sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Por um mundo melhor?


Vou chegar "dando" logo uma "voadora" com os dois "pés" no "peito": arrisco dizer que toda ideologia - não importa qual seja, o que anuncia, e nem porque anuncia - de "Um mundo melhor" é uma falácia desonesta e intolerante.
"Falácia" porque parte de algo "individual" para o "universal", de uma "minoria" privilegiada, dominadora - que auto-intitulam-se "autoridade", "especialista" de uma vida "melhor", de uma suposta exclusividade de "qualidade de vida" - para uma "maioria" desfavorecida, dominada, massa de manobra.
"Desonestidade" porque, mesmo sabendo disso, grande parte dos "intelectuais", "vendem" a suposta ideia de um "mundo melhor", usando este tipo de "ideologia", não somente como prerrogativa de saberem o que é melhor para todos - o que coloca "todo mundo" num mesmo "saco" - detendo se assim, sutilmente, o poder através do "discurso" de uma "qualidade (padronizada) de vida", como também, de passarem uma imagem de "bonzinhos", gente do "bem".
Isto porque, vende muito bem - basta olhar o sucesso dos livros de auto-ajuda. Dá ibope - cara "legal", porque fala o que o povo quer ouvir.
E, "intolerância", porque transformam um suposto ideal, em "regra", em "lei", num "padrão" de vida imposto como "bom", "saudável", "higiênico" e "humano". Os que não aderem, estão condenados a serem mal visto, tidos como pessoas de "mal" hábitos, de "atrasados".
Nesse sentido, deixamos de crer em Deus, nas religiões, nas crenças, e passamos a ter Fé na ciência, na medicina, na razão.
Deixamos de confessar ao padre, de ouvir o sermão do pastor, de meditar com o sacerdote, para seguir a "orientação" (leia-se "obediência") ao nutricionista, escutando os conselhos do médico, idolatrando os gurus da auto-ajuda.
Prefiro como companhia os profetas do passado, corajosos, sem "papas na língua", que gritavam nas ruas, denunciando os pecados do povo, inclusive dos Reis, a esses falsos "mestres" de uma vida "sustentável", de uma maior "qualidade de vida".
Prefiro a companhia das grandes tradições milenares das religiões mais antigas, que ensinavam o quanto o humano é miserável pecador, do que ler uma pagina se quer, de um livro de auto-ajuda.
Enfim, prefiro ser "anti" (social, ideologia, dogmas, padrões universais) do que ser desonesto comigo mesmo, contrário a minha consciência, e meu jeito de caminhar na e pela vida.
Prefiro me assentar a "roda dos escarnecedores, beberrões, ímpios, sujos, viciados, deprimidos" - como Jesus que foi acusador de andar com prostitutas e ladrões -, pois estes são autênticos (e tem consciência) de suas misérias existências, e não irão querer jamais, empurrar em minha "goela abaixo", seus estilos de uma suposta qualidade de vida - pois eles reconhecem, que os seus caminhos não são indicados para se trilhar, se relacionando comigo, não de cima de um "pedestal", desqualificando minha forma de viver a vida, mas antes, respeitando e até legitimando meus próprios caminhos.

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