo assim, como é difícil questionar repensando nossos próprios valores, crenças e sentimentos, o que dirá ainda desfazer.
Confesso meu “pecado de ateu”: Senti muita tristeza e um vazio muito grande no processo de minha descrença, pois ao contrario do que muitos religiosos pensam, tentando desmerecer a minha antiga fé afirmando que nunca fui um crente verdadeiro, diminuindo assim minha autoridade, conhecimento e até experiência religiosa. (Vejo esta tática como uma maneira desesperada dos lideres religiosos defenderem as suas “ovelhas” e/ou a si mesmos dos meus argumentos, pois para enfraquecerem os meus conceitos, atacam a imagem – e assim autoridade – do autor – neste caso eu – e não propriamente meus argumentos)
Não! Não sou ateu por uma simples escolha de luxo, (pois hoje é chique você ser ateu...tá na moda. rsrs) como se simplesmente acordasse em um dia, e dissesse para mim mesmo: “Não vou mais acreditar em Deus, serei a partir de agora ateu”, mas antes foi gerado em mim, como em um parto angustiante de um “filho”, num processo incomensurável de luta, suor, dor e muitas lágrimas.
Lembro-me dos conflitos que as muitas dúvidas geraram em mim, de como me senti no dia em que não mais acreditei que Jesus morreu por meus pecados, que me amava, que tinha um plano de salvação, que em breve viria me arrebatar (se ainda cresse, estava até agora esperando rsrsrs) para estar para sempre com ele, (só agora vejo como era fantasiosa a fé cristã!), mas que tudo isso não passava de mera construção humana teológica, e do desespero e medo do ser humano da finitude desta vida.
Reconheço que chorei como uma criança, sentindo-me desamparado e abandonado, sozinho e perdido no universo, quando dei conta da minha total descrença em um ser superior.
Posso comparar esta experiência minha dramática com de um filho que a vida inteira viveu com seu pai acreditando que ele era realmente seu pai, mas que passados muito tempo depois, venho à tona a verdade; de que seu verdadeiro pai biológico o abandonou e o outro que ele chamava de pai, o acolheu como filho.
Mas este exemplo nem de longe se compara com o drama vivido por mim, pois no exemplo que dei, o filho sabe que o pai biológico existe, e que o abandonou, sendo acolhido como filho por outro homem.
No meu caso, eu nem cheguei a ser abandonado, eu simplesmente soube que o meu pai nunca existira de fato, que tudo aquilo que experimentei e acreditei não passou de uma ilusão, uma das maiores que tive na vida.
(Imagine você meu caro leitor, que a ilusão é tamanha que provoca nas pessoas uma sensação tão verdadeira, que para mim, o prazer de adorar a “Deus” naquela época que eu acreditava (ou me auto-enganava) era tão profundo que chegava a ser maior do que o prazer de gozar!)
Mas enfim, embora tenha assumido abertamente meu ateísmo, os conflitos não acabaram (o ser humano é um animal para angustia, não importa o que faça e em que acredite, ou o que não faça e em que não acredite!) e um dos meus conflitos é......
Continua na próxima postagem (risos) assim como também todo meu processo de descrença, porque você não acha meu caro leitor, que todo este processo de aproximadamente 23 anos – entre a crença e a descrença – seria escrito em apenas uma ou duas postagens?
Por: Marcio Alves
Oi,Márcio! Por incrível que pareça ainda acreditas em Deus, mais do que tu desejarias(rsrs)
ResponderExcluirE por um acaso a ciência te dá todas as respostas? Até para pensar a origem do mundo você precisa ter fé - para crer que algo se originou do NADA ou em algo que SEMPRE EXISTIU!
ResponderExcluirA ciencia é tao falha, nao explica nada... que dirá das coisas do sobrenatural, dos milagres acontecem o tempo todo em diversas partes do mundo - nao estou falando de cristaos apenas, mas de qualquer religiao, porque acontecem no nivel espiritual..
e se há algo mais que o físico, se há o espirito, voce deveria se preocupar mais com o impacto dessa sua decisao no mundo espiritual. Voce se gaba de ter "encontrado a verdade" e ter sido liberto, mas precisa abrir os olhos para como você é efemero. E quando essa sua carne falhar, e o corpo morrer, só entao vai acordar para o fato de que tem um espírito?
marcinho, eu te disse que antes eu queria saber por que você se tornou teísta, cristão, evangélico e eu acho que você não me respondeu.
ResponderExcluirperguntas: você acha que tua vida no cristianismo te ensinou alguma coisa boa?
ver-se abandonado pelo pai celestial te deixa frustado? você gostaria que deus existisse? mas como se ele só pode existir no íntimo de quem crê que ele existe, visto que os que creem jamais o viram? com a razão eu percebo que deus não existe(pelo menos o deus cristão e os deuses das religiões) mas com o sentimento, tenho necessidade de ter algo maior para caminhar comigo que para mim seja total mistério.
Olá “filha do rei”, tudo bem contigo?
ResponderExcluirSinceramente eu acredito que não....na verdade não é nem uma simples questão de acreditar ou não, pois se Deus não existe, como posso não acreditar?
Talvez pelo fato de ter escrito revelando meus sentimentos você fez esta sua afirmação....mas estes sentimentos, sensações e emoções, foram por mim experimentados na fase da crença para descrença, sendo que hoje, já não tenho mais estes conflitos de fé e duvida, deus é uma coisa já resolvida e passada para mim, “graças a Deus”. Rsrsrs
Se escrevo sobre deus é para muitos dos meus leitores cristãos, pois querendo ou não, o Brasil é um dos países mais religiosos do mundo, sendo assim, não dá para não falar de religião, fé, deus e etc...
Mas de qualquer maneira foi um imenso prazer ter sua participação...espero vê-la por aqui mais vezes.
Abraços
Prezado ANÔNIMO
ResponderExcluirNão tem o porquê você ocultar sua identidade, pois aqui há liberdade de expressão....se falo mal da religião, não posso esperar que os religiosos falem bem de mim...seria querer demais. Rsrsrs
A ciência não dá todas as respostas, é verdade, porém, quem disse que na ausência de respostas, a única resposta aceita tem que ser a fantasiosa explicação religiosa de deus?
Ao menos a ciência, a meu ver, esta no caminho certo (ou único caminho rsrs), pois esta sempre questionando buscando respostas com seus métodos empíricos, objetivos e comprovativos.....mas confesso que não sou um defensor da ciência, pelo contrário, sei que tem falhas, que uma verdade cientifica já foi algumas vezes mudada, acredito mesmo que o ser humano nunca terá todas as respostas, esta é nossa sina, compete a nós aceita-lá como homem limitado e finito, e não ficar mentindo para si mesmo criando explicações “sobrenaturais” para coisas ainda sem explicação.
Efêmero? Nunca neguei isto! Pelo contrário, sempre afirmei isto!
E “se” quando morrer tiver um espírito? Oras, no campo do “se” tudo pode acontecer, quero ver no chão da existência...se não acredito em espírito tenho minha razão existencialista de não crer, pois nunca conheci ninguém que ao morrer, voltou para me contar alguma coisa, portanto, sigo uma regrinha bem simples: não acredito até que seja provado que ao morrer, continuarei vivo, e não o absurdo de crer até morrer para saber se existe ou não, até porque, primeiro a prova depois é quem vem a certeza....principio simples este não? Rsrsr
Abraços
EDUARDINHO
ResponderExcluirRespondi sim e foi lá no facebook....não confunda as coisas, aqui é blog e não o facebook...rrsrsrs
Olha duzinho, esta pergunta sua, terei que pensar primeiro, fazendo uma analise introspectiva, retrospectiva e até “pós-trospectiva” para não ser desonesto contigo......NÃO (rsrsrs) o cristianismo não me ensinou nada de bom (é que penso rápido rsrs).
Explico-me:
O parâmetro que utilizo como medidor de positividade ou negatividade do cristianismo, não é meu passado e nem minha vida futura, mas o presente, pois quando olho para o passado e futuro, vejo-os com as lentes do presente, com a vivencia do momento.....muito provavelmente se você tivesse feito esta mesma pergunta para mim há uns 10 anos atrás a resposta com certeza seria diferente, mas avaliando pelo hoje, não me ensinou não.
E a você o que ensinou que a vida por ela mesma não teria te ensinado?
No próprio texto tenho dito e não distorça minhas palavras...eu não disse que senti abandonado por deus, embora tenha dado o exemplo do filho, mas sim a ausência de deus.
Mas foi digerível a medida que foi sendo um processo “natural”.
Se eu gostaria que deus existisse? Para que? Não vejo como deus poderia se encaixar no mundo como o nosso.....esta pergunta sua eu considero improvável..seria a mesma coisa que me perguntasse se eu gostaria de morar no sol...rsrs...mas já sei o porque da pergunta, e te explico o texto: quando escrevi o que escrevi, tentei me lembrar ao máximo possível do meus sentimentos há 5 anos atrás, dos meus conflitos e não embasado no hoje...hoje tenho (acho) maturidade para de peito aberto aceitar minha falibilidade, insignificância e finitude sem precisar recorrer ao “divino”.
Agora esta sua frase te denuncia heim capitão?!: “com a razão eu percebo que deus não existe(pelo menos o deus cristão e os deuses das religiões) mas com o sentimento, tenho necessidade de ter algo maior para caminhar comigo que para mim seja total mistério”
Ou seja, pra você tanto faz se deus existi ou não, o que importa é seu desejo embasado na necessidade de se crer.....já eu, sou diferente, para mim o que importa não é meu desejo, mas sim a realidade nua e crua diante dos meus olhos.....você esta como uma mulher com câncer mentindo para si mesma que não tem, mas na verdade, e no fundo, ela sabe que existe, mas superficialmente nega e tenta acreditar em sua mentira!
Agora faça um exercício impossível: diga para si mesmo que você nunca irá morrer para ver se na vida você fica eterno.....a mesma coisa é deus...acreditar não torna um desejo em fato concreto!
Abraços
Caro Márcio Alves:
ResponderExcluirNuma boa, cara, o que mais chama a atenção em você é a sua obstinação em querer “contar ao mundo” o seu processo de “ateização”, tocando, monotonamente, a mesma nota de sua “música”, tentando, inconscientemente ou não, fazer proselitismo de sua nova “religião.
A Psicanálise, há muito, já descobriu, que quando alguém defende tão tenazmente qualquer ponto de vista de maneira consciente, é porque tem dúvidas inconscientes. Se me entendeu, sabe o que eu quero dizer, não é mesmo?
Senão, vejamos: O indivíduo ateu convicto tem a sua cosmovisão e fica na dele, certo? Não tem necessidade de sair aos quatro ventos propalando o seu ateísmo. Ele está tranqüilo em sua atitude ateísta e não tem nenhuma compulsão de ficar dizendo aos outros o porquê de sua forma de ser.
Se você se inclui entre os tais, vá viver a sua vida, como lhe der na telha. E de preferência, seja feliz.
Mas, faça um favor a si mesmo e aos outros: feche o seu blog ou mude o seu nome. Deixe essa compulsão ridícula de querer proclamar a sua “desconversão” ao mundo inteiro. Enquanto você ficar nessa, vai estar “dando bandeira” e levantando suspeitas sobre a veracidade de sua “experiência.
Tá bom, você poderá me dizer que eu estou aqui lendo porque quero. Aí eu lhe respondo que vim até aqui porque você postou a sua “mensagem” em minha caixa de e-mail. Fui cordial contigo.
Espero que você faça o mesmo.
Ao menos, refletindo sobre o meu conselho.
Fala, cara.
ResponderExcluirÉ impressionante como as pessoas tentar te convencer do contrário. Eu leio os comentários e rio.
É difícil essa argumentação, pois parte de dois lados antagônicos: o de quem acredita por acreditar e o de quem acredita porque há razões reais para tal.
Lá no Perspiciência eu tento mostrar que os fatos estão aí para quem quiser ver. Mas as pessoas preferem ser cegas, por ser mais conveniente, por dar menos trabalho. Deu certo? GRAÇAS A DEUS! Deu errado? DEUS NÃO QUIS! Fácil abrir mão das próprias responsabilidades.
Quanto à questão da alma, discutida aí acima, e na qual eu acredito (sendo este o único motivo pelo qual eu não me denomino, de fato, ateu), eu ouvi uma boa definição excelente:
"Viva para o bem, fazendo o bem e com correção. Se a alma existir, a sua será salva, pois sua vida será mais importante do que sua 'descrença'; se não existir, você não terá perdido nada, e terá deixado bons rastros nessa existência."
Curioso pelos próximos posts.
Abraço
marcinho, eu estava me referindo à minha pergunta do porquê você se tornou cristão. ou você desde pequeno foi levado à igreja pelos seus pais?
ResponderExcluiro cristianismo me ensinou sim coisas boas que mesmo hoje, eu não sendo mais "tecnicamente" cristão, ainda me servem e fazem parte do meu caráter.
o amor ao próximo, a compaixão, a honestidade, são valores que o cristianismo me ensinou; claro que indiretamente através dos meus pais, pois foram eles que inculcaram em mim estes valores que eu tenho até hoje.
eu não estou dizendo que pessoas sem religião não são capazes de transmitir valores positivos aos seus filhos, estou dizendo que o cristianismo ou o judaísmo ou outras religiões, enfatizam tais valores como imprescindíveis à vida plena.
sabe, amigo, muitas vezes acho que nós só denunciamos o lado negro do cristianismo dos nossos dias e do cristianismo histórico mas deixamos de reconhecer suas virtudes.
quando falamos "cristianismo" o que deveria vir à nossa cabeça seria o jesus homem, histórico, profeta e messias de seu povo e os valores que ele nos legou conforme registrados nos evangelhos(ainda que muita coisa não seja originária dele mas foram escritos a partir da influência dele) e não as ações questionáveis que a religião cristã como instituição encarnou em sua caminhada.
por fim, sua declaração
"para mim o que importa não é meu desejo, mas sim a realidade nua e crua diante dos meus olhos."
vai de encontro ao que estamos discutindo na confraria, ou seja, que a realidade é fragmentária e cada um a molda segundo sua subjetividade; logo, dizer que a não existência de deus é uma "realidade", cabe a mim perguntar: realidade, que realidade? a sua? e a sua realidade é objetivamente a realidade que todos devem ter como verdadeira em si mesma?
tony ayres, meu prezado, gostaria de deixar um comentário sobre o que você disse ao márcio: quando um cristão é combativo em sua missão de pregar o evangelho, ou seja, aquilo que ele tem como realidade objetiva, não estaria ele do mesmo modo expressando suas dúvidas inconscientes?
Parabens meu sócio, estou curtindo muito este triller.rss
ResponderExcluirTONY AYRES
ResponderExcluirE seu eu estiver conscientemente através dos meus textos fazendo proselitismo...não posso?
Quer dizer que um crente pode ir à minha porta e encher o meu saco, me evangelizando, tentando me ganhar para a religião dele, mas se eu faço o contrário, “desvangelizando” os crentes, sou criticado?
Cara não existe neutralidade na imparcialidade quando o assunto é dar opinião seja através do blog ou da fala como locutor, pois a própria imparcialidade já seria em si mesma uma parcialidade, ou seja, tu estás criticando meus textos por terem conteúdos ateístas, mas, se fossem ao contrario, textos que viessem divulgar aquilo em que você acredita no caso o evangelho (estou errado?), você não estaria me criticando.
Concordo com a psicanálise quando afirma que a necessidade da pessoa dizer para si e para o mundo de sua crença é porque no fundo ela mesma não esta convicta, e quer convencer não os outros, mas a si mesma, mas isto não ocorre, principalmente, com crentes ?(vide comentário abaixo do EDUARDO)
No meu caso, eu tenho duas escolhas: ou fecho o blog agora mesmo e começo a escrever sobre política, futebol, culinária e outros assuntos, ou dou continuidade......neste caso, escolhi como ainda escolho deixar a “casa com suas portas abertas”, para que todos tenham a oportunidade de acompanharem a transformação que seu deu, dá e ainda dará em minha vida (leia as primeiras postagens deste blog e ficarás surpreso!), sendo uma prova viva de que homem não precisa ser sempre o mesmo, que pode (e as vezes deve) mudar, ninguém esta condenado a ser para sempre o que é, temos escolhas, ainda que limitadas.
No mais, se escrevo o que escrevo não porque sou “bom”, porque quero ajudar os religiosos alienados e fanáticos a serem libertos e viverem a vida sem o peso e as correntes da religião, (embora isto possa acontecer como na maioria das vezes acontece, mas isto é conseqüência) mas porque sou na verdade “mal” e quero sim, por causa da vontade de poder, influenciar o maior numero possível de pessoas, nesta caso, religiosos....se isto fará bem ou mal, não sei, o que sei é que dependerá da estrutura de cada pessoa.
Abraços
SANDRO ATALIBA
ResponderExcluirFala “veio”, satisfação ter você por aqui......
Eu também dou risadas com algumas interpretações do meu texto, especialmente aquelas sobre minha pessoa...mas isto se dá, porque cada leitor é co-autor, ou seja, eu escrevo a partir de minhas experiências, reflexões e modo de ser e perceber o mundo, mas cada um também fará o mesmo, e como somos singulares não sendo iguais, as interpretações das leituras de meus textos são varias, dificilmente se encaixando na originalidade e intenção minha......erradas quando tentam me enquadrar nessas mesmas interpretações subjetivas.
Mas na questão da alma, porque você acredita? (agora sou eu quem ficou curioso rsrsrs)
Em relação a sua frase que diz: “"Viva para o bem, fazendo o bem e com correção. Se a alma existir, a sua será salva, pois sua vida será mais importante do que sua 'descrença'; se não existir, você não terá perdido nada, e terá deixado bons rastros nessa existência."
Minha resposta parafraseando sua frase: Vivas o que quiseres viver, (“mal” ou “bem”) independente de qual viver e de qual escolhas seja as suas, pois no final pouco importa, a morte vem e leva além de você, sua historia e rastro de vida na terra, e fodasse o que os outros pensaram de você, pois muito em breve você nunca mais os verá mesmo” (Marcio Alves)
Rsrsrsrsrs desculpa ae se estraguei sua frase rsrsrsrs
Abraços
DUZINHO
ResponderExcluirEu entendi a sua pergunta, tanto, que já tinha respondido no facebook...não se lembra?
Mesmo você afirmando que o cristianismo ensinou “valores” para você, isto não é mérito exclusivo do cristianismo, pois se não tivesse ela, a sociedade por si só teria construído esses “valores” – como de fato ocorre em outras sociedades que não tem o cristianismo como religião oficial.
Quando falo da realidade fazendo menção a não existência de deus, estou a falar da realidade empírica, a observável fisicamente por todos, pois mesmo as pessoas que dizem que deus é “real” para elas, só conseguem “provar” de modo subjetivo e nunca objetivo, como no caso de uma pedra...entendeu?
Marcito:
ResponderExcluirFico imaginando o quanto você deve ter sofrido, pois todo crente é a ingenuidade personificada e ao se dar conta que deus não existe deve ser como uma criança que, de repente, descobre que Papai Noel não existe. Isso dói.
Agora, todo aquele que vê deus como um pai está destinado a um dia, nesta ou em futura encarnação, a cair do cavalo. O Criador não é pai, pelo menos não como o entendemos.
Se algum dia você deixar de chorar o leite derramado e deixar de ser turrão rsrs e procurar entender realmente a espiritualidade, encontrará muito com o que se extasiar e se divertir também.
abração
ATENA
ResponderExcluir(Deixa-me fazer o papel de advogado do “diabo” rsrsrs)
Que pré-conceito é este com os crentes?
Sua fala: “todo crente é a ingenuidade personificada”.
Quer dizer que você acha que Orígenes, Agostinho, Tomás de Aquino, Martinho Lutero, Schleiermacher, Karl Barth, Pascal, Kierkegaard entre centenas de outros gigantes do pensamento, eram ingênuos?? (se vira nos “trinta” ATENA rsrsrs)
Agora se os crentes são ingênuos em sua crença, você seria o que com esta sua crença de: “todo aquele que vê deus como um pai está destinado a um dia, nesta ou em futura encarnação, a cair do cavalo. O Criador não é pai, pelo menos não como o entendemos” ?
Quer dizer então que só sua crença e espiritualidade, entre milhares, talvez milhões, existentes no mundo, é verdadeira e as outras não passam de “ingênua”???
Este é o maior problema de toda espiritualidade, crença, religião ou qualquer outro nome que se dê para estas invenções humanas; a de ter a pretensão de ser a única verdadeira, a única que tem uma visão verdadeira e legitima de deus.
Abraços
Marcio, para de perturbar a Ateninha sócio!rsss
ResponderExcluirMano sabemos hoje que todos somos ateus...pelo menos com os deuses dos outros. Exemplo:
Um cristão não acredita no Deus (ou deuses) dos hindus; um muçulmano não acredita no Deus dos cristãos (não nele todo); nós não acreditamos em nenhum Deus de qualquer que seja a religião ou crença, logo, somos todos ateus.
A Atena quis apenas dizer de forma singela que entende (pois é psicóloga) pela que você passou, e o trauma que possa ter se instalado em seu ser.
Sabemos hoje que você é um revoltado e frustrado com a religião, você é um menino que aguardou ansiosamente por um "Nintendo Wii" mas de repente, seu "pai" lhe disse que nem sequer existia este video game. rsss Tô brincando sócio.
abraços Atena
não marcio, não entendi. essa "realidade objetiva" não existe. cada indivíduo processa essa "realidade objetiva"(que todos compartilham no dia a dia) de forma diferente.
ResponderExcluire concordo com o que você disse para a espiritualizada atena(minha amiguinha também).
ingênua é sempre a fé dos outros...
edson, vou vai postar um texto na confraria nessa rodada? ah, posta vai, diz que sim, simmmmmmmm. estou com saudades de contradizer a vocês dois. edson + noreda...rss
ResponderExcluirMarcito:
ResponderExcluirVou me dar ao trabalho de lhe responder. rsrs
Esses crentes que você cita pertenceram a épocas onde o homem não tinha ido à lua e não existia computador. Ou seja, era uma outra época, onde, generalizando, todos eram ingênuos ou carentes de conhecimento mais avançado.
Preciso tirar o chapéu pra você, pois é um mestre em distorcer os argumentos alheios, vejo isso em várias respostas suas.
Eu não afirmei que a minha crença, que não é crença, mas sim, conhecimento, é a única verdadeira, até porque verdade absoluta não existe. Se lesse meus posts já teria percebido isso.
Eu tenho apenas uma vaga, vaguíssima idéia do que seja o Criador porque a nossa mente linear, de terceira dimensão, não é capaz de conceber tal grandiosidade. Agora, não tenho, mesmo, a ingenuidade de acreditar nesse deus antropomórfico criado e citado pelas religiões, como não tenho a ingenuidade de achar que tudo o que existe é produto do acaso. Bota “acaso” inteligente nisso!
Eu tenho cá comigo que você adora é provocar os outros, rsrs Inteligente como é, me recuso a pensar que você considere seriamente a possibilidade de não existir uma ininteligível inteligência criadora.
abração
Márcio
ResponderExcluirPeço licença para adentrar em seu blog.
Estou passando por este momento de desconversão há 02 anos. Mas faço com responsabilidade, seriedade, pesquisa e acima de tudo com maturidade.
Tenho que concordar com o Tony Aires, você parece sentir a extrema necessidade de ser aceito pelo que é hoje. Quem precisa aceitar o que você é hoje, é você mesmo.
Não o desanimo a seguir este seu novo caminho (ateísmo), mas peço que o faça sem sarcasmos, como quando escreve "rsrsrsrs", o que não são poucas vezes, mas muitas. Seus traços em seus textos e comentários e também nas respostas são religiosos ainda. Pelo que sei não precisamos atacar, apontar dedos, ou mesmo mandar para o fogo do inferno, mas sim, estarmos bem conosco e com nossa consciência. Muitos me perguntaram sobre minha história de desconversão. Não vejo necessidade disso.
Não o desanimo também a contar sua história, mas peço que faça-o com maturidade.
Sigo o seu blog e sei que você pode melhorar mais.
Grande abraço.
MIRANDA
ResponderExcluirFique a vontade nesta “casa do pensamento”....você sempre será bem vindo aqui, isto não significa que não vamos nunca discordar...
Se você faz suas criticas a religião de maneira seria e responsável, ok, este é seu jeito de lidar com o assunto, mas não queira me comparar a você, pois este é seu jeito e não o meu, que se diga de passagem é sim, admito, feito com muito sarcasmo, mas isto não quer dizer que eu seja irresponsável, pois é minha maneira de escrever, e não vou mudar isto.
Desculpe Miranda, mas quem é você para avaliar uma pessoa que você nunca encontrou pessoalmente na vida através de uma simples escrita?
Como disse nos comentários acima, escrevi este texto tentando lembrar como senti naquela época e não baseado agora em quem sou....possivelmente estarei ainda chegando nesta serie de postagens em como estou hoje.
Não tenho problema com minha posição ateísta, como também não tenho problemas com a religião, se escrevo sobre o assunto não é para ser aceito, mas antes porque o blog exige isto, e eu não vou deletar o blog e passar a escrever sobre outros assuntos, e também não vou mudar minha maneira peculiar de escrever sobre o tema.
E outra coisa, não esquecendo que minha motivação “má”, porém sincera é de influenciar pessoas pelo prazer e poder de influenciar, por isso escrevo o que escrevo.
Não estou condenado nenhum crente ao inferno, (pelo contrário, são os crentes que costuma fazer isto, não um ateu rsrsrs) apenas sou duro e bem critico com a religião.
Nunca você vai-me ver aqui atacando pessoas, citando nomes, fazendo criticas pessoais....se ataco alguma coisa, esta é a religião e sempre na campo dos argumentos, nunca do lado pessoal.
Mas enfim, você tem o direito, assim com o Tony de me criticar, e eu tenho o direito de continuar atacando de modo critico a religião, pois se lembra de sua frase? “Sua verdade pode ser mentira para mim, e minha verdade pode ser mentira para você”.
Não confunda você comigo, suas motivações com a minha, sua dêsconversão e ateísmo com o meu....eu sou eu e você é você. (rsrsrs)
Cada pessoa em seu quadrado.
Abraços